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Narrativa Diária

Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba. Vergílio Ferreira

Narrativa Diária

Qui | 30.01.20

Andre Ventura sobre Joacine

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No âmbito de uma proposta que pretende levar a cabo um programa de descolonização da cultura e uma estratégia nacional para a descolonização do conhecimento, visando uma alteração ao Orçamento do Estado, o Livre sugeriu que o património das ex-colónias que esteja atualmente na posse de museus e arquivos portugueses possa ser identificado, reclamado e restituído às comunidades de origem.

 

Em resposta, o deputado do Chega, André Ventura, pediu que Joacine Katar Moreira fosse igualmente devolvida ao seu país de origem. Na publicação, o parlamentar acrescentou que a deportação da deputada do Livre tornaria tudo «muito mais tranquilo para todos... inclusivamente para o seu partido! Mas sobretudo para Portugal!».

 

O Partido Socialista e a ministra de justiça já condenaram as palavras de André Ventura. O PS anunciou que vai propor um voto formal de condenação na Assembleia da República.

 

André Ventura acusado de racismo e sexismo, diz que apenas usou uma linguagem irónica.

 

Obviamente que as palavras de André Ventura são repugnantes. São racismo puro. Não há muito mais a acrescentar: por muito deplorável e provocatória que Joacine seja, ela é uma cidadã portuguesa, deputada eleita pelo povo, com igual legitimidade à de Ventura.

 

Tudo tem limites, e todos nós temos de saber traçar os nossos. André Ventura ultrapassou claramente os seus.

Qua | 29.01.20

Rui Pinto, denunciante ou criminoso?

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Após fortes suspeitas da Polícia Judiciária, confirma-se que Rui Pinto é mesmo o denunciante do Luanda Leaks.

 

O hacker português que se encontra em prisão preventiva, desde março de 2019, está acusado pelo Ministério Público de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, sete deles agravados, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol e da Procuradoria-Geral da República, e posterior divulgação de dezenas de documentos confidenciais destas entidades.

 

Rui Pinto pode enfrentar uma pena de prisão em Portugal por crimes que ajudaram a desvendar a corrupção que assola o mundo do futebol e os negócios de Isabel dos Santos. Mas enquanto no nosso país há a ideia generalizada de que o português é um hacker, a opinião pública e a imprensa internacionais dividem-se: Rui Pinto é um criminoso ou um whistleblower(denunciante)?

 

Miguel Sousa Tavares garantiu, no Jornal das 8 da TVI, aliás como Ana Gomes vem defendendo, que não entende qual a razão por que o Ministério Público teima em ter Rui Pinto preso preventivamente há quase um ano por um crime cuja pena máxima nunca poderá superar os cinco anos. «Há tantos criminosos à solta em Portugal por crimes graves, porque é que o Rui Pinto está em prisão preventiva? Rui Pinto devia estar a dirigir investigações na PJ e ser condecorado no 10 de junho», sublinha o comentador da TVI.

 

Não sei se Rui Pinto ficará para a história como um pirata informático que furta, visando o seu próprio enriquecimento; ou um denunciante, que se propõe, tão só, patentear atos ilícitos de interesse público sem qualquer intenção de enriquecimento pessoal à custa de informação furtada? Não sabemos, mas o que importa é a leitura que a justiça portuguesa fará dos factos.

 

Contudo, tenho para mim que se Rui Pinto fosse apenas um simples denunciante teria dado conhecimento das suas descobertas á PJ e à justiça e não tentaria usar essas mesmas descobertas em benefício próprio ou de outros da sua simpatia.

 

A investigação dos documentos do Luanda Leaks vinda a público foi um contributo importante, porém tal não nos pode fazer desviar a atenção de questões factuais como os crimes pelos quais Rui Pinto está indiciado.

 

Por isso, julguem Rui Pinto pelos crimes que ele possa ter cometido, mas não desvalorizem o que ele revelou ao mundo, que não foi coisa pouca!

 

Seg | 27.01.20

Chicão chegou, viu e venceu

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Francisco Rodrigues dos Santos, ou 'Chicão' como é conhecido, é o novo líder do CDS. Foi eleito em Congresso com 46% do total dos votos, contra 39% da moção apresentada apor João Almeida.

 

Filiou-se na JP em 2007 e no partido em 2011, era Paulo Portas presidente dos centristas. É aí que começa a dar nas vistas pelas suas posições conservadoras, nomeadamente contra o casamento e uniões de pessoas do mesmo sexo; contra a despenalização do aborto e adoção por casais homossexuais, dossiers que não quis trazer para a campanha interna para a liderança.

 

Admirador de Margaret Thatcher, de Ronald Reagan e de Winston Churchill, no dia em que admitiu candidatar-se citou uma frase deste último: «O fracasso não é eterno, o sucesso não é definitivo, o que conta é coragem para continuar».

 

Em 2018, a revista Forbes considerou-o um dos «30 jovens mais brilhantes, inovadores e influentes da Europa» na categoria Direito e Política e entrou na lista dos trinta com menos 30 anos, pelo trabalho desenvolvido enquanto líder da JP.

 

Gosta de futebol e é sportinguista. Foi até dezembro vogal da direção do clube, sob a presidência de Frederico Varandas, do qual saiu para se candidatar ao CDS.

 

Promete agora tornar o partido numa «síntese dessa nova direita de Manuel Monteiro, de Paulo Portas, mas também de Lucas Pires, que não está fechada nem centralizada em Lisboa, mas andará pelo país, qual locomotiva em andamento e abrirá zonas de debate com a sociedade, dialogará com os portugueses, em contacto com o país real, olhos nos olhos».

 

«Seremos um partido sexy porque utilizaremos estratégias de comunicação atuais», afirmou o novo líder centrista, na hora de anunciar um novo ciclo. «A minha assembleia será o país, o meu escritório serão as ruas de Portugal», prometeu.

 

«Nós vamos ser o CDS. Nós vamos à luta», desafiou ainda, num crescendo de palavras de ordem que levantaram os delegados e o novo Conselho Nacional.

 

«Estarei empenhado a crescermos no país, para depois aumentarmos os lugares onde nos iremos sentar no parlamento. Porque quando o CDS merece, o povo vota no CDS», afirmou no final de um discurso de pouco mais de 20 minutos.

 

Parafraseando, Anselmo Crespo, «O líder do Chega terá alguns motivos para estar preocupado. A chegada de Francisco Rodrigues dos Santos coloca um novo player em jogo e pode mesmo ter o condão de travar o previsível crescimento eleitoral de André Ventura. Mas será isso suficiente para salvar o CDS e torná-lo, novamente, um partido relevante? Ou servirá para o acantonar ainda mais? Estará o PSD condenado a entender-se com esta "a nova direita", ainda que potencialmente mais radical e populista, se quiser aspirar a voltar ao poder?

 

Será 'Chicão' o bicho-papão ou o líder que o CDS precisa para se salvar da irrelevância? Depois deste congresso e desta eleição, Francisco Rodrigues dos Santos tem quase tudo para provar, exceto uma coisa: não é boa ideia subestimá-lo. Porque os que o fizeram, acabaram todos derrotados.».

Qui | 23.01.20

As birras de Joacine

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«O espetáculo degradante que Joacine Katar Moreira deu este fim de semana, no congresso do Livre, deve obrigar-nos a todos a uma reflexão profunda. Sobre o que move alguém a querer entrar para a política, sobre os critérios utilizados pelos partidos políticos para escolherem candidatos e, sobretudo, sobre as nossas escolhas enquanto cidadãos eleitores.

 

Conheço mal o percurso de Joacine Katar Moreira enquanto ativista pelos direitos das mulheres, contra o racismo e a xenofobia. Partilho cada uma destas causas, mas desconheço as capacidades e a substância da mulher que lhes dava rosto. Sei - porque fui acompanhando a campanha - que Joacine se candidatou nas últimas legislativas com uma agenda muito própria - nem sempre completamente alinhada com a do partido que escolheu -, sem nunca sair da sua "zona de conforto" e falando apenas dos temas que dominava e de que queria falar.

 

De dia para dia, a campanha eleitoral foi-se tornando cada vez mais sobre Joacine Katar Moreira e menos sobre o Livre. Só ela podia aparecer, dar entrevistas, falar à comunicação social, mesmo quando não era ela a convidada. Com o aproximar do dia das eleições, o deslumbramento foi aumentando, como se o Livre não tivesse outros candidatos e outros protagonistas. Como se o conjunto das suas singularidades lhe permitisse encarnar uma espécie de "superstar" - como lhe chamou a Mafalda Anjos - e o partido existisse apenas para a servir e lhe obedecer.

 

A eleição de Joacine coroou-lhe o ego. Convicta de que acabara de fazer história na política portuguesa, a deputada decidiu criar o seu próprio partido e deu-lhe três nomes: Joacine Katar Moreira. O primeiro dia de trabalhos parlamentares foi para lamentar. A roda da saia do assessor antecipava um mandato de folhos, purpurinas e muito tule mediático em torno da persona que Joacine vinha construindo há meses. O trabalho mais importante, claramente, não estava dentro plenário, mas, cá fora, onde jornalistas nacionais e internacionais faziam fila para entrevistar a mulher, negra, gaga, feminista de convicção, ativista por paixão.

 

A eleição de Joacine coroou-lhe o ego. Convicta de que acabara de fazer história na política portuguesa, a deputada decidiu criar o seu próprio partido e deu-lhe três nomes: Joacine Katar Moreira.

 

Entretanto, passou o prazo da entrega de uma proposta de lei e a deputada esqueceu-se de como é que devia votar sobre a Palestina? Detalhes. Quando é que é a próxima entrevista? Joacine convenceu-se de que se tinha transformado num ícone, inebriada pela exposição que o cargo de deputada lhe dava.

 

No atual estado das coisas, Joacine não é a única responsável. O Livre, que criou o "monstro", também tem uma grande reflexão a fazer. Não tanto pelo método completamente discricionário que usa para escolher candidatos - as primárias -, mas sobretudo porque a escolha de uma persona como Joacine não foi totalmente ingénua. Cinco anos sem eleger ninguém em eleições nacionais - e sem subvenção - levantavam sérios problemas de sobrevivência a um partido que precisava urgentemente de um rosto novo, disruptivo, que se distinguisse dos demais candidatos e que criasse algum impacto entre o eleitorado.

 

Acredito que este não tenha sido o único critério. Alguma coisa Rui Tavares - que a indicou - e os militantes - que a escolheram - viram nela para a elegerem como a principal candidata a representar o partido no Parlamento. Acredito também que todos nós, em algum momento da vida, já avaliámos mal uma pessoa, já nos enganámos ou nos deixámos enganar. Mas a verdade é que, durante a campanha, o Livre nunca pareceu muito incomodado que se discutisse mais a gaguez da deputada do que a substância política do que dizia - até porque duvido que alguém se lembre de alguma das ideias, propostas ou pensamentos da então candidata.

 

Joacine não é a única responsável. O Livre, que criou o "monstro", também tem uma grande reflexão a fazer.

 

Por fim, nós, eleitores, que fazemos a derradeira escolha e que tantas vezes embarcamos nesta construção de figuras políticas de cera. Porque fica bem dizermos que somos pela diversidade - como se fosse um fim em si mesmo -, porque gostamos da frontalidade com que alguns dizem as coisas - mesmo que não digam coisa nenhuma - ou porque queremos apenas protestar contra o 'status quo'. Nós, eleitores, que não nos damos ao trabalho de avaliar os candidatos a cargos políticos pelo seu conjunto, mas apenas pela forma ou pela novidade. Os eleitores que nunca quiseram eleger Rui Tavares, mas não tiveram dúvidas em eleger Joacine Katar Moreira.

 

É hoje muito claro que Joacine foi um erro de 'casting'. Dos que a escolheram para candidata, dos que a elegeram, mas, sobretudo, da falta de noção da própria. As atitudes a roçar a infantilidade, a vitimização permanente, misturadas com os tiques de arrogância e, sobretudo, a falta de noção deram esta mistura explosiva, capaz de provocar a maior das vergonhas alheias.».

 

Anselmo Crespo - TSF

 

Ter | 21.01.20

Luanda Leaks

 

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Magnífico trabalho de investigação dos jornalistas do consórcio internacional, integrado em Portugal pelo Expresso e pela SIC. A promiscuidade entre política e negócios e os esquemas suspeitos de Isabel dos Santos, a 'mulher mais rica da África'.

Dom | 19.01.20

Megexit

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Semelhante à composição das palavras British e exit, que criaram o nome Brexit (saída britânica), agora o novo termo é Megexit que significa o afastamento de Meghan Markle da família real.

 

Harry e Meghan surpreenderam tudo e todos quando anunciaram prescindir de ser membros da Família Real britânica. A decisão, que terá caído que nem uma bomba no Palácio de Buckingham, vinha acompanhada de outro esclarecimento: o casal deseja ser financeiramente independente e pretende dividir o seu tempo entre o Reino Unido e o Canadá, onde Meghan Markle vivia antes do casamento com Harry.

 

Na decisão de afastamento terá pesado também o facto de os duques quererem proteger o filho, Archie, dos holofotes da imprensa britânica. Na imprensa, nas ruas e nas redes sociais, muitos britânicos se dizem dececionados com a decisão.

 

A rainha apanhada de surpresa acabou por convocar uma reunião de emergência com o núcleo duro da família real para abordar o futuro papel dos duques na monarquia, anunciando posteriormente um «período de transição» para o casal. O comunicado divulgado este sábado vem esclarecer as condições da relação que Harry e Meghan irão ter daqui para a frente com a família real.

 

Sabe-se agora que Harry e Meghan vão perder os seus títulos reais e o financiamento público que até agora tinham, segundo a decisão da rainha, comunicada pelo Palácio de Buckingham este sábado. «Reconheço os desafios pelos quais passaram em resultado de um escrutínio intenso nos últimos anos e apoio o seu desejo de terem uma vida mais independente», lê-se no comunicado.


Além de perderem os títulos e fundos públicos, os duques de Sussex vão ter de devolver aos contribuintes os 2,4 milhões de libras (cerca de 2,8 milhões de euros) gastos na renovação da sua casa em Berkshire, segundo avançou o casal, citado pela imprensa britânica.


Contudo, é sabido que Harry herdou da mãe cerca de 25 milhões de euros em propriedades e dinheiro. A isto, pode juntar-se metade das jóias da Princesa Diana e ainda uma parte de um fundo deixado pela Rainha Mãe a todos os bisnetos. No total, segundo a Financial Review, a fortuna pessoal de Harry deve rondar os 37 milhões de euros. E há mais cerca de 5 milhões de euros da fortuna que Meghan Markle juntou antes de se casar.


No total, estes 42 milhões de euros deverão chegar para a ter uma vida descansada e sem grandes pressas em arranjar um emprego. Até porque  Harry e Meghan parecem ter o mundo a seus pés com o grande potencial de negócio entre moda, conferências e a sua própria empresa de produção, revela a Reuters. Há ainda a possibilidade de o casal poder vir a ganhar muito dinheiro caso aposte nas redes sociais como modelo de negócio, já que somam 10 milhões de seguidores no Instagram.


Não tenhamos, portanto, pena deles!

 

Sab | 18.01.20

Joacine poderá ser afastata do Livre

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A ligação entre Joacine Katar Moreira e o Livre já viveu melhores dias. O partido reúne-se este fim de semana no primeiro Congresso do partido, depois da eleição para o Parlamento.


Desde a eleição da deputada ao Parlamento, as relações desta com o Livre têm sido pautadas por acusações de parte a parte e a relação parece estar perto do fim.


Recorde-se que tudo começou a ter maior visibilidade com a abstenção num voto no Parlamento sobre a Palestina, à revelia do partido. Seguiram-se a falha do prazo de apresentação de um projeto de lei para alterar a legislação sobre a nacionalidade. Mas a relação há muito que não era pacífica e as falhas de comunicação eram constantes. A gota de água foi quando a deputada recusou os nomes propostos pelo partido para constituir a sua equipa na Assembleia da República e optou por ser ela própria a escolher os elementos com quem queria trabalhar.


Agora, a Assembleia do Livre anunciou que está na hora de decidir se os militantes concordam ou não em retirar a confiança política a Joacine.


Depois da decisão, Joacine poder-se-á tornar uma deputada não-inscrita, podendo, contudo, manter-se na Assembleia da República, mas o Livre ficará sem representação parlamentar.

 

Se Joacine Katar Moreira deixar de ser deputada do Livre e passar a ser deputada não-inscrita perde alguns direitos, entre eles a possibilidade de questionar o primeiro-ministro nos debates quinzenais.


Outra das alterações prende-se com as declarações políticas da deputada que passam de três para duas em casa ano da legislatura. Joacine perde ainda o direito a propor, uma vez por ano, o tema que se discute numa sessão plenária.


Katar Moreira terá ainda de indicar quais as comissões parlamentares que deseja integrar e o presidente da Assembleia da República, depois de ouvida a Conferência de Líderes, nomeia aquela ou aquelas a que a deputada deve pertencer.


No Congresso que está a decorrer, o fundador do Livre, Rui Tavares, pediu que o partido volte «aos seus princípios» e não esteja focado apenas na questão da retirada da confiança à deputada Joacine Katar Moreira.


Rui Tavares apelou ainda à firmeza na defesa dos princípios do Livre. «O Livre prefere ser fiel aos seus princípios do que manter quaisquer cargos políticos», disse durante uma intervenção no Congresso.

 

Já Ricardo Sá Fernandes, do Conselho de Jurisdição, lamentou a «injustiça» praticada contra a deputada Joacine. «Sou do partido do Rui Tavares, do Rafael, do Pedro Mendonça, da Joacine Katar Moreira e só me sinto bem se for deles todos», afirmou, apelando a um consenso.

 

Alvo de toda a polémica, a deputada do Livre reagiu de forma exaltada à proposta de retirada de confiança da assembleia do partido. As declarações da deputada foram feitas durante uma intervenção de pouco mais de 20 minutos, na qual Joacine gritou: «isto é inadmissível, isto é, mentira, tenham vergonha, mentira absoluta!», afirmou no púlpito onde subiu para reagir às considerações contidas na resolução da Assembleia do partido.

 

No final do primeiro dia do Congresso do Livre, ficou adiada a retirada de confiança a Joacine Katar Moreira. Deputada disse ter recebido um «voto de confiança».

 

Pedro Mendonça, um dos sete membros do órgão nacional que se recandidata ao novo Grupo de Contacto,  esclareceu que : «não se tratou aqui de voto de confiança ou voto de desconfiança, voltando um pouco atrás e para que fique claro, nós somos a direção cessante do Livre, solidarizamo-nos em 100% com a decisão da Assembleia cessante que retirava a confiança política a Joacine Katar Moreira». Pedro Mendonça afirmou que «não consegue compreender» a leitura feita pela deputada e reforçou a solidariedade com a decisão da Assembleia.

Dom | 12.01.20

Lisboa Capital Verde

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Depois de Oslo,  Lisboa tornou-se, ontem,  oficialmente, a Capital Verde Europeia 2020.

 

A distinção resulta da avaliação de um conjunto de especialistas internacionais sobre doze indicadores que determinam a sustentabilidade na cidade. Os principais objetivos de Lisboa, Capital Verde Europeia em 2020 abordam temas como a energia, emissões, resíduos, mobilidade, água, infraestruturas verdes e biodiversidade.

 

O município da capital vai promover um conjunto de encontros, exposições, seminários e conferências ao longo do ano, de modo a envolver a sociedade num esforço coletivo para fazer nascer projetos sustentáveis que permitam cumprir objetivos ambiciosos até 2030. A título de exemplo, o Município quer reduzir em 60% as emissões de dióxido de carbono até essa data e atingir a neutralidade carbónica em 2050.


De forma a marcar a entrada em grande de Lisboa nesta missão, hoje foram plantadas 20 mil árvores na capital: 4000 em Rio Seco (Alto da Ajuda/Ajuda), 6000 no parque do Vale da Ameixoeira (Santa Clara), 9000 no parque do Vale da Montanha (Areeiro/Marvila) e 1000 no corredor verde de Monsanto. Esta medida visa tornar a cidade mais preparada para enfrentar as alterações climáticas e, ao mesmo tempo, proporcionar bem-estar aos lisboetas.

 

O municípo compromete-se, ainda, a que 85% da população viva a menos de 300 metros de um espaço verde com pelo menos 2000 metros quadrados até ao final deste ano - o objetivo é que aos atuais 250 hectares de zonas verdes se juntem mais cem hectares, ou seja, 25% da cidade com espaços verdes até 2022 e a plantação de mais cem mil árvores até 2021,em relação às 800 mil existentes atualmente.

 

Na área da mobilidade, Lisboa pretende ser uma cidade europeia de referência em 2030, com mais 40% de oferta de transporte público rodoviário na Área Metropolitana, duplicação da frota de elétricos rápidos, 410 novos autocarros amigos do ambiente até 2023 e a promoção de serviços partilhados.

 

Esta é aliás uma das áreas mais ambiciosas que começou com a medida da descida do passe social e criação do passe-família. A autarquia pretende até 2030 a redução das viagens de automóvel de 57% para 33%, que sete em cada dez viagens sejam realizadas com recurso aos transportes públicos e que a rede de bicicletas se estenda a toda a cidade.

 

Last, but not least vai nascer uma praia artificial na zona da bacia norte da marina do Parque das Nações, em Lisboa, até 2022, cuja água será do Rio Tejo, devidamente tratada.

Qui | 09.01.20

Cristina Ferreira a Presidente da República?

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Cristina Ferreira não descarta a hipótese se se candidatar a Belém. A revelação foi feita num programa do Canal 11 numa entrevista  concedida  a IVA Domingues e reiterada na revista Visão desta semana.

 

Num excerto publicado por aquela publicação, Cristina Ferreira foi confrontada com a possibilidade de vir a exercer cargos políticos e não negou a hipótese de um dia poder vir a ser Presidente da República.

 

Diz a popular apresentadora: «Não me imaginava, nunca me passou pela cabeça até ao momento em que as pessoas me começaram a dizer que isso poderia acontecer», começou por dizer. «Durante algum tempo achei que isso passaria pelas autarquias e por fazer alguma coisa pela minha Malveira», admitiu.

 

E continuou: «Se um dia me perguntasses se chegarias a primeira-ministra? eu respondia imediatamente que não tenho qualquer tipo de capacidade para que isso possa acontecer. Agora, representar todos os portugueses? Acho que um dia o poderia fazer, que me iria preparar e que não iria falhar», declarou, considerando que tem algumas semelhanças com o atual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa. «Sinto que há aqui este afeto para com o outro, que ele não perdeu na sua Presidência e que eu acho que é muito semelhante entre nós», confessou.

  

Bom, alguém explique a Cristina que uma coisa é ser uma apresentadora de televisão, ter um programa que é líder de audiências, ter empatia com determinado público, ter uma revista, uma marca de roupa, um perfume ou um verniz para as unhas que até poderão servir para projetar a sua carreira, coisa bem diferente é pretender ser a mais alta magistrada da Nação.

 

Por outras palavras: uma coisa é convidar políticos e suas famílias para cozinhar e conversar, num registo intimista à frente das câmaras, outra é recebê-los em Belém e tratar de assuntos de Estado. Sinceramente não reconheço a Cristina Ferreira competência para tal. Mas....

 

 

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