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Narrativa Diária

Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba. Vergílio Ferreira

Narrativa Diária

Qui | 28.08.14

Leituras de Verão (II)

Esta é uma homenagem que o autor, Will Schwalbe, faz à sua mãe, vítima de doença oncológica. Durante dois anos, aproximadamente, Mary Ann lutou contra a doença, vivendo o mais intensamente que lhe foi possível, com projetos humanitários no topo da lista da sua de prioridades. O seu amor pela família, pelos amigos, por todos os que precisam de carinho monopolizava a sua atenção.

Estando consciente de que a doença era incurável, Mary Ann submeteu-se a vários tratamentos na esperança que os seus dias fossem prolongados sempre com o intuito de finalizar os projetos que tinha em mãos e de preparar os seus familiares para o fatídico desfecho.

Afigurando-se longos períodos de espera e de tratamentos, mãe e filho formaram um «clube de leitura». Enquanto esperam pelas consultas e pelas sessões de quimioterapia partilhavam a paixão pelos livros, sugeriam leituras e falam sobre elas. Através dos seus testemunhos, percebemos como os livros e a leitura podem unir as pessoas ou aproximá-las ainda mais. Como poderão ser reconfortantes e inspiradores.

Qui | 28.08.14

Cristiano Ronaldo foi considerado o melhor jogador a atuar na Europa

O melhor jogador do mundo é também a partir de hoje o melhor jogador a atuar na Europa na época 2013/14, conquistando a quarta edição do «UEFA Best Player in Europe Award». Cristiano Ronaldo foi o mais votado por um painel de 54 jornalistas dos diversos países da UEFA, superando desta feita o guarda-redes alemão Manuel Neuer e o extremo holandês Arjen Robben , ambos do Bayern Munique.

No palmarés do troféu, o jogador português do Real Madrid sucede, assim, ao argentino Lionel Messi (2010/11, pelo FC Barcelona), ao espanhol Andrés Iniesta (2011/12, ao serviço do FC Barcelona) e ao francês Franck Ribéry (2012/13, pelo Bayern Munique).

Parabéns, campeão!

Seg | 25.08.14

Crónica de José António Saraiva sobre Emídio Rangel

 (imagem retirada no google)

Quem acompanhou no Expresso e agora no Sol as colunas de José António Saraiva já pouco ou nada se surpreende com o teor de muitos dos seus textos, com especial destaque para aquelas crónicas do quotidiano que habitam duas páginas da revista que integram o jornal SOL, de que é simultaneamente fundador e diretor, num afã próprio de quem quer certamente competir com o Inimigo Público ou coisa do género.

Então para quem - como eu - já leu uma entrevista do arquiteto Saraiva onde este defendeu, para si próprio, a atribuição do Nobel de Literatura (!) ou que já o ouviu afirmar, quando diretor do Expresso, que cada dia mais dava razão à sua mãe quando esta lhe dizia que ele possuía perfil e potencial para ser «um excelente Presidente da República», já nada devia espantar.

Só que a última crónica no Sol com o título «Repouse em Paz», a propósito da morte de Emídio Rangel (aqui), Saraiva ultrapassou todos os limites do razoável numa prosa rasteira e baixa, divulgando conversas privadas de pessoas que já cá não estão para se defenderem (a propósito de drogas, sexo, violência doméstica) e que é muito reveladora do seu caráter mesquinho e vingativo. É das coisas mais asquerosas que tenho lido nos últimos tempos. Um nojo!

Qua | 20.08.14

Leituras de Verão (I)

As férias de Verão são sempre uma boa altura para pôr em dia algumas leituras ou terminar aqueles livros que se vão eternizando na mesa-de-cabeceira devido à agitação da rotina diária.

Venho, por isso, partilhar convosco um livro que já acabei de ler e cujo autor muito aprecio.

O protagonista deste novo romance é Fermín Romero Torres. A história é contada pelo próprio a Daniel Sempere, uma história que se baseia no tempo passado na prisão de Montjuic (o cárcere e a sua fuga). Mas este livro fala sobretudo de amizade, de confiança e de traição. Fala sobre a ditadura, a prepotência e o terror, fala sobre vingança e o perdão, e, claro, sobre o «Prisioneiro do Céu» e o «Cemitério dos Livros Esquecidos».

A ação desenvolve-se com fluidez e o facto de a narrativa alternar entre passado e presente mantém o leitor na expectativa. Algumas personagens já me eram familiares, mas fiquei a conhecê-las melhor através desta obra que nos acrescenta novas personagens que pela sua aura de mistério e obscuridade conferem uma mais-valia ao enredo. A trama é envolvente e os personagens cativantes. É um livro que se lê muito bem e é difícil de largar antes do final.

Este livro faz parte de uma trilogia da série “Cemitério dos Livros Esquecidos” com um núcleo duro de personagens comuns. Cada livro pode ser lido individualmente porque cada um tem um enredo independente, cujos aspetos em comum não impedem uma leitura individual, sem qualquer prejuízo para o seu entendimento pleno da obra. O que acontece é que todos estão interligados ao nível de personagens, desenvolvimento e tema de fundo, o local “Cemitério dos Livros Esquecidos” marca esta série. Há evidentemente aspetos que só se pode apreciar tendo lido os livros anteriores. Existem desenvolvimentos e revelações do enredo de fundo que só fazem sentido para quem leu o que está para trás, todavia o desconhecimento do mesmo não retira magia à escrita nem impede que o leitor se sinta esclarecido no fim de cada livro.

Seg | 18.08.14

Sandes Públicas Solidárias

 (imagem do facebook)

 

Depois da moda dos banhos públicos solidários que levou alguns internautas a tomar banho de balde no meio da rua e a que muitas celebridades aderiram, dando origem aos banhos gelados, para chamar a atenção para a esclerose lateral amiotrófica, uma doença grave, degenerativa e incapacitante, eis que surge agora as «sandes públicas» onde se desafiam amigos a ajudar os sem-abrigo.   

Este novo desafio surgiu no Facebook como resposta aos banhos públicos que em Portugal estavam a perder o intuito solidário que estava na origem do «Legado de Tibu». A ideia é simples: em vez de tomar banho em público e gastar água, que tal fazer uma sanduiche em casa e entregá-la a um sem-abrigo? Depois de cumprido o desafio, é necessário nomear três amigos, que terão 48 horas para replicar o feito. A iniciativa está a reunir inúmeros seguidores nas redes sociais, que partilham a sua prova por vídeo, na página «Sandes Públicas», no Facebook. Esta página, que já conta com milhares de fãs e recolhe testemunhos dos diversos portugueses que já alinharam na desafio.

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