A marquise de Cristiano Ronaldo
Cristiano Ronaldo comprou uma penthouse, no centro da cidade, por mais de 7 milhões de euros, com uma vista soberba sobre Lisboa e, provavelmente, para manter alguma privacidade, mandou contruir uma “marquise“ no terraço que para muitos seria um jardim de inverno.
Os vizinhos ficaram indignados e o arquiteto José Mateus, um dos fundadores do gabinete de arquitetura, responsável pelo desenho do edifício, qualificou a marquise como um “desrespeito e a conspurcação de forma ignóbil do nosso trabalho, da nossa arquitetura, sem ter cumulativamente a anuência dos arquitetos, dos vizinhos e sem projeto aprovado pela CML”.
O tema foi suscitado pelo Correio da Manhã, teve naturalmente desenvolvimentos na CMTV, servindo de mote para horas de emissão e para lançar a polémica habitual nas redes sociais.
Ora, para mim, isto é um não assunto. Não me sinto minimamente ofendida com o facto de Cristiano ter uma marquise, num país onde elas abundam. Se é ilegal, o Município de Lisboa que atue em conformidade.
Será que os indignados das marquises também realçaram o facto de ao Cristiano Ronaldo fazer doações ao Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte para equipar Unidades de Cuidados Intensivos? Doações estas que vão permitir equipar duas alas do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, para cuidados intensivos? Um investimento de 3,4 milhões de euros que vai permitir dar resposta a mais doentes críticos e oferecer melhores condições de atendimento?
Estes atos filantropos do craque é que são de louvar e devem ser enaltecidos, tudo o mais é puro ruído.