Hoje é o primeiro dia... do fim da coligação PSD-CDS
A vitória esmagadora de António Costa provou que sua decisão de lançar um repto a António José Seguro, não constituiu uma traição, como AJS argumentou durante toda a campanha das primárias, constituiu, isso sim, um desejo dos militantes e simpatizantes do PS em conseguir um alternativa credível a este governo. Este resultado, absolutamente previsível, estabelece uma nova correlação de forças, uma nova esperança num PS renovado.
Era fundamental para o país ter uma alternativa como António Costa. As pessoas estão cansadas desta governação. Por outo lado, já ninguém leva a sério Passos Coelho e Paulo Portas, vítimas das suas próprias ambiguidades. É neste contexto que António Costa representa uma nova esperança. Mas, o desafio que ele tem pela frente não se afigura fácil: congregar os socialistas à sua volta. Por outro lado, os portugueses não querem que, depois de uma governação acéfala, submissa e desumana, venha outra de facilitismo. De António Costa os portugueses esperam que mantenha o rigor, mas que lhe acrescente inteligência, humanismo e independência.
Costa ganhou, Seguro perdeu, a guerra no PS acabou. Agora é tempo de sarar feridas e unir o partido para os novos desafios que se avizinham: ter um bom grupo parlamentar para começar a fazer frente ao Governo, preparar um plano para o País e convencer os portugueses de que esta é a melhor opção a cerca de um ano das eleições legislativas.
Finalmente o PS tem uma liderança forte em sintonia com a sua tradicional base de apoio. Foram depositadas fortes esperanças em Costa. Oxalá ele consiga corresponder a essas expectativas.