Portugal não vai expulsar diplomatas russos
Após o envenenamento com gás tóxico do ex-espião russo, Sergei Skripal e da sua filha, Yulia Skripal ocorrida no Reino Unido no passado dia 4 de março, numa reação em cadeia dezesseis países anunciaram a expulsão de diplomatas russos, em solidariedade com o Reino Unido.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, já veio dizer que é «altamente provavelmente» que a Rússia seja responsável pelo ataque a Skripal, que, segundo a Chefe do Estado britânica, este modus operandi faz parte de «um padrão de agressão russa contra a Europa». No Parlamento May reiterou que só a Rússia teria «a capacidade, a intenção e o motivo» para atacar o ex-espião. As investigações do caso, a cargo da unidade de contraterrorismo da Scotland Yard ainda terminaram, contudo a Rússia já negou a participação no ataque.
Portugal condenou imediatamente o atentado de Salisbury e expressou com veemência a sua solidariedade com o Reino Unido. Porém, à semelhança de outros 14 Estados-membros da União Europeia, decidiu não expulsar diplomatas russos do país.
Numa nota enviada à comunicação social, o gabinete de Augusto Santos Silva disse que «toma boa nota das decisões, anunciadas hoje por vários Estados-membros da União Europeia, relativas à expulsão de diplomatas da Federação Russa neles acreditados», mas «acredita que a concertação no quadro da União Europeia é o instrumento mais eficaz para responder à gravidade da situação presente».
Sim, não basta uma simples suposição para culpar seja quem for, são necessárias provas cabais e irrefutáveis. Curiosamente, ninguém expulsou diplomatas, ou teve outras atitudes retaliatórias semelhantes contra os EUA, aquando da invasão do Iraque, decidido nas Lages, com o beneplácito de Durão Barroso, com base nas supostas armas de destruição maciça, que se veio a provar não existirem.
Fez muito bem o nosso MNE ao tomar a posição que tomou - o que não significa de todo estar refém do BE ou do PCP, significa apenas bom senso.