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Narrativa Diária

Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba. Vergílio Ferreira

Narrativa Diária

Seg | 27.02.17

And the winner is La La Land, sorry Moonlight

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A 89.ª cerimónia de entrega de prémios da Academia de cinema norte-americano estava a correr de feição, quando Warren Beatty sobe ao palco e anuncia La La Land, como o vencedor do melhor filme, pois o envelope que lhe fora entregue havia sido o de Melhor Atriz (Emma Stone, por La La Land). Já a equipa de La La Land estava a meio do seu discurso quando foi interrompida e confrontada com o terrível lapso: «Houve um engano». Afinal, era Moonlight o vencedor de Melhor Filme do ano.

 

Enganos à parte, La La Land o filme com mais nomeações ficou-se pelas seis estatuetas. Moonlight ganhou três, incluindo Melhor Filme. Aqui fica a lista definitiva:

 

Melhor Filme

 

La La Land, não desculpem, é engano, foi Moonlight

 

Melhor Realizador

 

Damien Chazelle, por La La Land

 

Melhor Ator

 

Casey Affleck, em Manchester by the Sea

 

Melhor Atriz

 

Emma Stone, em La La Land

 

Melhor Ator Secundário

 

Mahershala Ali, em Moonlight

 

Melhor Atriz Secundária

 

Viola Davis, em Fences

 

Melhor Argumento Original

 

Manchester By the Sea

 

Melhor Argumento Adaptado

 

Moonlight

 

Melhor Filme de Animação

 

Zootopia

 

Melhor Filme em língua não inglesa

 

“The Salesman” (Irão: Asghar Farhadi)

 

Melhor Documentário

 

OJ: Made in America

 

Melhor Design de Produção

 

La La Land

 

Melhor Fotografia

 

La La Land

 

Melhor Guarda-Roupa

 

Fantastic Beasts and Where to Find Them

 

Melhor Montagem

 

Hacksaw Ridge

 

Melhor Banda Sonora Original

 

La La Land

 

Melhor Canção Original

 

“City of Stars,” La La Land

 

Melhor Edição de Som

 

Arrival

 

Melhor Mistura de Som

 

Hacksaw Ridge

 

Melhores Efeitos Visuais

 

The Jungle Book

 

Dom | 26.02.17

Paulo Núncio assume responsabilidade política no caso das offshores

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O antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Núncio assumiu ontem a sua «responsabilidade política» pela não publicação de dados relativos às transferências de dinheiro para offshores, pedindo o abandono das suas funções atuais no CDS-PP, depois de José Azevedo Pereira, responsável pela Autoridade Tributária à época, vir desmentir o Paulo Núncio, atribuindo-lhe a responsabilidade pela não publicação das estatísticas sobre transferências no valor de dez mil milhões de euros para offshores, o que prova que este não foi um caso de somenos, muito menos um facto politico criado pelo PS para desviar as atenções da CGD.

 

Todavia, a assunção de responsabilidades de Paulo Núncio, a meu ver, não isenta os ministros da tutela – Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque – e até mesmo o ex-primeiro-ministro, Passos Coelho, de assumirem a sua quota-parte de responsabilidade no caso.

 

A Constituição da República é clara ao afirmar, taxativamente, que os secretários de Estado respondem perante o Ministro da Tutela e este, por sua vez, perante o Primeiro-Ministro e no âmbito da responsabilidade política do Governo perante a Assembleia da República.

 

Assim sendo, a responsabilidade política do secretário de Estado Paulo Núncio pertence não apenas ao próprio, mas também aos ministros de quem dependeu, são pois estes os responsáveis políticos que devem ser chamados a prestar contas perante a Assembleia da República.

Sex | 24.02.17

Acredite, se quiser!

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Com a visita do Papa a Fátima nos dias 12 e 13 de maio, os preços disparam em flecha. Segundo adianta o DN, houve já quem reservasse uma noite em saco-cama por quase mil euros.

 

Com estes preços fica provavelmente mais barato ir a Roma, ver o Papa, com a vantagem de poder visitar e desfrutar dos encantos desta cidade.

 

Qui | 23.02.17

«Maior que o pensamento»

 

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Passam hoje 30 anos sobre a data da morte de Zeca Afonso, talvez o músico mais importante e mais influente das últimas décadas em Portugal que desapareceu precocemente com 57 anos.

 

Ícone incontornável da canção de Coimbra e figura central da música de intervenção em Portugal, Zeca Afonso foi acima de tudo um homem da liberdade, da democracia e da solidariedade, valores pelos quais lutou enquanto estudante, professor e cidadão contra a ditadura do Estado Novo. As suas armas foram a viola e a música com as quais tocava algumas vezes na companhia de Adriano Correia de Oliveira, e que contribuíam para manter viva a luta por uma sociedade livre e democrática.

 

O seu nome ficou intrinsecamente ligado ao 25 de Abril, através da canção «Grândola Vila Morena»  de sua autoria que serviu de senha para a saída das tropas em direção ao Terreiro do Paço, dando-se, com isso, o inicio das operações militares que puseram fim ao regime ditatorial que então vigorava em Portugal.

 

Deixou um enorme legado histórico, cultural e artístico que perdurará para sempre. Muitas das suas canções continuam a ser reinventadas e recriadas por vários interpretes nacionais e internacionais.

Qua | 22.02.17

«Lisbon Papers»

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Segundo notícia avançada pelo Jornal Público, o Fisco deixou sair do país dez mil milhões de euros para paraísos fiscais, entre 2011 e 2014, sem qualquer tipo de controlo, durante os anos em que Paulo Núncio foi secretário de Estado e Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque responsáveis pela pasta das Finanças.

 

O dinheiro terá sido comunicado ao fisco pelos bancos, ao abrigo da lei, mas a administração fiscal fez «vista grossa» e deixou passar as transferências.

 

A Autoridade Tributária confirmou que nos anos em causa, houve 20 declarações financeiras apresentadas ao fisco pelos bancos que não foram tratadas pela autoridade tributária. O jornal refere ainda que em 2015 o dinheiro transferido para paraísos fiscais cresceu 133% face ao ano anterior, para 8885 milhões de euros. A maior fatia do dinheiro foi transferida para as Baamas, cerca de 4790 milhões de euros. Seguem-se Hong Kong e o Panamá. Não deixa de ser contudo estranho como é que o fisco é tão célere e exigente com os seus concidadãos e tão desatento com o dinheiro que sai lá para fora!

 

O caso está a ser investigado pela Inspeção Geral de Finanças a pedido do Ministério das Finanças. Esquerda e direita já pediram audições sobre a fuga de capitais para paraísos fiscais.

 

Veremos agora como o PSD e o CDS vão descalçar esta bota. Espermos que sejam tão proativos quanto foram no caso da CGD e levem o caso até às últimas consequências.

Dom | 19.02.17

Sporting 1-0 Rio Ave

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O Sporting venceu ontem o Rio Ave por 1-0  com um golo de Alan Ruiz, em Alvalade, em jogo da 22ª Jornada da Liga NOS, mas não convenceu.

 

Neste caso, o resultado foi muito melhor que a exibição, já que a equipa não esteve bem e foi o Rio Ave que teve as melhores oportunidades de golo.

 

Rui Patrício, que realizou o seu jogo 400 com a camisola do Sporting, fez uma exibição magnífica. Eu que tantas vezes me insurjo contra ele, desta vez tenho mesmo que lhe tirar o chapéu, dado que o guarda-redes fez quatro ou cinco defesas soberbas, de grande nível de dificuldade.

 

Não gostei: da exibição de Jefferson e de Schelotto; Bas Dost também não esteve ao melhor nível; da lesão de Adrien que pode ser preocupante.

 

Para a história do jogo, ficam os três pontos,  a consolidação do terceiro lugar, e o jogo  400 de Rui Patrício de leão ao peito.

Dom | 19.02.17

As quintas feiras de Cavaco

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Não li o livro de Cavaco Silva, nem tenciono ler, mas a julgar por alguns excertos que vão saindo na imprensa, são ilustrativos e demonstram bem o carácter do seu autor. A começar pelo título: «quinta-feira e outros dias».

 

Cavaco igual a si próprio. Vingativo, mesquinho. O livro não é mais do que um ajuste de contas camuflado com Sócrates.

 

Segundo a imprensa, Cavaco descreve as reuniões sonolentas com Mário Soares; os reiterados atrasos de Sócrates, em quem Cavaco não acreditava; a pontualidade de Pedro Passos Coelho que aguardava calado as perguntas do Presidente, mas isso aos portugueses, pouco ou nada interessa. Há certamente outros assuntos que os portugueses gostavam de ver respondidos, falo por mim, nomeadamente: sobre a sua participação como acionista na SLN, a detentora do BPN ou por que razão deu falsas esperanças aos depositantes do BES, quando afirmou que podiam confiar no banco dado que as folgas de capital eram mais que suficientes para cobrir a exposição que o banco tem à parte não financeira?

 

Cavaco sempre quis passar a ideia de si próprio como a de um honesto estadista, rigoroso e cumpridor dos seus deveres, afinal estamos perante uma pessoa sem qualquer pingo de sentido de Estado, divulgando conversas privadas na praça pública, sem pudor ou respeito com as pessoas envolvidas.

 

Trata-se de um livro de um autor despeitado que será para sempre recordado como o pior Presidente da República Português, um presidente de fação que estimulou ódios e atiçou intrigas. Não admira que tenha sido o Presidente da República com a mais baixa taxa de popularidade da democracia portuguesa.

Qui | 16.02.17

Ainda o folhetim da Caixa Geral de Depósitos

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Já ninguém aguenta toda esta polémica em torno da CGD. Este folhetim da CGD que envolve Mário Centeno, Governo, Marcelo, António Domingues, Lobo Xavier e todos os partidos já cheira demasiado a chicana política.

 

É óbvio que o Governo geriu mal todo o processo de nomeação da antiga administração da CGD, assente no pressuposto de que um banco público pode ser gerido como um banco privado. Mas, em contrapartida, António Domingues, ao não perceber o que lhe era exigido enquanto presidente de um banco público, mostrou que não estava à altura do cargo para o qual tinha sido nomeado.

 

O caso já se arrasta há meses, mas há dias ganhou novo fôlego, graças a uns SMS comprometedores. Foram alegadamente mensagens trocadas entre Centeno e Domingues, que António Lobo Xavier levou a Marcelo, e que levaram Centeno a Belém e posteriormente a justificar-se perante os portugueses.

 

António Domingues já tinha deixado uma imagem muito negativa em todo este processo. Ao fazer chegar os SMS, ao Presidente da República, via António Lobo Xavier, piorou ainda mais a sua imagem e a do Conselheiro de Estado (que não devia ter-se prestado a tal papel).

 

O Presidente da República depois de ter dado o seu apoio a Mário Centeno e ao Governo, sentiu-se traído pelo ministro das Finanças, que lhe terá omitido as mensagens telefónicas que enviou a Domingues. Daí o comunicado da Presidência da República, que veio fragilizar ainda mais o ministro das Finanças, e a exigência de que Centeno se justificasse perante os portugueses, não obstante o apoio de Marcelo ao ministro, o que motivou a ira dos partidos da direita.

 

O PSD e o CDS, como habitualmente, continuaram a agitar a lama como se não tivessem, também eles, culpa neste processo (podiam ter resolvido a situação quando comandavam os destinos de Portugal, mas arrumaram o assunto para debaixo do tapete) e veem agora, quais virgens ofendidas, criticar o Governo.

 

São exatamente os mesmos que há tempos conviveram alegremente com as falsidades de Maria Luís Albuquerque no Parlamento que agora exigem a demissão de Mário Centeno e a divulgação das suas mensagens telefónicas. Pelo meio, como é evidente, tentam extrair dividendos políticos, ao mesmo tempo que fragilizam a Caixa Geral de Depósitos, põem em causa a sua recapitalização e ameaçam a estabilidade do sistema financeiro português.

 

Há casos assim em que, infelizmente, ninguém se sai bem na fotografia. 

Ter | 14.02.17

Dia São Valentim

 

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Diz que hoje é dia de São Valentim. Não há como fugir. Rádios, televisões e imprensa escrita bombardeam-nos literalmente há uns dias com sugestões e propostas.

 

Sobre esta comemoração sabe-se que foi evento importado dos países anglo-saxónicos pelos comerciantes para incrementar as vendas que começavam a diminuir em janeiro após o Natal.

 

Mas hoje ao passar no facebook, dei de caras com este texto do Grande Júlio Isidro e que gostaria de partilhar convosco:

 

«NO AMOR NÃO HÁ FÉRIAS....
Nem feriados, nem pontes, nem tolerância de ponto,nem baixa por doença e muito menos licença sem vencimento.
No amor, namora-se a tempo inteiro.
No amor não há São Valentim para dizer que é hoje, não te esqueças de comprar qualquer coisa com um coração a decorar, o jantarinho num restaurante cheio de casais a namorar e empregados afogueados de tanto trabalho para servirem amor, das entradas até à sobremesa.
Cá em casa namora-se com contrato de exclu...sividade e até tem graça quando as miúdas nos surpreendem numa troca furtiva de carinho.
Como gostamos de esparguete, brincamos muitas vezes com a cena de namoro do filme "A dama e o vagabundo" e eu assumo-me mesmo no papel de cão outrora vadio, e agora de estimação.
Há 25 anos que envelheço ao lado da minha namorada, definitivamente a última. E ela sabe das minhas angústias por sentir que um dia destes o namoro acaba por falta de comparência.
Entretanto, desejo ao São Valentim muita sorte e bons negócios porque com smoking ou em pijama continuamos a fazer muitos jantarinhos de namorados de fresca data.
Se toda a gente namorasse, seduzisse e cativasse o próximo, este mundo era um coração em ponto grande.
São Valentim é quando dois quiserem
».

 

 

 

Ter | 14.02.17

Parabéns à cidade do Porto

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Pela terceira vez a cidade Invicta é considerada o melhor destino turístico europeu. A cidade do Porto foi eleita, «Melhor Destino Europeu 2017» pela European Best Destination, uma organização de promoção turística sediada em Bruxelas, batendo cidades como Milão, Paris ou Roma.

 

Esta distinção atesta o potencial e atratividade da cidade, não só para os portugueses como para os turistas provenientes de todas as latitudes.


A cidade nortenha competiu com destinos como Paris, Amesterdão, Londres ou Barcelona. O Porto conseguiu mais de 138 000 votos online, sendo a mais votada em 174 países, o que é um recorde, já que Zadar – a cidade croata que venceu em 2016 – detinha o recorde com um total de 54 mil votos.

 

Hoje, o Porto assume-se como um polo cultural, de inovação e de grande desenvolvimento económico, sendo cada vez mais procurada para visitar, para viver e para trabalhar.

 

Um dos indicadores deste crescimento é o número de passageiros do Aeroporto Francisco Sá Carneiro que ultrapassou, no último ano, os nove milhões de passageiros, esperando-se, para este ano, um acréscimo próximo de 20 por cento.


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