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Narrativa Diária

Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba. Vergílio Ferreira

Narrativa Diária

Dom | 28.09.14

E Deus criou Brigitte Bardot há 80 anos

 

A atriz francesa Brigitte Bardot nasceu em Paris faz hoje 80 anos.BB, como ficou conhecida, participou em 48 filmes.

Oriunda de uma família burguesa, aos sete anos, sua mãe, Ann-Marie Mucel, matriculou-a numa academia de ballet clássico, de onde saiu aos quinze para o Conservatório de Paris. Simultaneamente frequentava ao lado do pai, Louis Bardot, a Academia Francesa, onde se apaixonou pelo cinema. 

A sua beleza desde muito cedo chamou a atenção e sua carreira começou aos quinze anos, quando recebeu um convite da revista Elle francesa para um ensaio fotográfico.

O diretor de cinema Roger Vadim simpatizou de imediato com a bonita atriz e convidou-a para o seu novo filme «Les lauriers sont coupés». Apesar do projeto não ter vingado, abriu-lhe as portas para o mundo.

Depois de alguns filmes sem grande repercussão, em 1956, já casada com Roger Vadim brilhou em «E Deus Criou a Mulher», que a consagrou internacionalmente.

Um ano depois casou-se com Jacques Charrier, pai de seu único filho, Nicolas-Jacques Charrier, ao lado de quem atuou no filme «Babette Vai à Guerra.
Naquela época, famosa e respeitada pela crítica, BB era o alvo favorito da imprensa, e seu casamento acabou por não durar muito.

Uma mulher à frente de seu tempo, BB deu que falar na imprensa mundial, uma das raras atrizes, não americanas, a receber atenção total da imprensa dos Estados Unidos. Namorou, casou, descasou, apareceu nua em revistas e popularizou uma pequena peça do vestuário feminino: o biquíni, que ela usava com graça e naturalidade, apesar do escândalo que causava.

A sua vida inspirou o cineasta Louis Malle a fazer a longa-metragem, «Vida Privada». A pelicula contava a história de uma celebridade que não tinha vida pessoal devido a perseguição dos media. Além de Brigitte, Marcello Mastroianni, também entrava no elenco.

Depois do aclamado "Desprezo", de Jean-Luc Godard, protagonizou «Histórias Extraordinárias», «Viva Maria», «As Noviças» e alguns musicais para televisão. 

Além de atriz, Brigitte também foi cantora, tendo interpretado mais de 80 canções em 21 anos de carreira.

Teve um affair com o cantor, Serge Gainsbourg, que inspirado na atriz escreveu dezenas de canções e com quem gravou alguns duos como Harley Davidson, Bonnie & Clyde, Contact, Comic Strip e Je t'aime... moi non plus.

Em 1968, Brigitte estava no auge da fama e Charlles de Gaulle declarou que ela personificava um símbolo do povo francês como o Renault, e decidiu homenageá-la com a criação de um busto, Marianne (figura alegórica da República Francesa).

No discurso ele ressaltou algumas virtudes e características da sua personalidade, como a simplicidade, o bom humor e a franqueza.

Cinco anos depois, em 1973, decidiu afastar-se da vida artística para se para presidir à Fundação Brigitte Bardot, que luta em defesa dos direitos dos animais.

Está casada com o quarto marido desde os 58 anos. Vive em Saint Tropez, ao lado de inúmeros animais, seus «filhos adotivos».

Sobre os muitos anos de vida que já viveu, diz manter uma vida ativa e apaixonada pelo que faz, impedindo-a de ser vítima da ociosidade. A Fundação a que preside exige-lhe tempo integral.

A história desta mulher pode ser resumida nesta confissão: «Eu dei a minha beleza e juventude aos homens. Agora, dou a minha sabedoria e experiência aos animais».