1º de Dezembro de 1640. Este dia, designado «Dia da Restauração da Independência», é comemorado anualmente em Portugal com pompa e circunstância desde o tempo da monarquia constitucional. Uma das primeiras decisões da República Portuguesa, em 1910, foi decretar feriado nacional como medida popular e patriótica. No entanto, essa decisão foi revogada pelo XIX Governo Constitucional, de Passos Coelho, passando este feriado a ser comemorado em dia não útil a partir de 2012.
Ao longo da História, muitas foram as épocas em que Portugal correu o risco de desaparecer como Nação soberana e independente. Mas em todas essas crises surgiram homens corajosos capazes de dar o «corpo às balas» para salvar a Pátria. Contudo, nenhum período foi tão extenso, nem tão negro, quanto os 60 anos da ocupação filipina que vigorava desde 1580.
Há 373 anos, um grupo de 40 fidalgos portugueses, designados pelos conjurados, entregou o trono de Portugal ao Duque de Bragança D. João, recusando ficar sob jugo da Coroa espanhola.
Os conjurados contaram com o apoio de D. João, 8.º duque de Bragança e 14.º Condestável do Reino. O duque era senhor de uma das maiores e mais rica casa nobre, podia financiar a campanha contra a coroa espanhola, e por ser trineto do Rei D. Manuel I, podia assumir a coroa de Portugal independente.
Nas diferentes reuniões secretas que mantiveram, os conjurados chegaram a projetar a constituição e uma "república aristocrática", na ausência de um herdeiro direto dos Reis de Portugal, ou caso D. João, o segundo duque deste nome, não aceitasse o encargo do Governo. A revolta eclodiu na capital do reino, com forte adesão popular, e da varanda do Palácio dos Almadas, hoje conhecido como «da Independência», o povo de Lisboa atirou pela janela Miguel de Vasconcelos, que governava Portugal em nome de Filipe IV de Espanha (III de Portugal). É, pois esta Data e são esses Homens que hoje devemos evocar e homenagear.