Portugal presta ajuda internacional no combate aos incêndios
«Gastamos fortunas a alugar aviões de combate aos fogos florestais e vamos emprestar dois deles à Suécia, em plena época de maior carência? Não percebo.». (Hernâni Carvalho).
«Em 2011 imitámos a bancarrota grega de 2010. Agora são os gregos que nos seguem na tragédia assassina dos incêndios descontrolados - muitas dezenas de mortos, autoridades a agirem sem tom nem som, populações abandonadas, enfim... Portugal não é a Grécia, dizia-se, e foi verdade durante alguns anos. Agora é mais difícil não voltar a reconhecer semelhanças indesejáveis.» (Carlos Abreu Amorim).
Estas duas frases dizem muito dos seus autores e da sua moral. São de uma insensibilidade e desfaçatez indescritíveis. Apesar das características aparentemente comuns das tragédias grega e portuguesa, igualmente dolorosas, cada situação é específica e não é comparável, muito menos pode ser extrapolada em benefício argumentativo sob pena de se cair em populismos e demagogia.
A solidariedade para com a Suécia é uma atitude acertada. Este é o espírito que deve presidir na UE. Hoje eles, amanhã nós.Tudo o que se pede, neste momento, é respeito, decência e solidariedade para com o povo grego e sueco.
Neste momento só podemos dar graças a Deus que este ano, fruto deste Verão atípico, não nos tenhamos confrontado, e esperemos que assim continue, com o flagelo dos incêndios.