Durão Barroso perde privilégios em Bruxelas
O banco americano de investimentos Goldman Sachs anunciou em julho a contratação do ex-presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, como presidente não executivo e conselheiro, dando nomeadamente assessoria para assuntos relacionados com o Brexit, uma nomeação que, como se sabe, provocou polémica na Europa.
Na sua qualidade de ex-presidente da Comissão Europeia, assim como ex-primeiro-ministro de um Estado-membro, Durão Barroso teria o direito a um tratamento VIP concedido aos líderes e instituições europeias em Bruxelas.
O atual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, vai ainda examinar o contrato do seu antecessor com o banco norte-americano de investimento, mas já deu instruções ao seu gabinete para tratar José Manuel Barroso como qualquer outro lobista com ligações a Bruxelas. Barroso passará a ser recebido como um representante de interesses e qualquer comissário europeu ou funcionário da União Europeia que mantiver contactos com Durão Barroso será obrigado a registar esses contactos e a manter notas sobre os mesmos.
Esta foi a resposta surpreendente de Jean-Claude Juncker às novas funções do ex-primeiro-ministro no polémico banco Goldman Sachs que, quer queiramos quer não, constitui uma marca negativa no brilhante currículo de Durão Barroso.