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Narrativa Diária

Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba. Vergílio Ferreira

Narrativa Diária

Qui | 02.05.13

Lisboa, 4ª cidade mais bonita do mundo

Finalmente uma boa notícia. De acordo com o site de viagens “Urban City Guides”, Lisboa foi considerada a 4ª cidade mais bonita do mundo. A capital portuguesa está no top das 10 cidades mais belas do planeta, tendo sido  definida no referido site como: «Magnificently sited on a series of hills running down to the grand Tagus River, Lisbon is one of the world's most scenic cities. Beautiful unexpected views are found at every turn down its colorful, picturesque streets, and especially from strategically-placed viewpoints or terraces at the top of each hill. The city has an unpolished, seductive appearance; an effortless beauty with captivating details such as cobbled designs, tiled façades, and pastel-colored buildings blending together to give it a singular atmosphere now lost in so many other cities. In such a stunning place, it's no wonder that many of the world's great explorers questioned what other beauties lied beyond the horizon when they departed from here in the 15th century». A liderar a tabela está Veneza, seguindo-se Paris e Praga. O Rio de Janeiro surge em  5º lugar, seguido de Amesterdão, Florença e Roma. Na 9ª e 10ª posição foram eleitas Budapeste e Bruges, respetivamente.

Qua | 01.05.13

Dia do Trabalhador

Comemora-se hoje o dia do trabalhador. Neste dia, em 1886, 500 mil trabalhadores saíram às ruas de Chicago, nos Estados Unidos, em manifestação pacífica, exigindo a diminuição da jornada para oito horas. A luta não foi fácil. Mas em 1889 o Congresso Operário Internacional decretou o 1º de Maio, como sendo o Dia Internacional dos Trabalhadores. Em Portugal, durante o Estado Novo, a comemoração deste dia era reprimida. Só a partir de maio de 1974, dias após a revolução de abril, é que se pode comemorar livremente o 1º de Maio e este dia passou, desde então, a ser feriado nacional.

Deixo esta Crónica de Henrique Monteiro no Expresso Online de hoje – “O 1º de Maio e a Internacional

«Hoje milhares de pessoas em Portugal e por todo o mundo sairão à rua a reivindicar melhores condições de vida e de trabalho. Celebram, ao mesmo tempo, a luta de 1886, em Chicago, em defesa das 8 horas diárias de trabalho que a Internacional Socialista, sob proposta de Raymond Lavigne, instituiria três anos depois como Dia do Trabalhador.

Se olharmos para as propostas de há 120 anos, os objetivos dos operários e assalariados estão, no mundo ocidental, quase todos realizados e atingidos. Naturalmente, depois desses vieram outros e ainda há e haverá muitas outras reivindicações por fazer.

O que é curioso é que os pais da Internacional Socialista tiveram a noção de que o movimento operário só se realizaria em todo o mundo. A divisa dos comunistas, aliás, seria "Proletários de Todo o Mundo Uni-vos". Mas a ideia do internacionalismo foi-se perdendo, embora se mantivesse a retórica.

E o internacionalismo é hoje mais evidente do que nunca.

Como foi noticiado (e hoje a revista 'Visão' tem um excelente trabalho sobre o assunto) no Bangladesh ruiu uma fábrica, matando milhares de trabalhadores (sobretudo mulheres). Essas operárias labutavam sol a sol por um salário mensal de 29 (não é gralha, são mesmo 29) euros e produziam camisas e t-shirts que hoje muitos manifestantes vestirão (porque são vendidas nas cadeias de lojas de todo o mundo sob diversas marcas populares, uma vez que saem daquele país a cerca de um euro por unidade).

Naturalmente, aqui está uma parte do sério problema que sentem os trabalhadores e sobretudo os desempregados do Ocidente. O mundo é global, a produção é global e o facto de os trabalhadores ocidentais querem manter (compreensivelmente) os seus privilégios não se coaduna com esta globalidade. Marx e os fundadores do movimento operário pressentiram-no, mas para situações como esta do Bangladesh não me parece que haja efetivamente respostas dos nossos dirigentes sindicais.».

 

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