Invasão do Capitólio nos EUA
Ontem, milhares de manifestantes apoiantes de Donald Trump, incitados pelo próprio, invadiram o Capitólio e decidiram protestar, inconformados com a derrota de Trump, quando o Congresso dos EUA se reunia, a fim de ratificar o resultado das eleições de 3 de novembro, para confirmar Joe Biden como novo presidente dos Estados Unidos.
A Câmara dos Representantes foi evacuada quando os trampistas quebraram as barreiras de segurança e invadiram as escadarias do Capitólio.
É uma "tentativa de golpe de estado", comentou o chefe dos senadores democratas no Congresso.
A polícia da capital dos Estados Unidos usou armas de fogo para proteger congressistas e declarou que pelo menos quatros pessoas perderam a vida na sequência da invasão do Capitólio. Não se percebe como as forças de segurança americanas não conseguiram acautelar tudo isto, onde estes incidentes eram mais do que previsíveis.
Com o aumento das manifestações violentas, foi decretado recolher obrigatório na capital Washington D.C.
Várias horas após a invasão do Capitólio pelos apoiantes de Trump, o Congresso dos EUA validou os votos do Colégio Eleitoral, confirmando a vitória de Joe Biden e de Kamala Harris na eleição presidencial de 3 de novembro.
O facto de fações opostas questionarem pela força e pela violência os resultados legítimos das eleições não é apanágio apenas de povos africanos ou da América Latina. Esta tentativa de golpe de Estado deu-se nos EUA, numa das democracias mais consolidadas do mundo e é um sério aviso para todos os países. As forças radicais de extrema direita são capazes de tudo para alcançar o poder!