Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Esta história parece uma anedota, uma paródia sobre banqueiros, um episódio dos Monty Python. Só que infelizmente não é. É só mesmo a história de um país faz de conta.
Desde 2016 que a mulher de Licínio Pina recebia uma subvenção mensal no valor de pouco mais de dois mil euros para garantir "estabilidade emocional" ao marido, o presidente do Grupo Crédito Agrícola (CA). Estes pagamentos, segundo o Jornal de Notícias, foram acordados para compensar Maria Ascenção Pina, mulher do Gestor do banco, depois desta ter abandonado a sua carreira de professora para se dedicar em exclusivo ao marido.
Ou seja, neste grupo cooperativo bancário houve um Conselho Geral que anuiu pagar uma mesada à esposa do CEO para a recompensar pelo desvelo matrimonial. A remuneração foi, entretanto, suspensa, mas Licínio Pina foi reconduzido para novo mandato com a concordância do Banco de Portugal.
O que esta história revela é que, depois dos contribuintes terem enterrado mais de 20 mil milhões de euros na banca, os administradores dos bancos não aprenderam rigorosamente nada, nem os reguladores e supervisores da banca.
Quando achávamos que já havíamos visto tudo quanto às trapalhadas com bancos mal geridos coisa e tal, aparece a rica ‘esposa’ de Licínio Pina.
De facto ainda não vimos tudo!
Desejo a todos os leitores deste blogue um Santo e Feliz Natal, pleno de luz, amor e paz!
Depois do Daniel, eis que a depressão Elsa dá o ar da sua graça, atingindo Portugal em força com muita chuva e ventos fortes que provocaram a queda de árvores, o corte de estradas, o cancelamento de voos e das ligações marítimas, gerando o caos no país.
Além dos prejuízos significativos, o mau tempo causou a morte de pelo menos duas pessoas, uma no Montijo após uma árvore ter atingido um camião, e outra em Castro Daire na sequência da derrocada de uma casa. No mesmo concelho, um condutor de uma retroescavadora está desaparecido após a máquina ter deslizado para o rio Paiva. Nove distritos - Viseu, Guarda, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra, Braga, Porto, Vila Real e Viana do Castelo - foram colocados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) em alerta vermelho.
O agravamento das condições meteorológicas levou a Transtejo e a Soflusa a suspender esta quinta-feira todas as ligações fluviais no rio Tejo. Também a circulação na ponte 25 de Abril foi afetada: a passagem dos comboios que fazem a ligação entre Lisboa e Setúbal esteve condicionada a apenas um de cada vez no tabuleiro da ponte, o que teve impacto no cumprimento dos horários. Nas duas pontes - Vasco da Gama e 25 de Abril - está ainda proibida a circulação de veículos pesados com toldos e motociclos.
Diversas infraestruturas, como o museu MAAT, em Lisboa, ou a Casa da Arquitetura, em Matosinhos, ficaram danificadas e vão ficar encerradas nos próximos dias para reparação dos danos.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, já se registaram cerca de 3.000 ocorrências. As autoridades adiantaram também para o risco de cinco rios poderem exceder o limite de caudal e provocarem novas inundações.
A rede elétrica foi também fortemente afetada, deixando várias localidades sem energia. De acordo com o comunicado da EDP Distribuição divulgado ao final da tarde de ontem: A empresa reforçou as suas equipas operacionais no terreno, encontrando-se, neste momento, cerca de 1.200 operacionais com o apoio de 700 viaturas a realizar os trabalhos de reposição do fornecimento de energia elétrica.
Os efeitos da Elsa devem abrandar hoje, mas no sábado prevê-se que o país seja fustigado pela depressão Fabien que, apesar de tudo, deverá ter um impacto menor no território, estando também previstos intensos períodos de chuva e fortes rajadas de vento. Em comunicado, o IPMA explicou que os efeitos desta nova depressão far-se-ão sentir a partir da manhã de sábado, com períodos de chuva forte nas regiões do Norte e Centro, com agitação marítima mais forte no litoral norte do que a que foi gerada pela depressão Elsa, sendo menos forte no restante litoral oeste e com impacto reduzido no litoral sul.
Fonte: Euronews
«Os orçamentos, tal como a vida, fazem-se de opções. E, no Orçamento do próximo ano, o governo fez três grandes opções: investir nos transportes públicos, atirar uma mão cheia de dinheiro para a saúde - que, antes das eleições, não tinha um problema de suborçamentação, mas agora já tem - e ficar na história como o primeiro executivo a alcançar um excedente orçamental. É difícil compreender como é que um país que tem uma dívida pública tão elevada e uma carga fiscal superior a 35% do PIB opta, ainda assim, por ter um excedente orçamental. É por isso que, se estas escolhas são legítimas, as críticas também o são - e La Palice nunca nos falha nestas alturas: se é verdade que Roma e Pavia não se fizeram num dia, não é menos verdade que nunca se consegue agradar a gregos e a troianos.
As opções do governo têm, assim, como consequência deixar quase tudo o resto para trás. A dívida pública não vai descer tanto como seria possível; as empresas vão continuar à espera de um regime fiscal mais competitivo; e os funcionários públicos e pensionistas, que são uma fatia significativa da despesa do Estado, ainda recebem umas migalhas de aumento - para convencer o PCP e o BE a aprovarem o OE -, mas dificilmente ficarão satisfeitos. E o resto dos contribuintes, que passam quase metade do ano a trabalhar para pagar impostos, vão ter que continuar à espera. Sentados, para não se cansarem.
Ou seja, se, na velha máxima das empresas, quem paga manda, na velha máxima dos governos, quem paga pode sempre pagar ainda mais pela ganância e pela ineficiência do Estado. O problema da elevada carga fiscal em Portugal tem pouco a ver com os recordes que bate todos os anos. Porque se a um elevado nível de impostos correspondesse um Serviço Nacional de Saúde digno, uma escola pública de qualidade e acessível a todos, creches públicas, lares de terceira idade ou serviços de cuidados continuados em número suficiente, talvez ninguém em Portugal se importasse de pagar tantos impostos. Se o Estado nos exigisse, a nós contribuintes e às empresas, que pagássemos os nossos impostos a tempo e horas, fosse implacável nos juros de mora e nas multas que aplica, mas usasse para ele próprio a mesma bitola, dificilmente alguém teria motivo para se lamentar. Se o Estado fosse uma pessoa de bem e não deixasse contribuintes e empresas à espera durante meses, se não nos envolvesse a todos numa teia burocrática montada propositadamente para nos dissuadir de uma simples reclamação, talvez nenhum de nós se pudesse queixar da maior carga fiscal de sempre.
Mas não. O mesmo governo que assume publicamente estar a recolher os louros - até pessoais - do esforço dos contribuintes, recusa-se a fazer o mais óbvio e o mais difícil: tornar o sistema fiscal em Portugal mais simples, mais justo e, sobretudo, mais eficiente. E, já agora, menos oportunista na ilimitada criatividade que o poder político vai revelando para encontrar novas formas de cobrar mais dinheiro aos contribuintes. Eu percebo que dá trabalho, demora tempo e é capaz de render poucos votos. Mas seria um motivo de orgulho tão grande quanto ter um superavit orçamental.
A consequência desta opção - que não é só do governo de António Costa - é continuarmos a ter um país impróprio para quem trabalha e paga os seus impostos. Um país onde a esmagadora maioria da população ativa se sente numa espécie de prensa, cada vez mais apertada por salários que não crescem - e são, tantas vezes, indignos - e uma carga fiscal cada vez mais impossível de suportar. Um país onde quem paga não é dono disto tudo e sente-se, tantas vezes, entregue à sua própria sorte.».
Ferro Rodrigues repreendeu o deputado do Chega, em pleno plenário e acusou-o de ofender o Parlamento e a si próprio, por utilizar demasiadas vezes a palavra “vergonha” durante as suas intervenções.
André Ventura comporta-se no Parlamento como estivesse a comentar jogos do Benfica na CMTV. A sua forma de fazer política, já nós sabemos, é fruto do populismo, alavancado no oportunismo, desprovida de quaisquer valores e sem um pingo de escrúpulos. Quando verifica que há inconsistências no seu programa eleitoral, programa pelo qual Ventura foi eleito deputado há dois meses, ele modifica-o, sem qualquer problema.
Porém, por muito que nos custe, certo é que o deputado do Chega foi eleito democraticamente e o Presidente da Assembleia não tem que repreender os deputados pela linguagem utilizada, apenas e só quando estes têm comportamentos desviantes ou atitudes menos próprias na Assembleia da República, o que não foi o caso.
Os representantes dos partidos devem ser julgados pelos eleitores e não pelo presidente da AR, cabendo a este apenas assegurar o regular funcionamento do órgão de soberania que dirige.
Na verdade, algo está a mudar! A ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, foi escolhida a personalidade do ano pela revista Time, concorrendo contra Nancy Pelosi (líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos), Donald Trump (Presidente norte-americano), o denunciante anónimo que está na origem do processo de “impeachment” a Trump e os manifestantes de Hong Kong.
O combate às alterações climáticas e os seus efeitos é um tema que tem estado em destaque neste ano, e Greta Thunberg é uma das faces mais visíveis deste movimento. Segunda a Time, a jovem «conseguiu criar uma mudança de atitude global», organizando um movimento mundial que pede mudanças urgentes.
Tornou-se internacionalmente conhecida pelas mobilizações no seu país que inspiraram jovens de todo o mundo a cobrar ações concretas de governos contra as mudanças climáticas, a partir de protestos solitários que realizava diante do parlamento da Suécia, em Estocolmo, que levaram a greves escolares que se galvanizaram ao redor do globo.
A revista Time destacou na capa, junto à nomeação da jovem de 16 anos, o «poder da juventude». A fotografia foi tirada aquando da sua visita a Portugal.
Atualmente Greta está em Madrid, onde acompanha a COP-25. Desde que chegou à conferência, fez duras críticas ao assassinato de indígenas ao redor do planeta, incluindo o Brasil, o que irritou Bolsonaro e apelidou-a de “pirralha”.
André Ventura levou um valente 'baile' no Parlamento. António Costa não só chegou como sobrou para ele. Levou-o ao tapete e deixou-o literalmente no chão.
Isto deverá ser uma lição para André Ventura: nunca subestimar um adversário, especialmente quando ele é hábil e sagaz. Mas também deverá ser um apelo à humildade do deputado do Chega: por muito bem articulado que seja o seu discurso, tal não dispensa a defesa da sua própria retaguarda, pois há sempre esqueletos escondidos no armário.
O ator britânico, Hugh Grant, decidiu vestir a pele de ministro, desta vez na vida real, para fazer campanha contra o verdadeiro primeiro-ministro, Boris Johnson. Para tal juntou-se aos aos trabalhistas e liberais democratas e tem participado em ações de campanha ‘porta a porta’ anti-Brexit, nos arredores de Londres.
Se Boris Johnson ganhar as eleições legislativas daqui a uma semana, os britânicos sairão da Europa sem acordo, avisa Hugh Grant. Uma saída desordenada seria, no entender do ator, «uma catástrofe, com perda de milhares de postos de trabalho, falta de comida e medicamentos, etc, etc, etc».
Por isso, justifica o ator de 59 anos nas redes sociais: «pela primeira vez estou ativo na política porque acho que o país está à beira de um abismo». Mas, não apoia nenhum partido, apenas defende que o Brexit não é a melhor solução para o Reino Unido, decidida em referendo em 2016, pelo que pede aos britânicos «um voto tático» nas próximas eleições marcadas para o próximo dia 12 de dezembro.
No passado domingo foi celebrada a Restauração da Independência, para assinalar a data em que Portugal recuperou a sua autonomia, após um período histórico conturbado em que viveu sob o domínio castelhano até 1640.
Esta é uma data assinalada todos os anos, com várias cerimónias protocolares, onde estão presentes várias figuras da soberania nacional.
Contudo, este ano a SIC, por lapso, noticiou a celebração como sendo a «cerimónia comemorativa da Implantação da República», data que, como se sabe, se comemora a 5 de outubro.
A gaffe não passou despercebida e rapidamente gerou reações nas redes sociais.