Ainda as Eleições Europeias
A dois dias das eleições europeias tudo parece decidido, a avaliar pelas sondagens, que naturalmente valem o que valem, e que tem sido desvalorizadas pelos candidatos.
O PS vence as eleições europeias, sem esmagar. Uma sondagem da Universidade Católica para a RTP e Antena 1 dá a vitória aos socialistas, com 34 por cento. O maior partido da oposição pode assim eleger entre oito a dez eurodeputados. A Aliança Portugal obtém 30 por cento dos votos e perde representação no Parlamento Europeu, conseguindo entre sete a nove lugares.
Já a CDU pode crescer em número de eurodeputados, ao contrário do Bloco de Esquerda, que deverá eleger apenas um.
Em Portugal, são duas as novidades nestas eleições: António Marinho Pinto, que concorre pelo movimento partido da terra, e o partido LIVRE, cujo cabeça de lista é Rui Tavares.
António Marinho Pinto ameaça ser a grande surpresa destas eleições. A mesma sondagem admite que o ex-bastonário da ordem dos advogados pode vir a ser eleito. Marinho Pinto é um homem corajoso, experiente e combativo.
Rui Tavares é outra novidade. Abandonou o Bloco de Esquerda em rutura com a direção. Foi um excelente eurodeputado, tem um discurso sólido sobre a Europa e obra publicada sobre o assunto. Fundou entretanto o LIVRE, com o objetivo de «desbloquear a esquerda» e pelo qual concorre a estas eleições. As sondagens não preveem contudo a sua eleição, o que a verificar-se será uma enorme perda para o Parlamento Europeu.