Genro de Jerónimo visado em reportagem da TVI
Numa reportagem da TVI é denunciado que a Câmara Municipal de Loures, liderada por Bernardino Soares, do PCP, contratou, por ajuste direto, o genro de Jerónimo de Sousa, Jorge Bernardino, para fazer serviços de manutenção de paragens de transportes e mupis de publicidade no concelho de Loures. Por este serviço foram pagos 11 mil euros mensais, revela a reportagem de Ana Leal, valor acima do vencimento do próprio presidente do município.
Não sei se o valor pago é justo, se os procedimentos estão previstos no Código dos Contratos Públicos ou se existe alguma ilegalidade ou irregularidade. O que me apraz realçar é a resposta dos comunistas.
Em vez de justificarem com base em argumentos e factos ou deixarem que fosse o município de Loures a pronunciar-se, os comunistas optaram, ao seu estilo, por dizer que a investigação da TVI «é uma abjeta peça de anticomunismo, sustentada na mentira e na difamação e uma promoção da extrema direita e da reabilitação de Salazar e do regime fascista».
Percebo a revolta de Jerónimo de Sousa, tratando-se o PCP de um partido que tem como imagem de marca a honestidade e a lisura e que sempre se arrogou de uma superioridade moral em relação aos demais partidos, esta é, sem dúvida, uma mancha no seu percurso.
Mas acontece a todos e ninguém pode colocar-se acima do escrutínio público.