Dia negro na academia do Sporting
15 de maio de 2018 ficará inevitavelmente marcado como dia mais negro da história do Sporting, quiçá do futebol português, quando um grupo de 50 hooligans encapuchados invadiu a Academia do Sporting, agrediu jogadores, treinador, equipa técnica e todo o staff, ainda para mais em véspera de um jogo tão importante como a Taça de Portugal.
O que se pretendeu com isto? Sinceramente ainda não percebi. Que os jogadores abandonem o clube a custo zero? Que fujam para os nossos rivais? Custa-me a acreditar que algum sportinguista, digno desse nome, pratique estes atos de vandalismo. Isto nem parece um ato de contestação, parece quase um ato de ódio e vandalismo puro, de alguém que quer prejudicar o clube.
Os adeptos mostrarem-se indignados após o jogo na Madeira é normal. O que não é normal é assistir-se a este espetáculo deplorável. Tenho para mim que esta espiral violência é o culminar de todo um processo tem vindo a incendiar progressivamente o futebol português perpetrado por dirigentes, gabinetes de comunicação, comentadores e claques.
O Sporting pode estar perante uma crise inimaginável: ver todos os principais ativos da Sporting SAD rescindirem o contrato com justa causa; ver os melhores jogadores reforçarem os clubes rivais a custo zero: perder centenas de milhões de euros sem representarem mais-valias para o clube. Nem quero imaginar um cenário destes. Seria trágico para o meu clube.
E perante o dia mais negro na história do Sporting o que disse Bruno de Carvalho? «Foi chato». «Temos de nos habituar que isto faz parte do dia-a-dia.». «Felizmente as coisas estão a correr dentro da normalidade». «Vamos esperar calmamente».
Estas declarações são inaceitáveis. É imperioso que Bruno de Carvalho e o seu staff saia quanto antes e que se convoquem eleições para que a normalidade seja enfim reposta.