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Narrativa Diária

Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba. Vergílio Ferreira

Narrativa Diária

Qui | 30.04.20

Frases icónicas que faz sentido recordar

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"A longo prazo estaremos todos mortos" (Keynes)


"A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro" (John Lennon)

 

"O que impede de saber não são nem o tempo nem a inteligência, mas somente a falta de curiosidade". (Agostinho da Silva).

 

"Chamo liberdade à minha ignorância do destino; e destino ao meu ignorar da liberdade" (Agostinho da Silva).


"A saúde é um estado transitório que não augura nada de bom" (Eduardo Barroso)

 

"A política talvez seja a única profissão para a qual não se julga necessária uma preparação". (Robert Louis Stevenson)

 

"Algo deve mudar para que tudo continue como está". (Giuseppe Tomasi di Lampedusa)

 

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe". (Oscar Wilde)


"Tudo é considerado impossível até acontecer". (Nelson Mandela)

 

"Não faças planos para a vida, que podes estragar os planos que a vida tem para ti." (Agostinho da Silva)

 

"Tu és livre e deves libertar-te" (Vergílio Ferreira)

 

"Sinto-me nascido a cada momento/ Para a eterna novidade do Mundo..." (Fernando Pessoa)

Ter | 28.04.20

Desconfinamento

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Um dos impactos negativos desta pandemia é o facto de as pessoas necessitarem de estar confinadas em casa, sem previsão de quando poderão regressar à sua vida normal.


O caso português tem sido apontado como um caso de sucesso pela imprensa internacional, de um milagre na opinião do Presidente da República, devido ao número contido de óbitos e de casos de internamento. Nos primeiros 25 dias de transmissão local, Portugal foi mesmo um dos países que mais achatou a curva e estabilizou o aumento de número de infeções.


Aparentemente o país está a responder bem a esta crise, mas os dados disponíveis não permitem concluir de que a pandemia está em vias de ser ultrapassada, até porque a evolução da Covid-19 em cada país mantém-se uma incógnita, por depender de demasiados fatores comportamentais e sociopolíticos adotados para a mitigação da propagação.


A desaceleração de casos nos últimos dias tem levado mais pessoas a sair de casa e a sonhar com um regresso à normalidade. Mas é importante mentalizarmo-nos de que sair do estado de emergência e do desconfinamento não significa voltar à normalidade.

 

Provavelmente só daqui a um ano, no verão de 2021, haverá uma vacina para combater o vírus, pelo que, até lá, será necessário continuar a cumprir as regras de distanciamento social e de higiene e manter algumas restrições, até porque a hipótese de haver uma segunda vaga, também não poderá ser descartada, pois apenas a vacinação ou a imunização de pelo menos 60% da população através de infeção natural poderia eventualmente travá-la.


Porque a economia terá que funcionar e não podemos ficar confinados até finalmente termos uma vacina, o Governo, em articulação com o Presidente da República, tem estado a estudar as melhores formas de Portugal retomar a atividade económica. Muitas das medidas serão faseadas, pautadas pela precaução necessária, para evitar um segundo surto. Com o estado de emergência a terminar no próximo sábado, o executivo pondera decretar o estado de calamidade. Esta decisão reforça os poderes do Primeiro-Ministo, não tem de passar pelo Presidente da República nem pelo Parlamento e será menos restritiva do que a atual.


Esta semana ficaremos a conhercer o calendário do desconfinamento que o Governo pretende por em prática, sabendo-se de antemão que a retoma deverá ser progressiva, setor a setor, evitando a aglomeração de pessoas, com uma gestão muito criteriosa dos transportes públicos, através do desfasamento de horários de trabalho, para que possamos conviver de um modo seguro com o vírus, sendo certo que os que o risco de contaminação vai aumentar, porque se reduz o nível de proteção.


Até chegar um antídoto eficaz que nos permita retomar a normalidade efetiva, teremos que manter a sociedade e a economia a funcionar, e, simultaneamente, ter comportamentos necessários e adequados para não pôr em risco a saúde publica. É através deste equilibro de forças que vamos ser obrigados a conviver nos próximos tempos.


Porque esta batalha está longe de estar ganha, por isso é importante não baixar a guarda e continuarmos a combater o vírus com as armas de que dispomos, a cada momento.

Sex | 24.04.20

A nova telescola

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Arrancou esta semana “Estudo em Casa,” na RTP Memória, uma forma que o Ministério da Educação, juntamente com a RTP, arranjou para minimizar os danos causados pelo Covid 19.


Quem diria que a velhinha telescola estava de regresso, embora num formato muito diferente e mais apelativo. Agora sem alunos em salas de aula a assistir pela televisão à matéria lecionada por professores, mas a aprender à distância, no conforto das suas casas.


Incrível como esta situação de crise pandémica abriu uma janela de oportunidade e fez com que, num curto espaço de tempo, se arranjassem boas alternativas para que os alunos não perdessem completamente o 3º período de aulas e até para quem queira reavivar alguns conhecimentos.


Já dei uma espreitadela a algumas aulas e francamente gostei. Está tudo bem organizado. O estúdio bem decorado. Os professores estão motivados e empenhados. Há algumas falhas técnicas que se prendem com a passagem dos conteúdos que não está ainda bem sincronizada, o que é  aceitável. Como se afigura claro para todos, a resposta encontrada nas circunstâncias atuais, não é perfeita.

 

O Estudo Em Casa é a resposta possível que se encontrou para substituir e minimizar o impacto do encerramento das escolas, mas não é uma alternativa ao ensino presencial, dificilmente o seria, sobretudo para os alunos dos primeiros anos de escolaridade.


Ainda assim, penso que todos devemos umas palavras de apreço, em primeira linha, aos professores porque merecem o nosso reconhecimento, na forma como souberam adaptar-se e dar uma resposta muito positiva a este repto que lhes foi lançado. E bem sabemos o quão difícil deve ser estar frente a várias câmaras e não ter a presença dos alunos e perceber de que modo os conhecimentos estão a ser por eles apreendidos.


Em segundo lugar, uma palavra à RTP que, num prazo curto, conseguiu, unindo esforços montar esta operação de verdadeiro serviço público, só possível na televisão estatal. O sucesso do Estudo em Casa tem sido muito apreciado pela generalidade dos espectadores como comprovam as audiências. Obviamente que há sempre críticas, mas felizmente, essas, são residuais.


Finalmente uma palavra aos pais e educadores. Os tempos que atravessamos são difíceis para todos e especialmente para as crianças e adolescentes, porque os obriga a estar confinados em casa, privados de conviver com os amigos e familiares, mas também para os pais e cuidadores, que estão em casa, a tentar organizar a rotina familiar e, frequentemente, eles próprios em teletrabalho, e que se vêm ainda confrontados com a necessidade de apoiar no estudo as suas crianças e adolescentes, garantindo que continuam a aprender.


Toda esta situação de confinamento a que estamos sujeitos é uma oportunidade e uma aprendizagem para todos: professores, alunos e pais, obrigando-os a ter capacidade de resiliência para enfrentar situações imprevistas, percebendo que todos temos capacidades para encontrar alternativas e prosseguir.

Qui | 23.04.20

Dia Mundial do Livro

 

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Hoje é o Dia Mundial do Livro. Sabemos bem que, infelizmente, os danos causados pelo Covid-19 no sector do livro são avassaladores e, em alguns casos irrecuperáveis. Há inúmeras editoras e livreiros, jornais e revistas à beira do fecho, arrastando consigo autores, tradutores, editores, jornalistas,  paginadores, designers, vendedores, revisores, e de de um modo geral todos os profissionais do sector para o desemprego.


É urgente fazer algo para que este panorama se inverta. O Ministério da Cultura vai disponibilizar 400 mil euros para a aquisição de livros, a preço de venda ao público. A ideia, diz o gabinete de Graça Fonseca, é a Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas gastar até um máximo de cinco mil euros por editora e livraria e adquirir obras dos catálogos que serão depois distribuídos, em articulação com o Instituto Camões, pela Rede de Ensino de Português no Estrangeiro e Rede de Centros Culturais. É uma medida «para o curto prazo e para uma resposta mais imediata a situações de maior vulnerabilidade», face ao impacto da atual conjuntura.

 

Faça também a sua parte. Compre um livro, adquira um jornal ou faça a assinatura de uma revista. Dê o seu contributo. Se todos fizermos isto com alguma regularidade, podemos de algum modo estar estar a tentar salvar o setor livreiro e imprensa escrita e, sobretudo podemos continuar a ler os autores e comentadores de que gostamos.

 

Dom | 19.04.20

25 de Abril em tempo de confinamento

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Discordo das comemorações do 25 de Abril deste ano, nos moldes que estão a ser organizadas pela Assembleia da República, considerando o contexto de Estado de Emergência e as medidas que estão a ser tomadas de combate à propagação da COVID-19. Assim como sou contra às comemorações do Dia do Trabalhador que impliquem ações de rua e ajuntamentos de pessoas ou qualquer outra comemoração, seja de que natureza for, que envolva a concentração de pessoas, no contexto e conjuntura atuais que atravessamos.


Esta posição não tem, como se imagina, qualquer conotação política ou animosidade contra o 25 de Abril, mas apenas e só a defesa e a salvaguarda da saúde pública. Por isso passamos a Páscoa afastados da família e os cristãos em Portugal e no mundo não puderam celebrá-la, condignamente; por isso os nossos emigrantes não puderam vir passar a época pascal com a sua família, a Portugal; por isso o Papa Francisco deu a sua bênção Urbi et Orbi, na Praça de S. Pedro, no Vaticano, completamente vazia e os nossos bispos e padres celebram as missas em catedrais, igrejas e capelas sem público na assistência; por isso no país estão proibidos os aglomerados de pessoas em funerais e os mortos estão a ser cremados ou enterrados sem que a família e os amigos lhes possam prestar a sua ultima homenagem; por isso estão a ser cancelados os casamentos; por isso se festejam os aniversários à distância; por isso a  rainha de Inglaterra em 68 anos de reinado prepara-se para cancelar as cerimónias oficiais do seu aniversário; por isso não estamos com a nossa família e amigos como gostaríamos; por isso estamos fechados em casa e privados de fazer a nossa vida normal.

 

A que título daqui a uma semana a Assembleia da República, por sugestão de Ferro Rodrigues, prepara-se para comemorar o 25 de Abril, juntando várias pessoas no hemiciclo e nas galerias? É, sem dúvida uma péssima imagem que este órgão de soberania está a transmitir aos cidadãos, porque contraditória com a mensagem que diariamente o Presidente da República, o Governo e as autoridades da saúde nos passam.


E não me venham dizer que quem se opõe às comemorações é contra a democracia! Não, 25 de Abril, sempre, mas este ano é um ano atípico. Há outras formas de celebrarmos o 25 de Abril, temos hoje, felizmente, meios tecnológicos que nos permitem assinalar esta data virtualmente, mantendo a interação com os cidadãos através das redes sociais. A própria Associação 25 de Abril já veio lançar o repto para que as pessoas cantem à janela a canção 'Grândola Vila Morena’ que é também uma outra forma de evocar o 25 de Abril com o mesmo espírito de união, de solidariedade e de respeito que a data merece.


E uma vez que não prescindem de celebrar a efeméride na Casa da Democracia, a maneira mais correta de a comemorar em período de confinamento seria estritamente com os órgãos de soberania (sem a presença dos tribunais) e os líderes parlamentares, numa cerimónia simbólica, transmitida através das televisões com os discursos habituais. O povo ia perceber e aplaudir certamente.

 

A este propósito transcrevo aqui a opinião corajosa de João Soares que, sendo um democrata indiscutível mas que pensa pela sua cabeça, partilhou um texto no seu facebook, a propósito deste tema, apoiando-sen na opinião de Luís Fagundes Duarte: «com todo o respeito por quem tem opinião contraria acho um disparate persistir na ideia da sessão comemorativa do 25 de Abril na AR no modelo tradicional.E previno já não admito que me chamem facho, ou que insinuem que não estou com o 25 de Abril por exprimir esta minha opinião. Cito o meu amigo, e camarada, Luiz Fagundes Duarte hoje aqui no Facebook : "A AR, com o seu Presidente à cabeça e a pronta anuência do Presidente da República, conseguiu o que não passaria pela cabeça de um cão tinhoso: pôr uma boa parte dos portugueses contra as comemorações do 25 de Abril. Não sei o que lhes deu para, com o país em estado de emergência e a maioria da população em confinamento doméstico, decidirem comemorar o 25 de Abril seguindo o figurino utilizado em tempos normais (e que, convenhamos, já não diz nada à maioria dos portugueses): juntando pessoas a discursar num espaço fechado. Independentemente do seu número e qualidades. Como se fosse impossível comemorar a data de outra maneira. A incapacidade de inovar assim revelada é de bradar aos céus. Mas nem precisariam de inventar nada: a força da figura do Papa Francisco a dar a sua bênção «Urbi et Orbi», sozinho, na enorme Praça de São Pedro vazia, foi muitíssimo maior do que se ele o tivesse feito com a praça cheia de gente.

EM TEMPO: a minha referência ao Papa e ao seu gesto não reflecte qualquer postura minha relativamente à Igreja Católica e aos seus rituais. O que aqui me interessa é a eficácia".


O Luís Fagundes Duarte diz tudo o que era preciso dizer, eu subscrevo e acrescento : estive a 25 de Abril de 1974 no Largo do Carmo. Conheci lá Salgueiro Maia. Sou um indefetível da nossa Revolução. Até já tive a honra e o prazer de falar, por duas vezes, em cerimonias do 25 de Abril na AR. Pelo PS, claro. De que também sou um indefetível. Faço um apelo porque ainda há tempo. Revejam a decisão infeliz que tomaram, e venham para as janelas e varandas de vossas casas, locais de trabalho, Hospitais, cantar connosco a Grândola e a Portuguesa às 15 horas de 25 de Abril de 2020. Liberdade, Igualdade, e Fraternidade. Viva o 25 de Abril ! João Soares.».

 

Porque sejamos francos, passados 46 anos sobre a Revolução do Cravos, celebrar Abril são sobretudo valores e convicções que se devem renovar diariamente e que devem encontrar expressão em ações na democracia participativa e não apenas nas cerimónias oficiais na Assembleia da República de cravo na lapela.

Sex | 17.04.20

Morreu o ator Filipe Duarte (1973-2020)

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Ainda em choque com a notícia da morte inesperada de Filipe Duarte, vítima de um enfarte do miocárdio fulminante.

 

Era um dos atores mais brilhantes da atualidade e um dos maiores atores portugueses da sua geração. A sua carreira dividiu-se entre cinema, teatro e televisão. No teatro, colaborou com companhias como o Teatro Meridional e o Teatro do Vestido, mas foi sobretudo no cinema e em televisão que construiu a carreira.


No cinema entrou em mais de trinta filmes, entre curtas-metragens, telefilmes e longas-metragens, entre comédia, drama e romance e trabalhou com Luís Filipe Rocha, António-Pedro Vasconcelos, Manuel Mozos, Margarida Cardoso, Tiago Guedes e Vítor Gonçalves, entre outros.


Destaca-se o filme “A outra margem” (2007), de Luís Filipe Rocha, no qual interpreta o travesti amargurado com a vida e que lhe valeu o prémio de melhor ator no Festival de Cinema de Montreal, no Canadá. É ainda de recordar a participação em “A costa dos murmúrios” (2004), de Margarida Cardoso ao lado de Beatriz Batarda, rodado em Moçambique.


Mais recentemente entrou no filme "Variações", o filme português mais visto em 2019, onde interpretou o papel de Fernando Ataíde, companheiro do cantor António Variações e um dos fundadores da discoteca lisboeta Trumps e ainda o "Mosquito", de João Nuno Pinto — onde protagonizou um militar em África, durante a Primeira Guerra Mundial que estreou no início de março. Fica ainda por assitir a sua presença em Nothing Ever Happened, o novo filme de Gonçalo Galvão Teles.


Em televisão, o seu trabalho com maior visibilidade foi como Luís Bernardo Valença na série "Equador", transmitida em 2008/9. Mas foram muitas as séries e telenovelas que puderam contar com o talento deste grande ator, como "A Febre do Ouro Negro", "Fúria de Viver", “Bastidores” "A Ferreirinha”, “João Semana", "Belmonte" e "Terapia".


Pode ainda ser visto na telenovela Amor de Mãe, atualmente exibida na SIC, a qual marcou a sua estreia na televisão brasileira Globo e na qual contracena com Adriana Esteves.


Aos 46 anos, no auge da vida, ninguém merece partir. Portugal perde hoje um dos seus maiores talentos na área da representação. Na nossa memória será sempre recordado como um grande ator e um homem muito bonito.


Que descanse em paz.

Qui | 16.04.20

Duas perdas literárias!

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Ontem morreu o Rubem Fonseca (1925-2020). Hoje morreu o Luís Sepúlveda (1949-2020). A literatura perdeu dois dos seus grandes vultos. Um, oriundo do Brasil, considerado um dos maiores escritores brasileiros do século XX, elevou a língua portuguesa e projetou-a a vários cantos do mundo. Outro, nascido no Chile, generoso na escrita e na vida, combativo, sonhador, resistente, encarava a sua escrita como um "ponto de encontro entre o escritor e o leitor". «Sempre vi a literatura como um ponto de encontro. Primeiro, é um ponto de encontro do escritor com a sua própria memória, com as suas referências culturais e sociais. Depois, é um ponto de encontro entre dois estados de alma: o do escritor, quando estava a escrever, e o do leitor, no momento em que lê», afirmou em 2016, em entrevista à agência Lusa.

 

Não podiam ser duas pessoas mais diferentes, em todos os aspetos da vida e do pensamento. Mas cada um deles, à sua maneira, tinha aquela marca que projeta a intemporalidade. Um mundo literário mais pobre,  aquele nos resta, sem dúvida.


A morte de Luís Sepúlveda toca-me mais, certamente porque conheço melhor a sua obra, da qual li alguns dos seus livros. Era um escritor amigo de Portugal, sendo que a sua última aparição tenha sido no festival Correntes d'Escritas, na Póvoa do Varzim, em fevereiro deste ano, poucos dias antes de ter sido hospitalizado por estar infetado com o novo coronavírus.


A sua morte lamentavelmente veio a confirma-se, mostrando, uma vez mais, que este vírus não brinca em serviço. Luís Sepúlveda perdeu infelizmente essa batalha contra a Covid-19. Ficará para sempre a sua  magnífica obra, sem dúvida intemporal.

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