Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba.
Vergílio Ferreira
O ano que hoje termina não deixa saudades. Que 2017 valha pela diferença, indo ao encontro das experctativas de cada um de nós, permitindo-nos ser e viver mais felizes.
Que a Felicidade seja permanente numa solidariedade constante! Que 2017 seja pleno de saúde e alegria!
Donald Trump assumirá a presidência dos EUA, em 20 de janeiro, uma semana antes do Ano Novo Lunar, que iniciará o Ano do Galo para os chineses.
A fim de celebrar a chegada do Ano do Galo, foi colocada em exposição no exterior de um centro comercial de Taiyuan, norte da China, uma enorme escultura em que a crista vermelha do galo foi substituída por uma grande madeixa loura, que brinca com o penteado e com os gestos de Donald Trump.
O 'galo Trump' está a fazer muito sucesso na China, onde estão a ser vendidas réplicas do original na internet. Existem vários tamanhos e sites. Há, por exemplo, uma versão de 10 metros de altura por 12.000 iuanes (1.650 euros).
O episódio protagonizado por Augusto Santos Silva, quando foi apanhado pelas câmaras da TVI a comparar a negociação da concertação social com uma feira de gado não me surpreendeu. Já conhecíamos a linguagem algo desbragada do ministro a lembrar as célebres frases: «quem se mete com o PS leva» ou «adoro malhar na direita».
O que já achei menos normal foi o pedido de desculpas apresentado pelo ministro Santos Silva, porque, quanto a mim, quem devia mesmo um pedido de desculpas era a a TVI, por gravar à ‘socapa’ conversas privadas e comentários informais feito entre políticos num jantar de Natal e divulga-las posteriormente sem autorização.
Até parece que a privacidade é coisa que já não existe para os media ou será que agora os furos jornalísticos se sobrepõem à ética profissional?
Fernando Santos foi eleito o melhor selecionador do mundo pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol, por um júri de especialistas em futebol de 56 países, ficando à frente do sueco Lars Lagerbeck (segundo classificado), que liderou a equipa 'sensação' da Islândia, e do selecionador alemão Joachim Löw, que ficou em terceiro lugar.
A escolha teve por base a vitória no Euro 2016 que Portugal ganhou, vencendo a França, o país organizador, na final, e a quem não ganhava há 41 anos. Para mais em Paris, onde nunca uma equipa portuguesa tinha conseguido ganhar um jogo nesta competição, sem Cristiano Ronaldo que saiu cedo por lesão, e com um golo de Éder num remate de meia distância. Quais eram as probabilidades de isto acontecer? Poucas ou nenhumas.
Não sei se Fernando Santos é o melhor selecionador do mundo, provavelmente não será. Mas, quando poucos acreditavam no título, ele soube sempre elevar a moral dos portugueses, motivar a equipa, fazer uma gestão inteligente de esforços e, sobretudo, fazer com que os jogadores acreditassem que era possível.
Ficará para memória futura a célebre frase, após o jogo com a Áustria: «já avisei a minha família de que só volto no dia 11 [do próximo mês] e serei recebido em festa».
Parabéns, Fernando Santos. Este prémio é mais do que merecido.
O Presidente da República publicou esta segunda-feira na página oficial da Presidência uma nota onde lamenta a morte de George Michael, a quem classifica como «um compositor versátil e talentoso, com uma carreira de inequívoca qualidade».
Uma coisa era ter dito uma ou duas palavras de circunstância, coisa diferente é usar a página oficial da Presidência da República para lamentar a morte do cantor e, neste ponto tenho que concordar com Miguel Sousa Tavares que considerou este procedimento «deslocado e ridículo».
Sousa Tavares considera, ainda, que o estilo do Presidente da República «pode um dia voltar-se contra o próprio. A grande diferença entre Marcelo o comentador e Marcelo o Presidente é que antes o ouvíamos uma vez por semana e agora todos os dias. E também não acho que ninguém tenha de ter uma opinião todos os dias, não acho saudável. Acho que é uma hiperatividade que um dia pode ser prejudicial ao Presidente, no dia em que precisar de marcar uma diferença».
De facto, Marcelo, certamente fruto da sua agenda sobrecarregada, não parou para refletir que inaugurar padarias, falar sobre o fecho de teatros, emitir opiniões sobre morte de cantores pop, são atribuição que não cabem, nem devem caber, no âmbito das funções do Presidente da República.
Marcelo está, quanto a mim, a banalizar a função presidencial e, a continuar assim, corre o risco de cair na situação do seu antecessor, ainda que por razões opostas, ou seja, passar a figura decorativa, o que seria uma pena, porque Marcelo reune todas as condições para exercer o cargo com a dignidade que ele merece.
2016, foi um ano negro para a música com o desaparecimento de alguns dos seus grandes nomes.
David Bowie foi o primeiro a partir, em Janeiro, apenas uns dias depois de lançar o álbum Blackstar.
O músico Maurice White, o produtor dos Beatles, George Marti, Keith Emerson e Greg Lake da banda Emerson, Lake & Palmer, Phife Dawg, o rapper americano e um dos criadores do grupo A Tribe Called Quest e Merle Haggard, lenda da música country foram também cantores que desapareceram ao longo do ano.
Prince, o ícone da pop e também Leonard Cohen, poeta e cantor fazem parte da lista negra de cantores que morreram em 2016. Sharon Jones, cantora do soul e funk e Rick Parfitt, o guitarrista do grupo Status Quo também nos deixaram este ano.
Ontem foi a vez GeorgeMichael, uma das melhores vozes da pop britânica, primeiro com a dupla Wham e depois com uma carreira solo, que morreu ontem aos 53 anos, dia de Natal. Sim, ontem foi o Last Christmas de George Michael, infelizmente.
Que ano horrível! Ainda bem que 2016 vai acabar daqui a menos que uma semana.
O Natal é uma festa Cristã. Celebra-se o nascimento de Jesus, Filho de Deus feito Homem que veio ao mundo num lugar inóspito e deu a vida para nos salvar. Para os crentes esta é, sem dúvida, a comemoração mais importante, juntamente com a Páscoa, da igreja católica.
Porém, fruto de novos tempos, o excesso de consumismo e as comemorações importadas dos EUA impuseram-se e levaram a que os valores tradicionais, culturais e religiosas se modificassem, com consequências na fé e nos hábitos de consumo. Natal passou a ser sinónimo de glamour, presentes, comezainas, iguarias sofisticadas, mesas de consoada para impressionar, ruído verdadeiramente ensurdecedor da publicidade, luzinhas, bugigangas, artefactos e tantas outras coisas. O politicamente correto é o que comunicação social constrói para nos vender como verdade. É esta a mensagem que passa.
O foco nesta época do ano passou a estar voltado para a vertente comercial e para o consumo desenfreado. E impossível não parar e refletir: até que ponto vale a pena tudo isto? Até que ponto vale a pena arriscar sonhos, sorrisos e felicidade em coisas materiais, efémeras? Vale a pena gastar todo o dinheiro, que se tem e que não se tem, em presentes que fazem sentido apenas naquele momento? É isso que representa o espírito de Natal, de amor e união? Vale a pena o sentimento posterior de angústia e preocupação de não ter dinheiro para honrar compromissos, apenas para desfrutar daqueles momentos de “felicidade”?
O espírito de Natal é o de ajudar aqueles que mais necessitam, lembrando de quem está longe e de quem está perto, de quem já não está entre nós. É o tempo de partilhar alegria, de dar e receber carinho e amizade. A magia do Natal está nas atitudes, no carinho, num sorriso, em pequenos gestos.
Que o Espirito e a Luz do Natal consigam iluminar todos os corações ao longo de todos os dias do ano.
A equipa da Chapecoense, cujo plantel de futebol foi vítima de um acidente de aviação na Colômbia, que ocorreu a 28 de novembro, quando o avião que transportava o clube brasileiro para o desafio da primeira mão da final da prova caiu em Cerro Gordo, a 17 quilómetros do aeroporto de Medellín, supostamente por falta de combustível e em que morreram 71 dos 77 ocupantes, recebeu o troféu da Taça Sul-Americana durante o sorteio da Taça dos Libertadores de 2017.
A entrega do troféu surgiu na sequência de um pedido do Atlético Nacional, da Colômbia, a 05 de dezembro, para que o seu adversário brasileiro fosse consagrado. O novo presidente da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho, recebeu o troféu e fez questão de dividir o momento com o representante do Atlético Nacional, da Colômbia. Durante o sorteio, o Atlético Nacional recebeu o prémio Fair Play Centenário Conmebol, sendo reconhecido como o vice-campeão da prova.
«O reconhecimento a estes dois grandes clubes sul-americanos demonstra a grandeza do nosso futebol e recorda-nos a importância do valor do espírito da paz, da compreensão e o jogo limpo entre adversários», disse o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.
Embora esteja um tempo ameno, certo é que amanhã, quarta-feira, 21 de Dezembro, às 10h44m, começa o Inverno, o que significa que os dias começam a crescer e, também, que esta é a noite mais longa do ano. Por isso, aproveitem-na bem!
Esta data marca o início do inverno – solstício de inverno – no hemisfério norte e do verão no hemisfério sul. Este é a altura do ano em que os raios solares atingem o hemisfério Norte com maior inclinação. Ou seja, corresponde ao dia em que o Sol faz o seu trajeto mais próximo do horizonte.
Desde a antiguidade que se celebra o solstício, estando o Natal relacionado com a cristianização desta festa que simbolizava o renascimento, o reinício, o sol e o momento em que a luz vencia a escuridão, porque a partir daqui os dias voltam a ser maiores.
Ainda não tínhamos digerido bem a derrota no derby da Luz e ontem voltámos a perder em Alvalade frente a um Braga, sem treinador e que vinha de uma derrota para a Taça de Portugal com o Sporting da Covilhã. O golo (como já vem sendo hábito) foi de um ex-jogador dispensado pelo Sporting e por outro ex-jogador e ex-treinador do Sporting B a orientar a equipa. E com isto estamos na 4ª posição, a oito pontos do líder e quase arredados do título, quando há duas semanas chegámos a estar a dois pontos e a discutir a liderança. O campeonato é cada vez mais uma miragem, uma ilusão que se desfez à 14ª jornada.
O que se viu ontem em Alvalade foi uma equipa extremamente desgastada, um treinador sem ideias e um modelo de jogo periclitante. Podíamos ter ganhado frente ao Braga, é verdade, mas acabamos por ser derrotados, como na Luz, com Patrício a não sair muito bem na fotografia.
Uma das piores exibições desde que Jesus assumiu o comando técnico da equipa do Sporting, que pune a ineficácia dos jogadores leoninos e já nem falo da arbitragem que jogo após jogo nos tem prejudicado.
Os primeiros lenços brancos em Alvalade são compreensíveis e vêm colocar mais pressão em Jorge Jesus. Esperam-se tempos difíceis em Alvalade. Começa a ficar à vista o resultado de apostas mal feitas em jogadores e de tantas frentes abertas por Bruno de Carvalho que tem persistido em erros consecutivos e infantis (como o número de campeonatos ganhos pelo Sporting).