Ter | 15.07.14
Esquerda partidária portuguesa
«No fundo, o drama da esquerda partidária portuguesa é este: há uma metade que só pensa em governar; a outra metade só pensa em não governar. A esquerda partidária que só pensa em governar acha que, para isso, tem de ser centrista. A esquerda que só pensa em não governar acha que, para isso, tem de ser extremista. A esquerda partidária portuguesa anda há décadas a fazer a espargata e pagou-se um preço considerável por isso. Uma parte grande da população portuguesa nunca esteve representada na governação, com tudo o que isso implica. Política não é só Parlamento, mundo sindical ou círculos de reflexão e debate. É poder, de forma decisiva, contribuir para o destino do país».
(Este excerto é extraído da coluna de opinião de de Rui Tavares, fundador do partido Livre, publicada, ontem, no jornal Público)