Guiné Equatorial membro da CPLP
A recusa de Portugal tinha, de resto, toda a razão de ser, visto que a Guiné Equatorial não só não tem uma ligação histórica com os países da CPLP como, pese embora ter recentemente adotado o português como língua oficial, não possui população nativa lusófona. Contudo, a posição do nosso país alterou-se devido fundamentalmente à pressão de empresas portuguesas com negócios ligados àquela nação africana.
A Guiné Equatorial é uma a ditadura, a mais longa em temos de poder no mundo. É um país onde se pratica sistematicamente tortura em relação aos opositores e dissidentes, onde se fuzilam e executam pessoas e a mutilação genital feminina continua a ser praticada a uma escala muito elevada. Mas também é um país com recursos financeiros e trata-se do terceiro país maior produtor de petróleo africano e isso faz toda a diferença.
Com esta adesão fica provado que a CPLP está refém de fatores que nada têm a ver com a lusofonia ou a cooperação entre países lusófonos, mas sim com interesses económicos que levam a que uma das mais ferozes e corruptas ditaduras africanas seja aceite no seu seio.