Destituição, disseram os sócios!
Desde início de maio que o país vinha assistindo, incrédulo, a uma novela que parecia não ter fim a vista.
Esgrimiram-se, até à exaustão, argumentos relativamente ao afastamento ou à continuidade de Bruno de Carvalho (BdC), figura central da maioria crise vivida pelo clube de Alvalade e motivada essencialmente por: derrota na Liga dos Campeões; perda do segundo lugar na I Liga de futebol; invasão de adeptos à Academia do Sporting, em Alcochete; derrota no final da Taça de Portugal; rescisão de vários jogadores da equipa principal de futebol do Sporting, alegando justa causa.
Ontem, finalmente, os sócios votaram na Assembleia Geral que teve lugar na Altice Arena, e o 'sim' à destituição do Conselho Diretivo venceu, com BdC a ser exonerado pelos sócios por 71% dos votos e 29% que se manifestaram a favor da sua continuidade.
BdC que em fevereiro passado viu uma larga maioria de sócios, cerca de 90%, legitimar o seu mandato - aprovando alterações aos estatutos e ao regulamento disciplinar, e a continuidade dos órgãos sociais - é o primeiro presidente a ser afastado em 112 anos de história do clube.
Numa das mais concorridas assembleias gerais de sempre do Sporting, em que votaram 14.735 sócios, BdC marcou presença e votou pouco depois das 20h00, permanecendo no recinto até ao anúncio dos resultados, depois de dizer que não que não marcaria presença na reunião magna.
Perante este resultado, BdC já comunicou que vai finalmente abandonar o clube. Não sem antes afirmar que até «podia impugnar a AG por todas as ilegalidades cometida», mas não o vai fazer.
Porém, conhecendo BdC como conhecemos, acho que não vai desistir facilmente. Recorrendo ao Facebook ou a outra plataforma, irá certamente criticar, chatear e minar a Comissão de Gestão, na esperança que algo corra mal e assim arranje uma janela de oportunidade para regressar. Perto das eleições dirá que recebeu apelos de muitos sportinguistas e que se sente na obrigação de se candidatar. Isto caso não seja expulso de sócio do clube leonino, naturalmente.
Com a recém-destituição do Conselho Diretivo e eleições agendadas para 8 de setembro, aproxima-se o momento de decisão para todos aqueles que pretendam candidatar-se para à presidência do Sporting. A partir de agora é o momento de unir, mobilizar e congregar.
Parece claro que a preparação da próxima época, no que ao futebol diz respeito, não se compadece com a mudança da equipa diretiva. Disto isto, é essencial definir a equipa técnica e reforçar o plantel, de forma a que 2018/19 não seja uma época completamente perdida.