Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba.
Vergílio Ferreira
Adoro bolos de laranje e este é delicioso, além de ter a vantagem de ser fazer rapidamente, sem sujar muita loiça. Exprimentem que não se vão arrepender!
Ingredientes 4 ovos 1/2 chávena de leite 1/2 chávena de óleo 1 laranja com casca 2 chávenas de açúcar 2 chávenas de farinha 1 colher de sopa de fermento Royal Preparação Deite no liquidificador os ovos, o leite, o óleo, o açúcar e a laranja, bem lavada e cortada em 8. Bata muito bem até obter uma mistura homogénea. Ligue o forno a 180º. Junte a farinha com o fermento e coloque também no liquidificador. Bata bem a massa para não ficar com grumos. Despeje a massa numa forma, previamente untada de margarina e polvilhada de farinha. Leve ao forno aquecido e deixe cozer, até que o palito saia seco. No meu forno são aproximadamente 40 minutos.
Caso goste do bolo mais húmido poderá cobri-lo com a seguinte calda: leve o sumo de laranja e um pouco de açúcar ao lume até o açúcar desfazer, mas sem ferver. Faça pequenos furos no bolo ainda quente e coloque sobre ele a calda. Eu não fiz.
Este bolo é ótimo para o lanche acompanhado de um chá. Vão ver que não conseguem comer apenas uma fatia.
A tão esperada décima Liga de Campeões está em poder do Real Madrid. Foi uma final histórica, não apenas por ser o décimo título dos merengues, mas também porque era a primeira vez que duas equipas da mesma cidade se enfrentavam na final.
O Atlético teve o título na mão até ao último minuto dos descontos concedidos pelo árbitro, mas aos 93 minutos, Sérgio Ramos cabeceou para dentro da baliza à guarda de Courtois e levou o jogo para prolongamento. Aí, os merengues tiveram maior resistência física e anímica e fizeram a festa com um triunfo por 4-1 com mais três golos do Real, o último de Cristiano Ronaldo, na conversão de uma grande penalidade. Um resultado de certo modo injusto para os colchoneros, que não espelha de forma alguma o que se passou ao longo dos 120 minutos. Angel Di Maria foi, com inteira justiça, considerado o homem do jogo.
A alegria dos adeptos do Real contrastava com a tristeza estampada no rosto dos adversários.
Chegam aos milhares, em mais de 200 autocarros, cinco ligações especiais de comboio e centenas de voos. O aeroporto de Lisboa vai bater o recorde de tráfego aéreo, com 740 aterragens e descolagens. São nuestros hermanos que vêm a Lisboa para a final da Liga dos Campeões entre o novo campeão espanhol Atlético de Madrid, de Tiago e o Real Madrid, de Cristiano Ronaldo
O ambiente em Lisboa a poucas horas da final é de fiesta. Habitual destino turístico dos espanhóis, a capital portuguesa assinala também este fim-de-semana para além da final da "Champions" - o início da décima edição do Festival Rock in Rio Lisboa, com o britânico Robbie Williams como cabeça de cartaz deste domingo.
Estima-se que esta primeira final dos “Campeões” entre as duas equipas de Madrid proporcione a visita a Lisboa de mais 50 a 60 mil espanhóis que o normal e que tenha um impacto económico global superior a 400 milhões de euros.
As expectativas em torno do encontro são enormes. A poucas horas do jogo, Tiago fala de confiança: «Estamos confiantes, pois temos uma identidade muito forte, como demonstrámos ao longo de toda a época. Estaremos fortes, seremos o Atlético de sempre. O nosso jogo será o mesmo».
Do outro lado vão estar três jogadores que representam a seleção nacional (Cristiano Ronaldo, Fábio Coentrão e Pepe), este último ainda em dúvida para o jogo de logo à noite. Advinha-se uma final renhida. Já se pede 5000 euros por um ingresso.
A fadista Mariza vai atuar na cerimónia de abertura, no Estádio da Luz. Milhares de polícias e uma aeronave não tripulada (drone) que permite monitorizar a cidade a partir do ar vão vigiar milhares de adeptos de futebol. Há vários condicionamentos no trânsito. A PSP aconselha a utilização dos transportes públicos e tanto a Carris e como o Metro reforçaram as ligações. Nas linhas, azul, amarela e vermelha do Metropolitano, vai haver um reforço a partir das 15h00. A Carris também reforçou nove ligações e criou um serviço expresso entre o Rossio e Calhariz do Benfica.
Um evento desta dimensão tem por si só a capacidade de captar os olhares para a cidade que o acolhe e, dada a mediatização do futebol terá certamente um retorno importante na projeção da imagem da capital, a par da dinamização da restauração e da hotelaria.
Para além de significar mais turistas e mais receitas, favorecendo Lisboa e, naturalmente, a economia do país, as equipas presentes na final da Liga do Campeões constituem um mercado importante para promover o sector do turismo. É, sem dúvida, uma boa oportunidade para proporcionar experiências únicas a um número de turistas superior ao habitual, independentemente de já conhecerem a capital portuguesa ou de nos visitarem pela primeira vez.
Lisboa é, cada vez mais, uma cidade aberta ao mundo, com dinamismo e orientação para vivências personalizadas e impossíveis de repetir em qualquer outro local.
A dois dias das eleições europeias tudo parece decidido, a avaliar pelas sondagens, que naturalmente valem o que valem, e que tem sido desvalorizadas pelos candidatos.
O PS vence as eleições europeias, sem esmagar. Uma sondagem da Universidade Católica para a RTP e Antena 1 dá a vitória aos socialistas, com 34 por cento. O maior partido da oposição pode assim eleger entre oito a dez eurodeputados. A Aliança Portugal obtém 30 por cento dos votos e perde representação no Parlamento Europeu, conseguindo entre sete a nove lugares.
Já a CDU pode crescer em número de eurodeputados, ao contrário do Bloco de Esquerda, que deverá eleger apenas um.
Em Portugal, são duas as novidades nestas eleições: António Marinho Pinto, que concorre pelo movimento partido da terra, e o partido LIVRE, cujo cabeça de lista é Rui Tavares.
António Marinho Pinto ameaça ser a grande surpresa destas eleições. A mesma sondagem admite que o ex-bastonário da ordem dos advogados pode vir a ser eleito. Marinho Pinto é um homem corajoso, experiente e combativo.
Rui Tavares é outra novidade. Abandonou o Bloco de Esquerda em rutura com a direção. Foi um excelente eurodeputado, tem um discurso sólido sobre a Europa e obra publicada sobre o assunto. Fundou entretanto o LIVRE, com o objetivo de «desbloquear a esquerda» e pelo qual concorre a estas eleições. As sondagens não preveem contudo a sua eleição, o que a verificar-se será uma enorme perda para o Parlamento Europeu.
A poucos dias do final da campanha , o ex-líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa foi a Coimbra participar num jantar com apoiantes da Aliança Portugal e resolveu dar uma dimensão europeia à campanha, apelando ao voto na “AP” pela «razão fundamental» de eleger Jean-Claude Juncker, o candidato a presidente da Comissão Europeia, apoiado pelos partidos da coligação.
No discurso proferido escusou-se em atribuir qualquer mérito aos candidatos, justificando apenas que a razão de ele próprio ir votar no próximo domingo é eleger Jean Claude Juncker, ex-primeiro-ministro do Luxemburgo, uma vez que, na opinião do comentador televisivo, «é o homem indicado para ser primeiro-ministro da Europa e há uma só lista que apoia Juncker, que é a lista desta aliança» perante ao ar incrédulo de Paulo Rangel e Nuno Melo e da própria assistência.
Caso para dizer: com amigos destes, ninguém precisa de inimigos!
Decorre no próximo domingo um ato eleitoral, com vista a eleger 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu, que melhor garantam a defesa dos interesses de Portugal no contexto do interesse comum europeu.
O próximo Parlamento Europeu vai confrontar-se com temas decisivos para a Europa e para Portugal. A integração europeia faz parte dos interesses permanentes e fundamentais de Portugal, já que grande parte das decisões nacionais passa pela Europa. Apenas alguns exemplos: Como se vai consolidar a zona euro? Como se vai implementar a União Bancária? Como se garantirá a livre circulação de pessoas num quadro de segurança? Como se aprofundará a cidadania europeia? Como se assegurará apoio aos países para superarem a crise da dívida soberana? Como se vão aplicar os fundos estruturais do pacote 2014-2020? Como se apoiará a retoma do crescimento económico e o combate ao desemprego? Como se aprofundará a integração nos sectores do ambiente e da energia? E os novos alargamentos? E as novas parcerias, incluindo a parceria transatlântica? E, para além de tudo isso, como se reforçará a eficácia, a democraticidade e a transparência das instituições europeias?
Apesar dos grandes dilemas da Europa e da encruzilhada de poderes das instituições, a campanha portuguesa aposta na política nacional e os partidos fazem contas aos eurodeputados a eleger.
O governo faz publicidade à sua governação, a roçar o ridículo, fazendo parecer que depois da saída da Troika, Portugal é um país renovado, salvo da trevas pela coligação CDS-PSD, desvalorizando as doses cavalares de austeridade, o enorme aumento de impostos, a queda do PIB e elogiando a queda do desemprego que como se sabe deriva em grande parte da emigração.
Os partidos da maioria ao invés de apresentarem propostas concretas para a Europa e definirem claramente a nossa posição no contexto europeu, preocupam-se apenas em tentar salvar a face e não ter uma derrota demasiado pesada. É inconcebível ouvir Paulo Rangel atribuir a crise do euro ao facto de Portugal e Espanha terem tido «governações basicamente erradas até 2011».
Por seu turno, o PS entretém-se com ataques ao governo e à coligação, promessas eleitorais a um ano das eleições, sem saber ao certo o que o espera e a Europa mais uma vez fica de fora.
Francisco Assis é um bom candidato, tem um discurso assertivo, um raciocínio lógico e capacidades oratórias que o distinguem dos demais. Mas como tem que obedecer à estratégia delineada por Seguro de nada colocar em causa, serve-lhe de pouco.
E no essencial é isto que vimos assistindo nesta campanha, pobre em ideias, em que o interesse estratégico de Portugal na Europa é esquecido. Não é por isso de estranhar que, segundo as sondagens, possa existir nessas eleições uma abstenção a rondar os 70%.
Paulo Bento anunciou, esta segunda-feira, a lista de 23 jogadores portugueses convocados para o Mundial2014, no Brasil, numa conferência de imprensa realizada na sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Portugal integra o Grupo G do Mundial2014, em conjunto com a Alemanha, frente à qual se vai estrear, a 16 de junho, em Salvador, os Estados Unidos, que vai defrontar a 22, em Manaus, e o Gana, último adversário na primeira fase de prova, a 26, em Brasília.
Da lista de pré-convocados, o selecionador português foi obrigado a abdicar de sete jogadores: Anthony Lopes, Antunes, Rolando, João Mário, Ivan Cavaleiro, André Gomes e Quaresma, ficando agora reduzida aos 23 internacionais, que começarão já a esta semana a juntar-se em Óbidos a preparar o campeonato do mundo de futebol. Surpresa também na baliza, com Anthony Lopes a ser o 'sacrificado', tendo Bento optado pelo arsenalista Eduardo.
Os benfiquistas André Almeida e Ruben Amorim e os arsenalistas Rafa e Éder fazem parte da lista final. Quem não faz parte desta lista é Ricardo Quaresma (FC Porto) e André Gomes (Benfica).
Eis os 23 convocados de Portugal:
Guarda-redes - Eduardo (SC Braga), Beto (Sevilha) e Rui Patrício (Sporting) Defesas - André Almeida (Benfica), Bruno Alves (Fenerbahçe), Fábio Coentrão (Real Madrid), João Pereira (Valência), Neto (Zenit), Pepe (Real Madrid) e Ricardo Costa (Valência).
Médios - João Moutinho (Mónaco), Miguel Veloso (D. Kiev), Raul Meireles (Fenerbahçe), Rúben Amorim (Benfica) e William Carvalho (Sporting)
Avançados - Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Éder (SC Braga), Hélder Postiga (Lazio), Hugo Almeida (Besiktas), Nani (Manchester United), Rafa (SC Braga), Varela (FC Porto) e Vieirinha (Wolfsburgo).
Evidentemente que também eu gostava de ver um ou outro jogador incluído neste grupo. Gostava que o Adrien Silva tivesse sido convocado. Preferia o Carlos Mané ao Rafa. Mas também sei que é impossível agradar a todos, afinal há em cada um de nós um treinador de bancada. Ora Paulo Bento como selecionador nacional tem obviamente toda a legitimidade de escolher aqueles atletas que bem entende para levar ao Mundial, aqueles que melhores garantias lhe dão de poder representar melhor a seleção nacional. Afinal é ele que «dá o corpo às balas» e no final será o responsável pelo resultado alcançado.