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Narrativa Diária

Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba. Vergílio Ferreira

Narrativa Diária

Seg | 31.03.14

Sporting cada vez mais perto da Champions League

A 5 jornadas do final do campeonato da I Liga de futebol, o Benfica consolidou o primeiro lugar e a candidatura ao título de campeão, o Sporting segurou o segundo lugar que lhe dá acesso e entrada direta na Liga dos Campeões e o F C Porto  já disse definitivamente adeus ao título e procura agora segurar o terceiro lugar que lhe permitirá disputar o playoff  à Liga dos Campeões.

Assim, O Benfica está a três  vitórias de garantir a conquista do 33.º título de campeão português, que muito dificilmente lhe deverá fugir.

Quanto ao Sporting a equipa continua curta e as vitórias começam a surgir com mais esforço e menos nota artística. Mas surgem. Já leva oito pontos de avanço relativamente ao F C Porto (após derrota com o Nacional) e parece-me bem encaminhado para  confirmar o segundo lugar e o acesso direto à Liga dos Campeões. As dificuldades poderão surgir nas últimas jornadas em que o Sporting se desloca à Madeira, para defrontar o sempre difícil Nacional e finalmente na última jornada em Alvalade com a receção ao Estoril.

O  Sporting com Leonardo Jardim  no comando técnico da equipa de Alvalade prometeu trabalho, no que seria um ano complicado, mas as estatísticas não deixam mentir: duas derrotas apenas nos campos dos seus adversários diretos: FC Porto e SL Benfica.

Com um orçamento significativamente reduzido, quando comparado com os seus rivais, o SCP fez da sua formação a sua maior bandeira e força, numa temporada cujo principal objetivo passava por garantir um lugar europeu.

A época desportiva, contra ventos e marés, foi muito melhor do que aquilo que os sportinguistas poderiam esperar.  O clube ganhou nova alma e o seu presidente, Bruno de Carvalho,  já arrisca uma  candidatura ao título no próximo ano.

O futuro a Deus pertence,  mas a certeza que fica é que este Sporting voltou a ser grande e a dar cartas no campeonato nacional!

Dom | 30.03.14

Falácias e manipulações sobre as pensões

 

O secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins, convocou na terça-feira, vários órgãos de comunicação social para um encontro informal no Ministério das Finanças. O assunto seria a convergência de pensões. Durante o encontro, foram os jornalistas, ali presentes, avisados de que os temas discutidos, impedidos de serem divulgados até à meia-noite de quarta-feira, poderiam ser noticiados, mas sem serem atribuídos a nenhum responsável, apenas a fonte do Ministério das Finanças. Sete órgãos de comunicação social (DN, JN, Dinheiro Vivo, Diário Económico, Público, Correio da Manhã e Agência Lusa) fizeram a manchete na quinta-feira.

Em Moçambique, Passos Coelho classificou as notícias de puras «especulações» e desautorizou o seu um secretário de Estado. Poiares Maduro, ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional e coordenador da comunicação governamental também não conhecia a existência do encontro.

Em Lisboa, Luís Marques Guedes, ministro da presidência, acusou os jornalistas de terem transformado uma conversa em off em notícia. Paulo Portas, vice-primeiro-ministro, disse no Parlamento que o briefing com os jornalistas foi um erro que não devia ter acontecido

O governo não gostou do efeito provocado e resolveu atacar o mensageiro: os jornalistas. Até agora, José Leite Martins, ex-chefe de gabinete de Durão Barroso, antigo Inspetor-geral de Finanças, secretário de Estado da Administração Pública desautorizado por Passos Coelho e Marques Guedes e trucidado por Paulo Portas, mantêm-se em funções.

Como é evidente, o secretário de Estado Leite Martins não mentiu. Limitou-se a atirar «o barro à parede» a fim de preparar os portugueses para o que aí vem: um sistema de cortes permanentes das pensões ligado à demografia e ao crescimento económico, a fim de perceber qual o impacto político e social que tal medida provocaria. Tem sido sistematicamente assim (a título de exemplo, basta recorda o episódio da TSU ou do documento manipulador no caso dos swaps do ex-Secretário de Estado Joaquim Pais Jorge).

O governo havia afirmado reiteradamente que os cortes seriam temporários. O Tribunal Constitucional autorizou-os na expectativa de que fossem aplicados até ao final do programa de ajustamento a 17 de maio deste ano ou, no máximo, até 31 de dezembro de 2014. Mas como já se percebeu a redução da despesa pública tem sido conseguida até agora, essencialmente pelo corte nos salários da Função Pública e nas pensões. Com o desemprego elevado e com a economia a marcar passo, é certo que serão aplicados mais cortes e será esse o cenário para 2015. Deste governo, já nada nos espanta.

Sab | 29.03.14

Mudança Hora!

Vem aí nova mudança de hora...É já esta madrugada! Preparados para aquela sensação de horários trocados por perderem uma hora de sono?

Com a chegada da hora de Verão, os portugueses do continente e da Madeira terão de na madrugada de domingo adiantar os relógios  passando Portugal a ter uma hora acima do tempo universal (tempo médio de Greenwich, GMT) e a viver um dia mais pequeno de 23 horas. O período da hora de verão tem início à 1 hora da manhã, do último domingo de março (adiantando os relógios de sessenta minutos) e termina à 1 hora da manhã, do último domingo de outubro, (atrasando-os de sessenta minutos), tempo universal.

Sab | 29.03.14

A Hora do Planeta

 

A Hora do Planeta teve início em 2007, em Sidney, na Austrália, quando 2,2 milhões de pessoas e mais de 2.000 empresas apagaram as luzes, por uma hora, numa tomada de posição contra as mudanças climáticas.

Um ano depois, a Hora do Planeta tornou-­se um movimento de sustentabilidade global com mais de 50 milhões de pessoas em 135 países a mostrarem o seu apoio a esta causa.

Em 2013, a Hora do Planeta foi comemorada por mais dois mil milhões de pessoas, em 154 países. A ideia visa chamar a atenção para a importância de mudar comportamentos, em benefício do desenvolvimento sustentável.

Este ano, à semelhança de anos anteriores, os portugueses de 85 localidades voltam a associar-se à Hora do Planeta, apagando hoje as luzes das 20h30-21h30, alertando para a necessidade de proteger a natureza. Organizada pela WWF, a Hora do Planeta é comemorada em Portugal apenas há apenas três anos e provoca um apagão durante 60 minutos em monumentos como o Cristo-Rei, a ponte 25 de Abril, o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, os Palácios de Monserrate e Convento dos Capuchos, em Sintra, o Mosteiro da Batalha, o Castelo de Pombal, a Caravela de Lagos, o Castelo de Santa Maria da Feira e o Castelo de Bragança.

Uma iniciativa mundial que, este ano, propõe uma aula global de yoga. A aula, que será realizada à luz de velas e requer inscrição e terá lugar no Jardim da Tapada das Necessidades, onde decorrem ações de animação a partir da tarde, com demonstrações de produtos sustentáveis e massagens.

Lá fora, serão apagadas as luzes de monumentos como o Empire State Building, Tower Bridge, Castelo de Edimburgo, Portas de Brandenburgo, Torre Eiffel, Kremlin e Praça Vermelha em Moscovo, Ponte do Bósforo - que liga a Europa à Ásia - ou o edifício mais alto do mundo, o Burj Khalifa.

O apagão da Hora do Planeta, comemorado sempre no último sábado de março, já decorreu na Nova Zelândia, um dos primeiros países a inaugurar a campanha da organização internacional de conservação da natureza contra as mudanças climáticas. 

Sab | 29.03.14

Mário Crespo deixa a SIC Notícias

 (video da SIC Noticias)

«Deus abençoe Portugal. Boa Noite». Foi desta forma que Mário Crespo se despediu dos telespectadores da SIC Notícias, após 13 anos, onde era habitualmente o rosto do Jornal das 9.

Mário Crespo é um jornalista de que muitos gostam, outros, pelo contrário, abominam. Encontro-me no último grupo. Acredito que possa existir quem goste do estilo – eu não. Tudo,aliás na figura do ‘jornalista’ me irrita, sobremaneira.

Relembro a entrevista conduzida por Mário Crespo à ministra Assunção Cristas. Crespo intervinha insistentemente, a despropósito, destruindo os raciocínios da entrevistada ao arrepio das mais elementares regras deontológicas, assumindo-se, simultaneamente, como protagonista e não como jornalista/moderador como lhe competia. Não foi a primeira vez que vi Mário Crespo investido destes dois papéis. Vi-o adotar semelhante postura com Helena Roseta, Pedro Silva Pereira e Arménio Carlos. Mário Crespo nunca interiorizou que no decorrer de uma entrevista a boa prática profissional exige ao jornalista uma reserva prudente quanto à emissão das suas próprias opiniões, pois o objetivo é recolher a opinião do entrevistado, que é aquilo que interessa ao telespectador, sendo apenas por isso que a sua presença se justifica. O que está em causa aqui é a coerência, a isenção e a objetividade, valores que Crespo pelos vistos desconhece ou desvaloriza, que o jornalista deve anular-se e dar o palco ao entrevistado. Deve limitar-se a enquadrar o tema e fazer as perguntas com objetividade e, se for sagaz, deve fazer perguntas para explorar eventuais contradições do entrevistado. Mas Mário Crespo enrolava-se nas suas palavras floreadas, a sua experiência profissional permitia-lhe utilizar uma técnica que confundia a acutilância das perguntas, com a manipulação dos factos. Aos entrevistados com que simpatiza, envolvia-se num servilismo bacoco, fazendo perguntas com ar cândido e patético. Aos entrevistados que não afinavam pelo seu diapasão, fazia perguntas impertinentes e capciosas. O que via naquele espaço era um mero exercício demagógico, pífio e até contraproducente por parte de quem possuía um percurso e experiência profissionais que deveriam ser suficientes para se poupar a espetáculos que roçavam a fronteira do ridículo. 

Gostos à parte, Crespo foi tudo menos um homem consensual. Os quase 40 anos de jornalismo tornaram-no um dos rostos mais conhecidos da televisão. Mas também um dos mais polémicos. Dois anos depois de ter mostrado uma T-shirt na Assembleia da República, onde afirmava «Eu ainda não fui processado por Sócrates», Mário Crespo mostrou um quadro em Excel no Jornal das 9, a fim de provar a teoria com que, durante uns tempos, se despediu dos seus espetadores da SIC: «Passou mais um dia e a RTP custou mais um milhão de euros». O caso provocou a ira na estação pública e o silêncio na SIC. Depois da reação da Comissão de Trabalhadores da televisão pública, foi a vez do jornalista Carlos Daniel usar as redes sociais para lhe chamar «mentiroso» e sair em defesa da estação pública: «A RTP não custa um milhão de euros por dia como Mário Crespo tem repetido diariamente. Mas há um dinheiro que não gasta, felizmente: o do salário desse mentiroso, por muitas cunhas que já tenha metido para voltar a viver à nossa custa, talvez à grande de novo nos States, e sem fazer nada», afirmou Carlos Daniel. O jornalista da RTP acusava mesmo Crespo de ter sido «um dos piores correspondentes da história da RTP», afirmando que «gastava rios de dinheiro em Washington e não trabalhava nada, mas nada mesmo».

A sua cruzada contra a televisão pública remonta ao ano de 1995, no extinto jornal A Capital, onde Crespo já então defendia a privatização da RTP e o encerramento de um canal. Há quem lhe elogie a coerência, mas os seus antigos colegas na RTP não lhe perdoam, o que dizem ser uma campanha contra uma casa que sempre o acolheu e para onde Crespo quis regressar. É que em janeiro 2012, o jornalista endereçou uma carta ao então presidente da RTP, assinada pelo seu próprio punho, a candidatar-se a um lugar de correspondente em Washington, nos Estados Unidos, local onde sempre sonhou terminar a carreira como jornalista.

De resto, Crespo era criticado pela forma como se relacionava com o poder político. Acusavam-no de fazer dos ministros seus comentadores residentes quando queria ser adido de embaixada ou correspondente da RTP. O alegado convite do Governo de Miguel Relvas, que na altura ocupava o cargo de ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares para aceitar o cargo de correspondente da RTP em Washington surgiu no mesmo dia em que arrancou o prazo de 60 dias, publicado em Diário da República, para um grupo de trabalho, liderado por João Duque, definir o conceito de "Serviço Público de Comunicação Social". Seria com base neste trabalho que a tutela se propunha efetuar alterações no grupo RTP e na agência Lusa. Mário Crespo contactado na altura pelo Expresso não desmentiu o convite, acrescentando: «Não me foi feita nenhuma proposta formal. Mas é um lugar que me honraria muito nesta fase da minha carreira e para o qual me sinto habilitado.

A abordagem feita por Miguel Relvas a Mário Crespo apanhou de surpresa não só a administração mas também a direção de informação da estação. Primeiro porque a nomeação de correspondentes da RTP é uma competência da Direção de Informação, com o aval da administração. Depois, porque estas nomeações têm um regulamento interno com critérios bem definidos: é dada preferência aos jornalistas da RTP, sendo os candidatos escolhidos após uma avaliação feita por um júri interno. Miguel Relvas, por seu turno, negou sempre o alegado convite feito ao jornalista da SIC Notícias.

Na despedida do Jornal das 9, na Sic Notícias, Crespo conseguiu ser igual a ele próprio. Recordou os seus tempos de jornalista na África do Sul e o projeto Jornal das Nove, na RTP2, espaço informativo lançado na época em que José Eduardo Moniz era diretor da estação pública e feito em parceria com Joaquim Letria. Afirmou que o espírito do Jornal das Nove permanecia vivo na RTP, dando como exemplo a recente polémica que envolveu José Rodrigues dos Santos e José Sócrates, mostrando que ele e José Rodrigues dos Santos partilham o mesmo ADN e são ambos ‘farinha do mesmo saco’. Resta-me desejar-lhe, boa noite e boa sorte. 

Sex | 28.03.14

O Regresso de Sócrates

(imagem RTP) 

Momento de efeméride: Hoje faz precisamente um ano que José Sócrates deixava Paris e regressava ao contacto dos portugueses através de uma entrevista intitulada pomposamente «O fim do silêncio». A entrevista de Sócrates chegou mesmo a ser o programa mais visto do dia, com uma média de 1,6 milhões de espectadores.

Qui | 27.03.14

Dia Mundial do Teatro

O Dia Mundial do Teatro é hoje celebrado um pouco por todo o lado com várias iniciativas, entre estreias de peças, apresentações de livros e inaugurações de exposições.

Assim, no Teatro Tivoli, em Lisboa, está em cena As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos, com encenação de Juvenal Garcês, com os preços reduzidos para 10 euros, preço especial que a produtora UAU fixou para as quintas-feiras.

O Teatro Politeama abre portas, ao ao preço único de 15 euros por bilhete, mediante a disponibilidade de sala para se assistir à Grande Revista à Portuguesa, de Filipe La Feria.

Os Artistas Unidos apresentam no Teatro da Politécnica, em Lisboa, A Modéstia, de Rafael Spregelburd, com encenação de Amândio Pinheiro, têm entrada livre, mediante reserva antecipada.

Próximo deste teatro, no antigo Picadeiro Real, é inaugurada a exposição Revista ao Parque, que é constituída por mais de mil peças relacionadas com a prática teatral no Parque Mayer.

O Teatro Aberto, em Lisboa, tem a peça Vénus de Vison, de David Ives, com encenação de Marta Dias, sendo que bilheteira funcionando com os preços habituais.

No Jardim de Inverno do Teatro S. Luiz, em Lisboa, é apresentado, às 18h30, o livro Manual de Teatro, pelo ator e encenador Antonino Solmer, que coordena a obra, e pelo diretor artístico do teatro, José Luís Ferreira.

O Teatro Experimental de Cascais (TEC) estreia Ictus, de Miguel Graça, com encenação de Carlos Avilez, com um elenco constituído por, entre outros, Teresa Côrte-Real, Sérgio Silva, Fernando Luís, Pedro Caeiro, Tobias Monteiro, Raquel Oliveira e David Esteves.

O Teatro Nacional Dona Maria II assinala o Dia Mundial do Teatro com um conjunto de atividades de entrada livre. Espetáculos, uma exposição e uma leitura encenada são as propostas para comemorar esta data especial. Aqui fica o calendário de atividades:

Por último, sugiro uma leitura encenada na Biblioteca da Imprensa Nacional. O local que vai ser palco de uma leitura da peça «Nossa Senhora da Açoteia», da autoria de Luís Campião, pelo ator José Neves, às 18h00. A entrada é livre.

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