In Memoriam
Hoje, dia 8 de dezembro, é dia de recordar três nomes maiores da música mundial, unidos na vida e na morte pelo dia 8 de dezembro. São eles: Jim Morrison, John Lennon e Tom Jobim que gravaram o seu nome na eternidade e que merecem ser hoje homenageados e cuja memória nos faz viajar no tempo.
8 de dezembro de 1943. Em Melbourne, no estado da Florida, nascia James Douglas Morrison, que se tornaria num ícone da música, como vocalista dos The Doors. Nasceu James, mas deu-se a conhecer ao mundo como Jim, dono de uma voz inconfundível, destacou-se ao criar um estilo de música que assentava num estilo de vida. «Se as portas da perceção estivessem limpas, todas as coisas se apresentarão ao homem como são, infinitas» – eis o conceito da música de Jim Morrison e dos The Doors. Morreu a 3 de julho, com 27 anos. As causas da morte de Jim Morrison continuam envoltas num imenso mistério e fazem parte da construção de um dos maiores mitos da história do rock'n'roll. Sabe-se apenas que o vocalista dos The Doors foi encontrado, sem vida, pela sua companheira, na banheira de um apartamento em Paris. Sem evidências de agressão física e afastado o cenário de crime, o corpo não foi autopsiado e foi decretada morte por causas naturais.
Oito anos depois, a 8 de dezembro de 1980 morria John Lennon. Lennon ganhou notoriedade mundial como um dos fundadores do grupo de rock britânico The Beatles. Na época da existência dos Beatles, John Lennon formou juntamente com Paul McCartney aquela que seria uma das melhores e mais famosas duplas de compositores de todos os tempos. The Beatles foi uma banda de rock britânica, formada em Liverpool em 1960. Inicialmente formada por Lennon, McCartney, Harrison, Stuart Sutcliffe (baixo) e Pete Best (bateria), os Beatles construíram sua fama nos bares de Liverpool e Hamburgo, a partir de 1960 e durante um período de três anos. Sutcliffe deixou o grupo em 61, e Best foi substituído por Starr no ano seguinte.
A partir de 1962, o grupo era formado por John Lennon (guitarra rítmica, vocal e teclado), Paul McCartney (baixo e vocal), George Harrison (guitarra solo e vocal) e Ringo Starr (bateria e vocal). Enraizada no rock and roll da década de 1950, a banda veio mais tarde a assumir diversos géneros que vão do folk rock ao rock psicodélico, muitas vezes incorporando elementos da música clássica e outros, em formas inovadoras e criativas. A sua crescente popularidade, que a imprensa britânica chamava de Beatlemania, fez com viessem a ser considerados como a encarnação de ideais progressistas e sua influência estendeu-se até as revoluções sociais e culturais da década de 1960. Durante uma década os Beatles produziram o que a crítica considera um dos seus melhores materiais, incluindo o álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967), amplamente visto como uma obra-prima, muito por culpa da dupla de compositores formada por Paul McCartney e John Lennon.
Após a separação dos «Fab Four», Lennon prosseguiu a sua carreira musical a solo e colaborou com a sua mulher, Yoko Ono, ao mesmo tempo que mostrava cada vez mais a sua faceta de ativista político. Usou o seu talento na defesa dos direitos das mulheres, dos trabalhadores e da paz. «Imagine» é um dos temas mais marcantes do mundo da música, sendo a expressão máxima dessas realidades. Também «Jealous Guy», «Instant Karma!» e «Give Peace A Chance» são alguns dos maiores êxitos de John Lennon no período pós-Beatles.
A 8 de Dezembro de 1980, Lennon foi brutalmente assassinado por Mark David Chapman à entrada do edifício Dakota, onde vivia, em Nova Iorque.
Em 2002, John Lennon ficou em oitavo lugar de uma lista da BBC que enumerou os 100 britânicos mais importantes de todos os tempos. Já em 2008, foi considerado pela revista Rolling Stone como o quinto melhor cantor e o 55.º melhor guitarrista de todos os tempos.
Dos vários memoriais e monumentos construídos em tributo de Lennon, o Strawberry Fields Memorial, no Central Park de Nova Iorque, é um dos mais famosos e visitados. De resto, a vida e obra do músico falecido aos 40 anos de idade continuam a ser relembradas um pouco por todo o mundo, desde estátuas em Cuba até torres de luz na Islândia.
Também no dia 8 de dezembro e também em Nova Iorque, morre outro grande nome da música: o brasileiro António Carlos Jobim, conhecido simplesmente como Tom Jobim.
Compositor, maestro, pianista, cantor e violonista brasileiro, Jobim é considerado o expoente máximo da música brasileira, título que, aliás, a revista Rolling Stone lhe atribuiu. A sua notoriedade foi reconhecida não só no Brasil, mas em todo o mundo. Foi um dos destaques do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova Iorque em 1962. No ano seguinte compôs, com Vinícius de Morais, um dos maiores sucessos e possivelmente a canção brasileira mais executada no exterior: «Garota de Ipanema». Em 1964, competindo com os Beatles, com os Rolling Stones e com Elvis Presley, Tom Jobim ganhou o Grammy de Música do Ano com a sua «Garota de Ipanema». A dimensão do seu talento é atestada pelo legado que deixou: a sua música, que nunca morre. Mas Tom Jobim acabou por morrer a 8 de dezembro de 1994, pouco depois de lançar o último álbum ‘Antônio Brasileiro’, vítima de uma paragem cardíaca. O nome do pai da bossa nova ficará para sempre gravado na história da música.