Em modo férias
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«Comissão Europeia decidiu, na passada quarta-feira, não impor multas a Portugal pelo incumprimento das metas do défice público de 2015. Por esta é que ninguém esperava. No dia da morte de Salazar, as sanções caíram da cadeira.
Depois de ter visto Marques Mendes garantir na SIC, de fonte segura, que haveria sanções entre X e Y milhões, nunca pensei que a CE tivesse coragem de o desmentir. Segundo o ditado, e por exclusão de partes, isto faz de Marques Mendes um péssimo dançarino.
É um momento esquizofrénico para a antiga coligação que nos governou. Crista tinha dito que se o Governo do Costa fosse competente não havia sanções. Agora, arranjar uma metáfora para isto vai ser tramado. É preso por ter cão e preso por não ter... Maria Luís afirmou que, com ela como ministra das Finanças, não haveria sanções, o que pode ser um problema se a Arrow Global começar a pensar que Centeno faz bem o lugar.
Para alguns comentadores, a CE parece ter tido um momento de lucidez. Perante o Brexit, os ataques terroristas, o sistema bancário europeu e Durão no Goldman, já não havia agenda para mais chatices. É muito complicado manter a atenção dos ministros do Ecofin sobre multas a Portugal quando estão a consultar o iPhone, de dois em dois minutos, para ir acompanhando a queda das acções do Deutsche Bank.
Todos sentimos necessidade de atribuir esta vitória a alguém. O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa ainda lá tem três medalhas que estão guardadas, não vá haver novidades no mundial de chinquilho. Precisamos de um Éder desta proeza. Tenho a teoria de que o problema era o pin de Portugal na lapela, a CE não apreciava aquilo. Era um desafio. Era Passos Coelho a enfrentá-los pela calada. Já há quem fale em Carlos Moedas, mas é pouco credível dizer que Moedas fez voz grossa na CE.
O que me parece perigoso é o discurso do ter sido "o contexto político europeu, marcado pelas crises do terrorismo, que contou para esta decisão". Resumindo, dizem que os ataques terroristas contribuíram para que não houvesse sanções contra Portugal. Se a isso acrescentarmos o crescimento do turismo, no nosso país, com parte atribuída aos atentados, chegamos à conclusão de que devemos muito ao Daesh. Andamos a lucrar com isto. Não pode ser. Qualquer dia começam a desconfiar de nós.
Seja como for, é uma vitória. Tem havido algumas e isso parece incomodar uns quantos comentadores. Há uma semana, no Expresso, um jornalista escrevia - guardem os foguetes - sobre os juros negativos da dívida. Há uns dias, Camilo Lourenço, neste jornal, sobre a execução orçamental, dizia: "Não deitem foguetes." Anteontem, no Observador, alertavam que era "cedo para foguetes" no que diz respeito às sanções. Estou convencido de que há patriotas que andam a guardar os foguetes para os lançarem se nos acontecer uma grande desgraça.
TOP 5 -
Doces sanções
1.Marques Mendes: "fonte segura garantiu sanção entre 18 e 80 milhões"- Mais valia a Maya a falar de economia e o Marques Mendes de futebol.
2. "Almoço de homenagem a Cavaco Silva junta 80 personalidades" - Atenção que, normalmente, estes almoços do Cavaco dão origem a "BPN".
3. Governo turco fechou 15 universidades, 934 escolas, 104 fundações, 35 hospitais, 1.125 associações num dia - Isto é o sonho húmido da troika.
4. Trump perto de Hillary nas sondagens - Há qualquer coisa de estranho quando um possível presidente dos EUA tem "look" e discurso de um dos vilões do 007.
5. Passos: "Convidei António Costa para vice-primeiro-ministro" - Se António Costa fosse vice-PM, não havia sanções.».
Recolhimento e um pesado silêncio marcaram a visita do Papa Francisco aos campos de Auschwitz e Birkenau, na Polónia, local onde mais de um milhão de pessoas foram exterminadas durante a Segunda Guerra Mundial.
A primeira passagem do Sumo Pontífice por este país justifica-se pelas Jornadas Mundiais da Juventude que decorrem em Cracóvia. À semelhança de João Paulo II e Bento XVI, Francisco quis prestar homenagem às vítimas do Holocausto. Mas não com palavras, em oração. A visita ao campo nazi decorre no mesmo dia em que se assinalam os 75 anos da condenação à morte daquele sacerdote franciscano polaco, proclamado santo por João Paulo II em 1982.
O Santo Padre rezou no Bloco 11, onde os soldados nazis anunciavam os nomes dos condenados à morte. Foi recebido pela primeira-ministra polaca, Beata Szydlo, cuja história de vida pessoal está profundamente ligada a estes campos da morte, onde perdeu vários familiares. Encontrou também uma dezena de sobreviventes da Shoah e rezou junto ao muro onde decorriam os fuzilamentos.
O Papa não falou durante a visita, mas escreveu, em espanhol, no livro de honra do museu de Auschwitz: «Senhor tem piedade do teu povo. Senhor perdoa tanta crueldade».
No início da visita à Polónia, o Papa advertiu que o mundo estava a viver uma terceira guerra mundial fragmentada, lembrando as duas anteriores. Nas Jornadas Mundiais pediu aos jovens para abrirem o coração aos refugiados e aos imigrantes.
(imagem do Expresso)
Os ataques terroristas que têm marcado a atualidade internacional colocam um enorme desafio aos órgãos de comunicação.
Sabe-se que há uma relação estreita entre terrorismo e comunicação social, dado que o primeiro não tem razão para subsistir sem o segundo. Porque um ato terrorista só assume determinada importância se for difundido pelos media.
Esta relação entre meios de comunicação e terrorismo atinge uma dimensão estratégica, na medida em que gera uma interdependência entre as partes. Por um lado, a necessidade de divulgação mediática alimenta o terrorismo para que este atinja níveis de terror globais, por outro, há uma necessidade subjacente da opinião pública e da indústria de conteúdos que reclama uma produção desmedida por parte dos media.
A principal questão aqui prende-se em conseguir um equilíbrio entre a liberdade de informar e o respeito pelas vítimas, evitando, a chamada «glorificação póstuma» dos atos cometidos por indivíduos considerados como terroristas, seja qual for a sua motivação, e evitar, assim, «colocar os terroristas ao nível das vítimas».
Se em Portugal, Espanha, Itália em França (neste último caso, até há bem pouco tempo), fotografias, nomes e perfis dos autores dos atentados são divulgadas sem qualquer limitação nos diversos meios de comunicação, países europeus como a Suíça escolheram há algum tempo evitar a difusão das imagens dos terroristas.
Neste momento alguns meios de comunicação franceses como o Le Monde, a BFM-TV e a Europe 1, após o ataque à igreja de in Saint-Etienne-du-Rouvray decidiram igualmente que não vão mais divulgar os rostos dos atacantes.
Parece-me uma ideia sensata e inteligente que deveria ser replicada pelos órgãos de comunicação de outros países.
De acordo com o Expresso, após três horas de reunião, a Comissão Europeia decidiu propor ao Conselho o cancelamento da multa a Portugal e Espanha pelo excesso de défice de 2015. O comissário Pierre Moscovici anunciou que Portugal tem mais um ano para cumprir o défice, ou seja, deve conseguir que o défice em 2016 fique abaixo dos 3%.
Prevaleceu o bom senso em Bruxelas. Esta é, sem dúvida, uma boa notícia para Portugal, para a Geringonça e para António Costa que poderá com isso capitalizar.
Que desapontamento com o fim desta novela que encheu as páginas de jornais durante meses e motivou acalorados debates na televisão e que acaba da pior/melhor forma, dependendo da perspetiva. Há muita gente em Portugal que ficará certamente dececionada, porque gostaria de ver o governo punido por Bruxelas ou queria ver uma guerra entre Portugal e a UE.
Moral da história: vale sempre a pena negociar e dialogar com a Comissão Europeia, dentro das regras europeias, sem vergar perante a Europa, mantendo o rumo politico, como fez o governo de António Costa.
Defesa direito conhecido por Ruço, começou a jogar nos Juvenis do Futebol Benfica como avançado, mas um ano depois já estava nos juniores do Benfica, onde começou por jogar no meio-campo, tendo sido Campeão Nacional na época de 1967/68.
Na temporada seguinte mudou-se para a Académica porque sonhava ser médico. Não chegou a concluir a licenciatura, mas transformou-se num lateral direito muito prometedor, revelando toda a sua raça como jogador, muito aguerrido e destemido, embora por vezes algo duro e temperamental.
Depois de três épocas na Académica regressou ao Benfica, onde viveu os melhores anos da sua carreira, conquistando cinco Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal, e chegando à Seleção A que representou por 35 vezes.
Na sua última época ao serviço do Benfica, sofreu uma pleurisia que pôs em risco a sua carreira. Conseguiu recuperar, mas perante a hesitação dos dirigentes benfiquistas em renovar-lhe o contrato, aceitou a proposta de João Rocha para se transferir para o Sporting na temporada de 1977/78, assinando então um contrato por três épocas.
Tinha 27 anos e estava no auge da sua carreira quando chegou a Alvalade, tornando-se um titular indiscutível e contribuindo para a conquista de uma Taça de Portugal e de um Campeonato, durante as três temporadas que representou o Sporting.
Em 1979 teve uma primeira experiência nos Estados Unidos. Quando se preparava para regressar ao país, sofreu um acidente cardiovascular que colocou a sua vida em perigo e colocou um ponto final na sua carreira de futebolista.
Em 1981 realizou-se, no Estádio José Alvalade, um jogo amigável, entre Sporting e Benfica, que serviu para homenagear Artur. Nesse mesmo ano foi agraciado pelo então Presidente da República, General Ramalho Eanes, com a Ordem do Infante.
Estava internado há alguns dias, em estado crítico, no Hospital Pulido Valente, depois de ter sofrido novo acidente vascular cerebral. Morreu ontem aos 66 anos.
2016 está a ser um ano fantástico no que ao desporto diz respeito. E não é só no futebol. Portugal está também a dar cartas em outras modalidades e os nossos atletas têm conseguido trazer várias medalhas para Portugal. Que o diga o nosso Presidente da República que tem atribuído várias condecorações aos desportistas ultimamente.
Este facto merece ser objeto de reflexão: o país tem boa matéria prima na área do desporto, mas são evidentes as dificuldades da generalização da prática desportiva em Portugal, pelo que devem ser definidas estratégias de superação deste problema.
O desporto escolar configura uma forte oportunidade para a introdução das nossas crianças e jovens na prática desportiva. É, efetivamente na escola que se encontra esse público-alvo e é nela que está sediada a maioria dos recursos humanos, físicos e materiais de suporte ao desporto e, nessa medida, a atividade desportiva escolar deve ser considerada um instrumento estratégico pela natureza das suas finalidades e pelo impacto dos programas estruturantes que pode operacionalizar junto das camadas mais jovens da população.
Penso que teria todo o interesse que o Estado investisse mais nesta área, através de parcerias entre federações desportivas, escolas e autarquias, intervindo de forma estruturante e articulada através de um conjunto de programas de desenvolvimento desportivo escolar com elevado significado social, criando medidas concretas que visassem fomentar e potenciar esta atividade e fizessem emergir novos valores e, ao mesmo tempo, combatessem o insucesso e o abandono escolares.
Só hoje tive oportunidade de ver a excelente entrevista de Pacheco Pereira na TVI 24 Vale mesmo a pena ver com atenção aqui.
António Guterres liderou a votação para secretário-geral da ONU, numa primeira votação secreta ocorrida hoje entre os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas para escolher o sucessor de Ban Ki-Moon, seguido de perto pelo esloveno Danilo Türk.
Neste momento, existem 12 candidatos ao cargo, metade dos quais mulheres. Além de Guterres, que liderou a agência da ONU para os refugiados, inclui-se a ministra dos Negócios Estrangeiros da Argentina, Susana Malcorra, a antiga chefe do governo neozelandês e dirigente do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Helen Clark, e a ex-ministra dos Negócios Estrangeiros búlgara e diretora da UNESCO, Irina Bokova.
O candidato português defendeu que o próximo secretário-geral da ONU deve ser «sólido», um «símbolo de unidade» e que «precisa saber combater, e derrotar, o populismo político, o racismo e a xenofobia».
Este é, sem dúvida, um resultado encorajador para o antigo primeiro-ministro e a confirmação de que António Guterres é o homem certo para o cargo de secretário-geral.
Espero sinceramente que Guterres suceda a Ban Ki-moon que termina o segundo mandato no final do ano. É um homem íntegro, com qualidades culturais e humanas excecionais que muito prestigiariam e dignificariam Portugal.
Vi isto no facebook e não consegui resistir. Plagiado ao Carlos Vaz Marques com a devida vénia. Muito Bom!!