Álvaro acusa Portas de intriga e chantagem
Álvaro Santos Pereira lançou um livro com o título ‘Reformar sem medo’, que chegou na passada sexta-feira às livrarias, onde faz revelações surpreendentes (ou não) sobre Paulo Portas.
O antigo responsável pela pasta da Economia refere como viveu os primeiros dias de Julho de 2013 quando ainda estava no governo. O timing da demissão do Ministro das Finanças surpreendeu-o, mas, a maior surpresa aconteceu quando Paulo Portas apresentou a «irrevogável demissão» e acabou empossado vice-primeiro-ministro
«Senti que a pátria tinha sido traída e que o país tinha sido atirado para a lama, tínhamos acabado de deitar o trabalho dos últimos dois anos para o lixo. (…).
Santos Pereira acusa Portas, líder do segundo partido de coligação, de ter feito «intriga e chantagem com um país numa situação dramática e que estava sob assistência financeira», numa atitude que não merece perdão, dá conta o Observador.
«O que me é insuportável é a intriga pela intriga, é os políticos fazerem tudo o que está ao seu alcance, sem olhar a meios, para ter mais poderes ou ganhos políticos. Isso, acho profundamente lamentável, errado», escreve Álvaro, referindo-se à atuação de Paulo Portas, dizendo mesmo que não tem dúvidas que parte dos ataques que sofreu vieram de fontes internas, afirma, lembrando uma célebre frase do ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill: «Os adversários sentam-se em frente e os inimigos ao lado (na bancada do Governo)».
«Em qualquer outro país minimamente avançado e democrático, essas ações nunca seriam perdoadas, nem pela opinião pública, nem pela imprensa e muito menos pelo próprio partido. É chocante e é pena que os agentes políticos e a imprensa não tenham atuado em conformidade com alguém que assim agiu. Porque será?», questionou.
fonte: observador