Abertura de fronteiras de países europeus
Vários países europeus já reabriram fronteiras, mas alguns aplicam restrições à entrada de alguns países, inclusive Portugal, em função dos novos casos que ainda se verificam, a saber:
Áustria
As fronteiras da Áustria estão abertas a 35 países europeus, tal como lembra o jornal Expresso, mas Portugal não faz parte da lista. Juntam-se ainda os suecos, britânicos e espanhóis.
Chipre
A e B são as categorias em que o Chipre dividiu os países que podem passar as suas fronteiras. A primeira diz respeito a geografias onde o estado da pandemia é mais favorável. A segunda inclui países onde a situação não é tão positiva. Contudo, Portugal não faz parte de nenhuma delas;
Dinamarca
Portugueses e suecos são os únicos europeus que não podem entrar na Dinamarca. As fronteiras estão fechadas para estes dois grupos de cidadãos, que se encontram na chamada “lista vermelha”;
Eslováquia
Para alguns países, é possível visitar a Eslováquia, ainda que com condições especiais, como é o caso da quarentena obrigatória. Portugal nem assim;
Finlândia
As fronteiras da Finlândia vão reabrir para o turismo já na próxima segunda-feira, mas Portugal fica de fora dos 17 países cujos viajantes são autorizados a entrar. Espanha, França e Luxemburgo também receberam uma bandeira vermelha;
Letónia
Países com 25 ou mais doentes por cada 100 mil habitantes, como é o caso de Portugal, estão proibidos de passar as fronteiras da Letónia. Por outro lado, a países com taxas de infeção de 15 ou mais casos é exigida quarentena;
Lituânia
Taxa de infeção também é o critério aplicado pela Lituânia para decidir quem entra e quem é banido. Tal como a Letónia, não são aceites cidadãos de países com 25 ou mais casos por 100 mil habitantes. Portugueses, suecos e britânicos terão de aguardar para visitar o país;
Roménia
Todas as semanas, a Roménia indica quais os países que têm ou não luz verde, baseando-se nas taxas de infeção dos últimos 14 dias. Só autoriza a entrada de cidadãos que cheguem de países com uma taxa menor ou igual à registada na Roménia, o que não acontece com Portugal.
Países onde há restrições para portugueses
Bélgica
A Bélgica é um dos países a adotar o sistema dos semáforos e que atribui a Portugal a cor amarela. Isto significa que viagens são desaconselhadas. Lisboa, por seu turno, é vista como uma zona vermelha, pelo que viajantes que cheguem de Lisboa terão de fazer o teste ao Covid;
Bulgária
Portugueses, britânicos e suecos podem contar com uma quarentena obrigatória de 14 dias. Podem viajar para a Bulgária, mas sempre com esta restrição em mente;
Eslovénia
Também aqui o governo optou por um sistema de cores, sendo que Portugal está na “lista vermelha”. Ao contrário do que acontece noutros países, estar nesta lista não impede a entrada dos cidadãos, mas obriga a 14 dias de quarentena;
Estónia
Os portugueses que visitarem a Estónia terão de ficar em isolamento durante duas semanas. O mesmo acontece com outros países como Bulgária, Croácia, Luxemburgo, Suécia, Roménia, República Checa e Reino Unido;
Malta
Quem viaja de Portugal para Malta terá de ficar 14 dias em isolamento quando chegar ao país. Outras geografias como Dinamarca, França ou Alemanha não têm restrições;
Países Baixos
Cidadãos que viajem da região Norte ou de Lisboa e Vale do Tejo são fortemente aconselhados a fazer uma quarentena de 14 dias. O mesmo acontece com os britânicos e os suecos.
Fonte: Executive Digest
A razão para isto acontecer prende-se, única e exclusivamente, com o número de novos casos. Grande parte dos países têm visto a curva achatar, mas em Portugal o cenário é um pouco diferente - Portugal está acima de outros países da União Europeia e com tendência de crescimento -. A área de Lisboa e vale do Tejo tem em média mais casos diários que muitos países da Europa e, ao que parece, os nossos parceiros europeus barram-nos a entrada ou restringem-na porque ultrapassamos o número limite de 20 novos casos de Covid 19 por semana, por 100.000 habitantes.
As proibições de voos com origem em Portugal e consequente fecho fronteiriço entre estados-membros motivou uma reação do governo, que considerou que essas decisões entram em conflito com os objetivos da União Europeia. «as restrições às ligações aéreas com origem em determinados Estados-membros limitam esta abertura e contrariam flagrantemente, não só o espírito de solidariedade entre países europeus, como também a decisão das instituições europeias de repor a livre circulação no espaço europeu», explica uma nota divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
E o executivo deixou igualmente um aviso: se as proibições se mantiverem, Portugal «reserva-se o direito de aplicar o princípio da reciprocidade» e, como tal, replicar as proibições aos cidadãos desses países.
O que a acontecer não é necessariamente negativo. Pelo que vamos lendo e ouvindo a situação sanitária que se vive em Portugal está longe de estar estabilizada e recomenda algumas cautelas, pelo que não é prudente adotar a abertura de fronteiras sem acautelar controlos de segurança sanitária, independentemente das consequências económicas que daí possam advir, apesar de que com Liga dos Campeões a realizar-se em Portugal, vai ser mais difícil impor restrições.