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Narrativa Diária

Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba. Vergílio Ferreira

Narrativa Diária

Qua | 30.11.16

Acidente de aviação na Colômbia

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Ninguém poderá ficar indiferente à tragédia ocorrida ontem na Colômbia. Um acidente de aviação que originou 71 vítimas mortais e apenas seis sobreviventes.

 

Da equipa de 22 jogadores de futebol da Chapecoense que seguiam viagem para Medellín, 19 morreram, tal como toda a equipa técnica comandada por Caio Júnior bem como os dirigentes do clube, que iam disputar a final da taça sul-americana com os colombianos do Atlético Nacional.

 

Duas das seis pessoas resgatadas com vida do acidente aéreo estão internadas em estado grave. Os seis sobreviventes são: um jornalista de uma rádio local, dois tripulantes e três jogadores da equipa de futebol da Chapecoense. O antigo jogador do Sporting, Marcelo Boeck, escapou à tragédia porque tinha pedido um dia folga.

 

Muitos clubes já se dispuseram a dispensar jogadores, a título gratuito, para ajudar a reconstruir a equipa de futebol do Chapoecoense. A receita do próximo jogo Barcelona-Real Madrid reverterá por inteiro para os cofres do malogrado clube.

 

Neste infausto momento, o meu sentimento é de solidariedade para com todas as famílias enlutadas, com o desejo que repousem em paz os que infelizmente feneceram e que se recomponham rapidamente os sobreviventes e a equipa de futebol.

 

Seg | 28.11.16

Chega ao fim a telenovela CGD

 

 

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A telenovela da Caixa Geral de Depósitos(CGD) chega finalmente ao fim, com o epílogo que muitos anteviam.

 

O que nasce torto, tarde ou nunca se direita, já diz o povo. Ora o chamado «caso da CGD» transformou-se numa telenovela com todos os ingredientes para acabar mal. O dossier foi gerido desastrosamente, desde a nomeação da administração. Começou com os salários dos novos administradores da Caixa Geral de Depósitos e acabou com a recusa de apresentação das suas declarações de património e de rendimentos ao Tribunal Constitucional.

 

António Domingues, vá-se lá saber por quê, sempre recusou exibir a sua declaração de rendimentos, cumprindo os deveres de transparência a que estão sujeitos todos os gestores públicos, escudando-se num decreto-lei que, a seu ver, o isentava.

 

Do lado do Governo, meteu-se os pés pelas mãos. O ministro das Finanças tentou travar a polémica, mas só a aumentou com a afirmação de que Domingues responde à tutela política e assim a transparência está garantida. António Costa chutou para canto, dizendo que compete ao TC decidir se o banqueiro deve ou não entregar a declaração.

 

Ninguém sai bem nesta fotografia: O Governo porque “desobrigou” os gestores da CGD das exigências comuns aos gestores públicos, ou seja, da apresentação da declaração para o Tribunal Constitucional sobre os rendimentos dos gestores e assim permitiu esta enorme trapalhada; os administradoress da CGD porque não cumpriram com os seus deveres de transparência, deixando no ar a ideia que tinham algo a esconder. Finalmente a oposição, porque quis criar aqui um facto político, que servisse de arma de arremesso contra o governo.

 

Acredito na competência de António Domingos, que me garantem que tem, mas começava a parecer incompreensível que um gestor experimentado tenha deixado o caso CGD arrastar-se a tal ponto.

 

Depois, parece-me evidente que, como afirmou Catarina Martins do BE, «não pode estar à frente da CGD quem não quiser cumprir deveres de transparência sobre os seus rendimentos». Assim sendo, a António Domingues só lhe restava uma saída: a sua demissão, o que veio a acontecer.

 

Acontece que todo este ruído acerca da CGD é extremamente nefasto e escusado. A CGD precisa de estabilidade e precisa de entrar em pleno funcionamento. É tempo de se decidir em definitivo tudo o que eventualmente está pendente. Arranjar rapidamente uma nova administração e colocar um ponto final nesta novela.

Sab | 26.11.16

Fidel Castro (1926-2016)

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O histórico líder cubano, Fidel Castro, faleceu aos 90 anos. O anúncio da sua morte foi feito pelo irmão, o Presidente Raúl Castro, na televisão estatal de Cuba.

 

Amado por uns e odiado por outros, Fidel marcou a história da segunda metade do século XX. O líder cubano foi numa das figuras mais carismáticas, mas também das mais controversas da História política do século passado.

 

Após 47 anos no poder, a 31 de julho de 2006 Castro decidiu afastar-se devido a problemas de saúde e delegou a liderança do regime cubano ao irmão Raul, mais novo cinco anos. A passagem de testemunho seria definitiva dois anos mais tarde.

 

Durante a última década, Fidel fez poucas aparições públicas, manteve um contacto regular com o mundo através dos seus artigos intitulados “Reflexiones”, publicados na imprensa oficial.

 

Meses antes de celebrar os 90 anos, Fidel Castro marcou presença, em abril, no VII Congresso do PCC e fez um discurso na sessão de encerramento que soou a despedida. No passado mês de outubro, aquando da deslocação a Cuba, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se com o histórico cubano, Fidel Castro.

 

Utopia ou ditadura, cada um julgue-o como quiser. Ele manteve-se igual até ao fim .

Sex | 25.11.16

PS muito perto da maioria absoluta

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Se as eleições legislativas fossem hoje, o PS somaria 43% de votos, o que coloca os socialistas no limiar da maioria absoluta. São resultados da sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1, JN e DN.

 

Os números revelam uma subida dos socialistas de nove pontos percentuais desde a última sondagem da Universidade Católica, em dezembro de 2015. Contrariamente, verifica-se neste estudo de opinião uma queda dos partidos suportados pelo anterior Governo.

 

António Costa também aparece nesta sondagem como o líder mais popular. Conseguindo obter uma nota de 12,3. O atual primeiro-ministro só é ultrapassado na avaliação dos portugueses por Marcelo Rebelo de Sousa.

 

O Presidente da República continua, de acordo com a sondagem, imbatível na popularidade, recolhendo uma avaliação de 16,3 (a avaliação mais elevada das sondagens da Católica desde que há registos).

 

Relativamente aos partidos da Direita, a principal conclusão deste estudo é que PSD e CDS foram claramente ultrapassados pelo PS, perdendo cinco pontos relativamente à última sondagem.

 

Qui | 24.11.16

Portugal com mais restaurantes no Guia Michelin

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Não sei o sucesso de um País pode também ser medido pelo número de estrelas Michelin dos seus restaurantes, mas, se assim for, Portugal parece estar no bom caminho, já que o Guia Michelin, apresentado em Girona, Espanha,  revelou boas notícias para a restauração portuguesa. Há dois novos restaurantes com duas estrelas no guia internacional e sete com uma.

 

No Funchal, o restaurante Il Galo D’Oro, do chef Benoît Sinthon, recebeu a segunda estrela Michelin, assim como o restaurante do Porto do chef Ricardo Costa, The Yeatman. Na revelação dos novos restaurantes distinguidos surge ainda outro na ilha da Madeira, William, do chef Luís Pestana, figura na lista de novos restaurantes distinguidos pelo guia internacional este ano.

 

Em Leça da Palmeira, o restaurante Casa de Chá e da Boa Nova, do chef Rui Sala, recebeu a primeira estrela. No Porto, o Antiqvvm, do chef Vítor Matos também foi distinguido.

 

Em Lisboa foram dois os espaços premiados. Alma, do chef Henrique Sá Pessoa e Loco, do chef Alexandre Silva conquistaram a tão desejada estrela Michelin.

 

Em Sintra, foi destacado um dos restaurantes do resort Penha Longa. O Lab, do chef Sergi Arola conquistou a primeira estrela Michelin.

 

A sul, em Montemor-o-Novo, no Alentejo, o L’And VineYards, do chef Miguel Laffan recuperou a estrela Michelin perdida no ano passado.

 

Os laureados juntam-se agora ao grupo de restaurantes com estrelas Michelin onde já constava o Belcanto, de José Avillez, o Vila Joya, de Dieter Koshina e o Ocean, de Hans Neuner.

 

Contas feitas, com as novas estrelas Michelin atribuídas, Portugal já tem 21 restaurantes no guia gastronómico mais famoso do mundo.

Qua | 23.11.16

Sporting fora da Champions

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O Sporting ficou fora dos oitavos de final da Liga dos Campeões ao perder contra o Real Madrid, por 2-1.

 

O filme não foi muito diferente do que se passou no Santiago Bernabéu: o Sporting foi superior, controlou o jogo, mas pecou na finalização; ao contrário, os merengues jogaram o suficiente e na primeira oportunidade que tiveram marcaram. Os pequenos detalhes ditaram o resultado.

 

A 2ª parte fica marcada pela expulsão do João Pereira, em que o árbitro é equivocado pela teatralização de Kovacic. O amarelo era suficiente. Mas, pese embora a expulsão e a jogar com menos um jogador, o SCP não esmoreceu, nem parecia estarmos em inferioridade numérica.

 

Aos 80’ foi assinalada uma grande penalidade, cometida por Fábio Coentrão. Chamado a convertê-la, Adrien não vacilou, empatando a partida com um remate muito forte e bem colocado. Mas, um golo de Benzama aos 87' ditou o resultado final.

 

O jogo merecia ter acabado empatado, mas o futebol como sabemos não é justo. Estes jogos da Liga dos Campeões, esperemos que tenham servido, pelo menos, para o SCP ganhar experiência, para não cair, de futuro, nos mesmos erros.

 

Excelente ambiente em Alvalade. Como sempre fomos os melhores adeptos, batendo o recorde de assistência (50 046 adeptos).

 

Por fim, é desejável que passemos à Liga Europa. Basta-nos empatar contra o Légia de Varsóvia. Vamos torcer para que isso aconteça.

Seg | 21.11.16

Gestão da Carris vai ser transferida para o Município de Lisboa

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O memorando de entendimento para a passagem da gestão da Carris para a Câmara Municipal de Lisboa é assinado hoje, sendo que a autarquia iniciará funções como gestora da Carris a partir de 01 de janeiro de 2017. O governo considera que este acordo vai permitir descentralizar a gestão do serviço público de transporte de passageiros.

 

A gestão da Carris era um desejo antigo do Município de Lisboa e esta decisão do Governo surge na sequência da suspensão do processo de subconcessão das empresas públicas de transporte de Lisboa e do Porto lançado em 2011 pelo anterior Governo.

 

Recorde-se que Pedro Passos Coelho chegou a atribuir a subconcessão das empresas em Lisboa (Metro e Carris) ao um grupo espanhol. Os contratos aguardavam visto prévio do Tribunal de Contas para entrarem em vigor quando António Costa assumiu funções tendo-os suspendido de imediato, estando atualmente a decorrer alguns processos interpostos pelas empresas estrangeiras que contestam a decisão do primeiro-ministro.

 

Este modelo de gestão das autarquias é seguido em toda a Europa, Estados Unidos e Austrália. Em Portugal, principalmente por culpa dos municípios, nunca se conseguiu implementar um organismo que coordenasse todos os transportes numa área metropolitana ou numa região, fossem eles detidos pelo Estado, por privados ou por ambos.

 

Uma gestão integrada e municipalizada pode dar bons resultados, porquanto está mais próxima dos utentes e das suas necessidades. Sendo que uma boa articulação de políticas municipais de transportes públicos permite, além de melhor servir os interesses das comunidades abrangidas, poupar custos, obter ganhos de eficiência e aumentar a qualidade do serviço prestado.

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