Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba.
Vergílio Ferreira
«Recomeça.... Se puderes Sem angústia E sem pressa. E os passos que deres, Nesse caminho duro Do futuro Dá-os em liberdade. Enquanto não alcances Não descanses. De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado, Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar. Sempre a sonhar e vendo O logro da aventura. És homem, não te esqueças! Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças...»
O Sporting acaba de fechar dois acordos para a cedência dos seus direitos televisivos no valor global de 515 milhões de euros. O primeiro com a operadora NOS,através da venda dos direitos televisivos dos respetivos jogos em Alvalade por dez épocas a começar em 2018 no valor global de 446 milhões de euros, e o segundo, um aditamento ao contrato atual com a empresa Publicidade de Portugal e Televisão, S.A (PPTV) no valor de 69 milhões de euros, segundo um comunicado do clube à Comissão do Mercado de Valores Imobiliários (CMVM).
É um excelente acordo para o SCP. O Benfica fixou uma fasquia e os rivais jogaram bem com isso. Para os espetadores, não será tão bom assim, já que que mais cedo ou mais tarde terão que pagar a respetiva fatura, porque isto, meus amigos, não há milagres. O dinheiro tem que aparecer de algum lado e as operadoras não andam a dormir.
David Duarte, de 29 anos, veio transferido numa sexta-feira do hospital de Santarém para o hospital de S. José com o diagnóstico de aneurisma. Esta instituição não dispunha de equipa de neurocirurgia durante o fim-de-semana desde 2014, devido aos cortes cegos feitos pelo anterior governo, pelo que o jovem teve de esperar por segunda-feira para realizar a cirurgia.
As recomendações internacionais apontam para uma intervenção nas primeiras 24 horas após a rutura da artéria. Essa resposta rápida permite reduzir os riscos associados a este quadro clínico. David Duarte esperou quase 60 horas por uma cirurgia. Contudo, o jovem não resistiu e morreu antes de ser intervencionado.
A posição dos profissionais de saúde e as consequências para os utentes dos serviços de saúde eram conhecidas entre os responsáveis hospitalares. Há mais de um ano que não havia turnos de prevenção. E, nesse período, houve outras situações com o mesmo fim, este caso foi apenas mais mediatizado e teve mais visibilidade na comunicação social. O BE, aliás, já havia alertado para esta situação.
O caso levou a Procuradoria-Geral da República a abrir uma investigação. Se da investigação se concluir que David Duarte morreu por falta de meios hospitalares, então o caso passará a ser tratado como homicídio negligente.
Na sequência desta tragédia, o presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Cunha Ribeiro, e os administradores hospitalares de Lisboa Central e Lisboa Norte demitiram-se.
Entretanto, o atual ministro da Saúde, Adalberto Fernandes, já deu autorização para os hospitais pagarem aos médicos especialistas de modo a que estes assegurem os fins-de-semana e feriados a fim de que estas situações sejam evitadas. A morte de David Duarte terá provocado o regresso aos valores que tinham sido cortados pelo anterior Governo.
Ontem, o ministro da Saúde considerou que nalguns casos, a restrição financeira foi longe demais, mas Adalberto Campos Fernandes insistiu também que neste caso não se trata apenas de um problema financeiro, mas também de organização de meios. Efetivamente, não se entende por que é que David Duarte não foi transferido para um hospital que tivesse disponíveis neurocirurgiões para realizar uma operação urgente? Muito menos se percebe como é que o S. José acedeu em receber o doente quando não dispunha de equipa de neurocirurgia? É bom que se apure todos estes factos.
Se os três responsáveis pelo funcionamento dos hospitais que se demitiram depois de conhecido o caso de David Duarte o tivessem feito logo em abril de 2014 quando foram confrontados com uma situação que os obrigava a não ter prevenção daquela especialidade, e aí talvez o assunto tivesse sido logo resolvido, como o foi agora e provavelmente ter-se-ia evitado algumas mortes, pelo que também devem ser responsabilizados por todas as ocorrências.
A morte de David Duarte tem que ter consequências, a culpa não pode, uma vez mais, 'morrer solteira'.
«No final de 2013, o Governo Passos Coelho injetou 1100 milhões de euros no Banif. Assegurou sempre que a operação não teria qualquer custo para os contribuintes e até renderia vantajosos juros a favor do Estado. Feito dono do banco, com a maioria do capital, o Governo preferiu deixar no banco a gestão privada, e Passos colocou no Banif um só administrador, sem poderes executivos, António Varela.
Durante os anos em que o Banif beneficiou da ajuda do Estado, apresentou nada menos que oito planos de reestruturação às autoridades europeias, todos chumbados. Apesar disso, ao fim de quase dois anos como administrador do Banif, António Varela foi promovido e recebeu a responsabilidade pela supervisão prudencial no Banco de Portugal. Sob a governação de Carlos Costa, um dedo especial parece escolher os protegidos de Passos e Portas.
Enquanto o Banif escrevia planos para o caixote do lixo de Bruxelas, o Governo de PSD/CDS dedicava-se a fazer cara de saída limpa. Já tinha sido difícil arrastar o BES até à saída oficial da troika e deixá-lo explodir só depois. Agora, no início de 2015, tudo estaria em jogo nas eleições. Nessa altura, uma resolução ainda seria uma hipótese relativamente tranquila, a liquidez do banco ainda não se tinha degradado, e era ainda possível desenhar uma solução que, penalizando acionistas e outros grandes credores, minimizasse custos para os contribuintes. Havia, acima de tudo, tempo para planear a integração dos ativos bons na Caixa Geral de Depósitos, preservando os postos de trabalho.
Com a colaboração do Banco de Portugal e da Comissão Europeia, a Direita, cujo argumentário central passa por rejeitar a devolução de rendimentos porque isso implicaria mais impostos no futuro, passou aos contribuintes de hoje a fatura da sua "saída limpa".
Por muito que esta história se repita, o tempo nunca volta atrás. Mas podemos apurar e punir os responsáveis. O sistema bancário precisa de uma enorme limpeza e de ficar sob controlo público de facto, não de novo reforço da esfera privada. Os contribuintes não podem continuar a ser a garantia de que, na banca privada, a má gestão é um crime que compensa.».
O Banif vai custar cerca de quatro mil milhões de euros aos cofres públicos - leia-se contribuintes - entre a injeção de 2,26 mil milhões ao abrigo da resolução, mais garantias, mais dinheiro para combrir imparidades e mais os 825 milhões de euros de ajudas públicas que ficaram por receber. Os contribuintes portugueses já tiveram que pagar cerca de 8,5 mil milhões com BPN, BPP e Banif. Fora destes cálculos, estão as eventuais perdas do Fundo de Resolução com o Novo Banco, bem como os empréstimos feitos ao BCP e a CGD, que ainda não foram pagos na totalidade.
A propósito do BANIF, a frase mais dita pela ex Ministra das finanças, Maria Luís Albuquerque numa entrevista hoje na TVI no jornal das 8, foi : «Não tenho informação sobre o assunto».
No entanto, a TSF revela uma carta da Comissária Europeia da Concorrência, enviada à então ministra das Finanças, onde explicita as verdadeiras motivações do governo português há cerca de um ano. Que o problema do Banif foi adiado para manter a estabilidade financeira e não colocar em causa a saída de Portugal do Programa de Assistência Económica e Financeira, ou seja, para não perturbar a saída limpa.
Confrontada com estes factos Maria Luís Albuquerque obviamente negou-os, afirmando que a situação do Banif foi sempre «uma situação difícil», mas nunca foi possível vender a posição porque nunca apareceu nenhuma proposta.
Questionada sobre as causas da instabilidade e fragilidade do sistema financeiro, a antiga ministra admitiu ainda que houve problemas de gestão e de supervisão, mas ainda assim reconduziu Carlos Costa como governador do Banco de Portugal? perguntou-lhe José Alberto de Carvalho. «Não tenho qualquer razão para retirar a confiança ao Governador do Banco de Portugal», contra isto ....batatas!!
Espero que o atual governo tire as devidas ilações e nomeie um novo governador.
Num tacho leve ao lume a água e leite, a margarina, a casca de limão e o sal. Deixe levantar fervura. Retire do lume, junte a farinha de uma só vez e bata vigorosamente com colher de pau para envolver sem fazer grumos.
Leve de novo ao lume e deixe cozer a massa um pouco até se descolar do fundo.
Coloque a massa noutro recipiente, retire a casca de limão e deixe arrefecer.
Junte-lhe depois os ovos um a um, batendo entre cada adição. A textura ideal da massa é semelhante à de uma boa e consistente maionese feita em casa.
Coloque 2 a 3 dedos de óleo numa frigideira.
Quando estiver quente (não demasiado quente) deite colheradas de massa, empurrando rapidamente com o dedo e usando uma colher de sobremesa para o efeito. Deixe fritar lentamente em lume brando para evitar que tostem rapidamente.
Eles vão dançar no óleo e abrir e rodar e virar - deixe-os nesse baile até ficarem 3 ou 4 vezes maiores - se não se virarem sozinhos, dê-lhes uma ajuda. Frite quatro de cada vez.
Quando estiverem no ponto retire-os com uma escumadeira, deixando escorrer o máximo de óleo possível sobre papel de cozinha. Coloque-os num recipiente e polvilhe-os com açúcar e canela.
Depois da despedida da Taça de Portugal, a meio da semana, em Braga, o Sporting foi surpreendido este domingo na Choupana frente ao União da Madeira e sofreu a primeira derrota desta temporada a contar para o campeonato.
O Sporting nem jogou mal, teve sempre o controlo do jogo, mas sentiu sempre grande dificuldade em penetrar na muralha defensiva do União da Madeira.
A equipa leonina apenas criou duas verdadeiras oportunidades de golo na primeira parte, muito embora o guarda-redes madeirense tenha sido chamado a fazer duas ou três defesas de alguma dificuldade.
A segunda parte do encontro foi mais do mesmo, embora com um acréscimo de intensidade ofensiva por parte do Sporting, com diversas oportunidades desperdiçadas flagrantemente e, outras, em que o guarda-redes do União, André Moreira voltou a brilhar. Para mim foi o melhor jogador em campo.
O golo surgiu aos 69 minutos, num dos raros momentos em que os madeirenses remataram à baliza, com um cruzamento para o segundo poste que surpreendeu Rui Patrício. Acabaria por ser o momento decisivo do jogo.
Com este resultado, os leões perdem a liderança e estão agora em segundo lugar do campeonato nacional liderado pelo FC Porto, que curiosamente vai a Alvalade na próxima jornada naquele que será o primeiro clássico de 2016.
O sorteio Fatura da Sorte vai passar a dar certificados de aforro, em vez de automóveis, como acontece desde 2014, altura em que foi criado para incentivar os contribuintes a pedirem fatura.
Na opinião do secretário de Estado dos Assuntos fiscais esta iniciativa tem tido «um papel relevante no combate à fraude e evasões fiscais, pelo que se justifica a sua continuidade».
Todavia, a alteração do prémio da Fatura da Sorte deverá acontecer apenas a partir de Abril de 2016, pela simples razão de existirem carros em stock para entregar aos vencedores até essa data.
O valor a atribuir em certificados de aforro deverá ser semelhante ao prémio atual, ou seja 40 mil euros.
Com esta medida o atual Executivo pretende não só continuar a combater a evasão fiscal como incentivar a poupança das famílias.
José Mourinho é o melhor treinador português da atualidade e um dos melhores do mundo, senão o melhor, mas no futebol passa-se de «bestial a besta» com a maior das facilidades, para tanto basta que os resultados obtidos não sejam os expectáveis.
Em junho deste ano, Mourinho festejou o campeonato inglês com o Chelsea. Em agosto, Abramovich renovou-lhe o contrato até 2019 e em dezembro é despedido devido a uma temporada desastrosa do Chelsea, numa altura em que o Chelsea está apenas a um ponto da zona de despromoção da Premier League. A última derrota, a 9.ª em 2015/16, no jogo frente ao Leicester, foi a gota de água e o desfecho que muitos esperavam.
Mourinho abandona o Chelsea após a conquista de seis títulos, incluídos duas ligas inglesas, em três épocas, mas com o sabor amargo de não ter triunfado na Liga dos Campeões ao serviço dos Blues. Além de ter dado à equipa de Stamford Bridge a primeira vitória no campeonato inglês após um interregno de 50 anos.
O special one, como se intitulou quando em 2004 chegou ao Chelsea, mudou o paradigma dos blues, ao conquistar duas Taças da Liga, uma Supertaça em pouco mais de três anos, antes de ser despedido, em setembro de 2007.
Assim como há oito anos Mourinho saberá seguramente dar a volta por cima, porque as aptidões adquiridas ao longo destes anos não se perdem. Foi besta, mas será novamente bestial noutro grande clube europeu, tenho a certeza.