Joker
A história centra-se na cidade de Gotham, no início anos 80, submundo americano. A cidade está cheia de lixo, devido uma greve no serviço de recolha. A criminalidade impera e as pessoas com dificuldades económicas sobrevivem como podem, numa sociedade que ignora os mais vulneráveis.
Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) ganha a vida com pequenos trabalhos como comediante. Vive com a mãe, dependente e delirante, de quem é cuidador. Humilhado e enganado por todos, Fleck torna-se num homem perturbado, com um distúrbio mental que lhe provoca ataques de riso incontroláveis, mesmo nos momentos mais impróprios, num processo que o transforma no psicótico e violento vilão e que o levam a assumir a personalidade do mítico Joker, o vilão de Batman.
Joker é no fundo a gargalhada irónica de uma vida desgraçada, por mais absurdo que isso possa parecer.
O filme realizado por Todd Phillips é emocionalmente violento. Uma história desconcertante sobre a fragilidade, a loucura e a crueldade de um personagem, muitíssimo bem retratada por um excelente argumento, e pela soberba e memorável interpretação de Joaquin Phoenix que acaba por ser o próprio filme. Tudo o resto é periférico, apesar de essencial, como causa ou consequência da evolução dessa mesma personagem que culmina no Joker.
Aguarda-se a entrega do óscar de melhor ator a Joaquin Phoenix.