Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba.
Vergílio Ferreira
O referendo de 23 de junho do ano passado que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia, deixou o país profundamente dividido e, desde então, têm-se multiplicado as manifestações contra o Brexit, protagonizadas sobretudo pela juventude britânica, maioritariamente pró-europeia.
Mas a primeira-ministra britânica cumprindo o resultado do referendo já assinou a carta que conduz ao Brexit, a qual será entregue esta quarta-feira ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, para ativar o artigo 50 do Tratado de Lisboa.
O Reino Unido sempre teve uma posição marcante relativamente ao seu papel no contexto europeu, o caso de não adesão à moeda única será, contudo, o mais óbvio.
Porém, tanto dentro como fora das fronteiras do próprio Reino Unido, o Brexit será tudo menos um processo simples. Dentro do Reino Unido, Escócia e Irlanda reacendem divisões que a História nunca sarou; fora de portas, o Reino Unido terá que estabelecer uma nova relação comercial com a EU com vista a saber que tipo de acesso o país consegue estabelecer com os 430 milhões de consumidores da UE.
A ativação oficial do artigo 50 abrirá espaço a dois anos de negociações para determinar as condições exatas de saída do país da EU. O Brexit poderá sofrer ao longo das negociações alguns ajustes, mas uma coisa é certa: agora não há retorno e no contexto europeu nada será como dantes. Afinal, como lembrava a Teresa de Sousa no Público, «não é um pequeno país periférico que abandona a União. É um país que marcou definitivamente a História europeia do século XX» num texto de leitura obrigatória.
A cerimónia de inauguração do aeroporto da Madeira com o nome de «Cristiano Ronaldo» está marcada para a próxima quarta-feira e contará com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa e de António Costa, presidente da República e primeiro-ministro.
Contudo a escolha do nome do aeroporto feita pelo governo regional da Madeira, liderado por Miguel Albuquerque tem sido alvo de muitas críticas.
Se há muitos que defendem o nome do capitão da seleção outros, porém, criticam tal decisão. É o caso do embaixador e socialista Francisco Seixas da Costa que defende que aeroporto devia ter o nome de Alberto João Jardim.
Também Marcelo Rebelo de Sousa manifestou as suas dúvidas sobre a escolha e parte do PSD da Madeira defendia que a escolha recaísse em Alberto João Jardim, que liderou o governo regional da Madeira durante décadas.
Pois bem, eu não escolheria nem um nem outro, a minha preferência recaía em João Gonçalves Zarco que no ano de 1419 juntamente com Tristão Vaz Teixeira desembarcaram pela primeira vez no arquipélago da Madeira.
Mais tarde viriam a ser nomeados capitães-donatários nesta ilha – Zarco ficou com a capitania do Funchal e Vaz Teixeira com a do Machico –, com o objetivo de promover o seu povoamento e colonização.
Por este motivo, penso que o nome de «Gonçalves Zarco» assentaria que nem uma luva ao aeroporto do Funchal.
Hoje é dia Mundial do Teatro, corra até ao teatro D. Maria II . «Abrimos as portas. Acendemos as luzes. E esperamos por si». O Dia Mundial do Teatro é isso mesmo: um momento de encontro. Um dia em que, de um modo ainda mais especial, contamos com todos para celebrar o Teatro. Este ano, saiba quais os espetáculos e atividades de que poderá usufruir:
14h Visita guiada à exposição Teatro em cartaz: A coleção do D. Maria II, 1853-2015
curadoria Lizá Ramalho e Artur Rebelo
visita por Helena Barbosa
16h e 19h Ethica. Natura e origine della mente
de Romeo Castellucii
20h Conversa com Romeo Castellucci
moderação José Tolentino de Mendonça
21h Tiranossauro Rex - Procedimento básico de memorização e esquecimento
de Alex Cassal
21h30 Ensaio para uma cartografia
de Mónica Calle
Entrada livre mediante o levantamento de bilhetes, na bilheteira do D. Maria II, a partir das 10h30. Limite de 2 bilhetes por pessoa, sujeitos à lotação disponível. Para este dia não se aceitam reservas."
"EXPOSIÇÃO - TEATRO EM CARTAZ - A COLEÇÃO DO D. MARIA II, 1853 - 2015
até 29 Julho, 2017
qua - dom, 30 min. antes do início dos espetáculos da Sala Garrett para portadores de bilhete
VÁRIOS LOCAIS | ENTRADA LIVRE*
18 abril - Dia Internacional dos Monumentos e Sítios | Horário da exposição: 15h - 18h
Um cartaz é um espetáculo. Pelos cartazes do D. Maria II vemos mais de um século de representações e das histórias que cada uma encerra. Nesta comemoração dos 170 anos, pedimos aos designers que atualmente desenvolvem a imagem do D. Maria II para mergulharem no arquivo e revelarem ao público como esse trabalho tem sido feito ao longo do tempo.
Nos documentos apresentados, evidenciam-se diferentes abordagens de pensar e produzir o cartaz. Das leituras desta amostra emergem diversas questões que vão desde as estratégias de gestão da imagem de identidade visual, até ao espaço de criação de que dispõe o designer.
curadoria Lizá Ramalho e Artur Rebelo
VISITAS GUIADAS À EXPOSIÇÃO
com Helena Barbosa
27 mar, 14h | entrada livre"
21 MAR - 30 ABR 2017
ÁTRIO | ENTRADA LIVRE
VIDEOTECA BOCA
"A Videoteca BoCA surge como um ponto de documentação, de historiação visual e de partilha pública, com o intuito de dar a conhecer (sobretudo ao público especializado mais jovem) o passado recente, desconhecido e escassamente documentado, através de obras artísticas que, de algum modo, estão na esteira do "espírito do tempo" da criação atual e que integram, na sua maioria, a programação da BoCA.
Percecionamos estéticas, conceções, direções, interesses e escolhas artísticas que se relacionam com uma geração, o seu contexto social, político e económico, mas que revelam também a intimidade dos artistas, mais jovens.
Oferecendo o acesso privilegiado a trabalhos de encenadores, coreógrafos, artistas plásticos ou performers, a Videoteca BoCA conta com a colaboração de artistas, entidades públicas e privadas que gentilmente cederam materiais de arquivo.
Durante a tarde, depois das aulas ou antes de assistir a um espetáculo, o espaço da Videoteca BoCA, no átrio do D. Maria II, pretende ser um descontraído ponto de encontro (físico), onde se podem descobrir obras que de outra forma não se teria oportunidade de ver, ou de rever.
Nomes de alguns artistas cujos registos de vídeo integrais são contemplados na Videoteca BoCA: Ana Borralho & João Galante, Cecilia Bengolea, Cláudia Dias, François Chaignaud, Héctor Zamora, Lúcia Sigalho, Márcia Lança, Mariana Tengner Barros, Miguel Moreira, Musa paradisiaca, Paulo Castro, Rodrigo García, Romeo Castellucci, Salomé Lamas, Tania Bruguera, Vera Mantero."
Ontem fui ao Estádio da Luz ver o jogo da Seleção Portuguesa de Futebol. Jogava-se a quinta jornada do Grupo B de apuramento para o Mundial de 2018. Portugal venceu a equipa da Hungria, por três bolas a zero, numa bonita festa do futebol, em que os adeptos não se cansaram de puxar pela equipa portuguesa.
Portugal estava obrigada a vencer para continuar a lutar pelo apuramento direto para o Mundial, na Rússia. Entrou receoso, mas aos 32 minutos depois do primeiro golo da autoria de André Silva, tudo mudou. Passados quatro minutos o mesmo André Silva deu de calcanhar para Cristiano Ronaldo que marcou um golo de belo efeito, resultado que se manteve até ao intervalo da partida.
Na segunda parte a Hungria entrou com mais intensidade, mas foi Portugal que voltou a marcar, outra vez por Ronaldo, aos 65 minutos, num irrepreensível livre direto, resultado com que terminou o encontro.
Destaque para Ronaldo, Quaresma, Rafael Guerreiro e William Carvalho, este último foi dono e senhor do meio campo.
A formação das quinas estava obrigada a ganhar para se manter a três pontos da líder Suíça (que também ganhou), já que nesta competição só os primeiros de cada grupo são apurados.
Jeroen Dijsselbloem nunca foi benquisto pelos seus pares. O holandês com «nome esquisito» criou alguns conflitos no Eurogrupo com vários ministros, de diferentes ideologias, desde o grego Varoufakis ao alemão Schäuble e foi obrigado a corrigir o seu currículo por falsas habilitações académicas (mentindo sobre um mestrado que afinal não possuía) — mas desde segunda-feira as coisas pioraram para o seu lado. Aos maus resultados nas eleições holandesas juntam-se agora as polémicas declarações: «durante a crise do euro, os países do Norte mostraram-se solidários com os países afetados pela crise. Como social-democrata, atribuo à solidariedade uma importância excecional. Porém, quem pede [ajuda] também tem obrigações. Não se pode gastar o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir que o ajudem».
O Governo português, pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, reagiu à declaração de Dijsselbloem exigindo o seu afastamento de presidente do Eurogrupo. Disse Santos Silva: «Hoje, no Parlamento Europeu, muita gente entende que o presidente do Eurogrupo não tem condições para permanecer à frente do Eurogrupo e o governo português partilha dessa opinião». Opinião também partilhada pelo governo espanhol que conjuntamente com Portugal lideram agora a revolta contra Dijsselbloem.
Mais estranho se torna estas declarações provirem de um governante holandês, país que, como sabemos, instituiu o Gin e o Red Light District onde seguramente os seus frequentadores não são unicamente portugueses, espanhóis, italianos e gregos.
Aliás, a Holanda desde que liberalizou as drogas leves e legalizou a prostituição viu crescer brutalmente os problemas de dependência e viu crescer exponencialmente a pedofilia e o tráfico de seres humanos para a prostituição ilegal.
Por isso o país do Sr. Dijsselbloem não é propriamente um modelo de virtudes que os países do Sul devam seguir.
Há mulheres que trazem o mar nos olhos Não pela cor Mas pela vastidão da alma E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos Ficam para além do tempo Como se a maré nunca as levasse Da praia onde foram felizes Há mulheres que trazem o mar nos olhos pela grandeza da imensidão da alma pelo infinito modo como abraçam as coisas e os homens… Há mulheres que são maré em noites de tardes… e calma
Na sequência do processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), a nova administração poderá fazer proceder ao plano de reestruturação, nomeadamente com o fecho de alguns balcões. Este plano prevê uma redução de 50 balcões já até ao final deste mês de março, garantindo cerca de 490 balcões, em 3 anos, distribuídos pelos 308 municípios de todo o país. Entre os novos critérios de Paulo Macedo podem estar, também, as distâncias entre os balcões da CGD mais próximos e as acessibilidades às localidades, como as redes viárias.
A notícia do encerramento de balcões da CGD tem gerado protestos de alguns autarcas do país, que receiam ficar sem a presença do banco público. O tema é melindroso. Em ano de eleições autárquicas pior um pouco.
A distribuição territorial dos balcões que fecham já este ano é uma das preocupações reveladas pelo Bloco de Esquerda, PCP e Verdes. Os três parceiros do Governo no Parlamento rejeitam a ideia de que a reestruturação do banco, através do fecho de balcões e da saída de trabalhadores, não pode ser uma espécie de moeda de troca do plano de recapitalização. Entre os receios estão também o facto de o fecho poder concentra-se no interior do país.
Pedro Passos Coelho também já se pronunciou sobre o tema classificando de um «cinismo atroz» por parte dos socialistas, comunistas e bloquistas. Mas, pergunto: não foi o governo PSD/CDS que queria privatizar a Caixa?
É evidente que se se quer que a CGD estanque prejuízos descomunais que rondaram os 2 mil milhões de euros no ano passado, o valor mais elevado da história do banco público, tem necessariamente que haver uma melhor racionalização de custos que passa naturalmente pelo fecho de alguns balcões. Por outro lado, com o crescimento da relação eletrónica entre o banco e os utentes, deixou de fazer sentido manter o mesmo número de agências, muitas delas situadas geograficamente muito próximas.
Porém, a CGD como banco público deve obrigatoriamente estar presente em todo o território nacional a fim de servir as populações. Em algumas zonas geográficas do interior do país onde as populações ficam sem acesso ao banco público, esse serviço poderá ser garantido por exemplo pelos CTT, através de balcões específicos criados para o efeito.
Sabemos que a CGD é um banco público e como tal não se pode comportar como um banco privado. Todavia, à semelhança dos privados, está obrigada a entrar na guerra do mercado e competir com as demais instituições bancárias, caso não queira desaparecer e para que não observemos outro dejá vu penoso como BPN, BES e BANIF e afins.
É oficial: começa hoje a Primavera. O Equinócio da Primavera ocorreu exatamente às 10h29min. A partir de hoje podemos começar a prepararmo-nos para os dias mais longos, tão bom!
O FC Porto desperdiçou uma oportunidade soberana de ficar à frente do Benfica no Campeonato Nacional, ao ceder um empate a um golo no Dragão frente ao Vitória de Setúbal.
A primeira parte foi, praticamente, de sentido único. Aos 19 minutos, Brahimi rematou para a baliza, mas Vasco Fernandes substituiu o guarda-redes Bruno Varela e salvou em cima da linha de golo. Perto da meia hora, o F. C. Porto desperdiçou três chances na mesma jogada. Finalmente adiantou-se no marcador aos 45 minutos por Corona. O mexicano correspondeu com um remate de primeira, ao cruzamento de Óliver.
O FC Porto saía para o intervalo com um 1-0, mas logo no início da segunda parte o Setúbal empata o jogo com um golo de João Carvalho (emprestado pelo Benfica). O FC Porto perdeu a calma e deixou-se vencer pela ansiedade de querer colocar-se novamente em vantagem. Ao ver os minutos passarem e o marcador não se alterar, passou a haver menos objetividade, menos critério, com chuveirinhos constantes para a área do Vitória do Setúbal, o qual bem organizado na defesa opôs-se sempre bem.
Com 63 pontos, o FC Porto mantem um ponto de atraso para o Benfica, antes da visita ao campeão nacional, a 01 de abril, no clássico da 27.ª jornada.
Antes desta jornada, o FC Porto sabia que tinha que ir ganhar à Luz para subir à liderança a sete jornadas do final do campeonato. Depois do empate frente ao V. Setúbal, mantém-se tudo igual.