«abril, águas mil»
Quase todos conhecemos o ditado popular “Em abril, águas mil”. Já o interiorizamos e ninguém o questiona. Faz parte da sabedoria popular. É um saber feito de tempo que teima em repetir-se anualmente, pouco tempo depois do equinócio (da primavera) em regiões acima da nossa latitude até ao círculo polar ártico.
O fenómeno meteorológico que alimenta o provérbio assenta num aumento de luminosidade solar incidente, de forma progressivamente mais perpendicular a partir do equinócio da primavera (no hemisfério norte). Isto provoca um aumento progressivo da temperatura do solo, o que, por sua vez, causa evaporação da água (devido a outonos e invernos mais chuvosos – como foi o caso este ano) retida e presente nos interstícios da terra.
Por isso abril é sinónimo de chuva. É um daqueles meses que me deixa com sentimentos contraditórios, se por um lado é um mês agradável, os dias começam a ficar mais longos, o calor começa finalmente a despontar, por outro o tempo instável que faz alternar o sol e a chuva. E eu, francamente, estou farta de chuva....preciso urgentemente de uns dias só de sol!