Kirk Douglas (1916 - 2020)
Morreu hoje uma lenda do cinema. Tinha 103 anos. Com uma carreira de mais de seis décadas, Kirk Douglas foi um dos mais conhecidos rostos de Hollywood.
A sua carreira começou em 1946, quando depois de uma insistência de Lauren Bacall, estreou-se no cinema em O Estranho Amor de Martha Ivers.
Conhecido pelo seu feitio difícil, pouco predisposto a cedências, foram poucos os realizadores que quiseram repetir a experiência de o convidar para os seus filmes. Mesmo assim, Kirk Douglas participou em 80 filmes, a que se somam dúzia e meia de colaborações na TV. Entre os filmes mais famosos destacam-se Sede de viver (1956), em que interpretou Van Gogh, Duelo de titãs (1959), Spartacus (1960) e Sete dias de maio (1964).
Nomeado três vezes para o Óscar de Melhor Ator, bem como por duas vezes como produtor por - O Grande Ídolo, Cativos do Mal e A Vida Apaixonante de Van Gogh, filmes lançados entre 1949 e 1956 -, Douglas reconheceria que os seus piores momentos na gestão da sua carreira terão coincidido com as recusas dos papéis entregues a William Holden em Inferno na Terra e a Lee Marvin em A Mulher Felina, ambos passaportes para a desejada estatueta atribuída pela Academia. No entanto foi em 1996 que a Academia de Hollywood o imortalizou com o Óscar honorário, que recebeu das mãos do realizador Steven Spielberg.
Em 2004 abandonou o cinema. Uma das últimas aparições públicas foi nos Globos de Ouro de 2018.
Douglas, pai do também conhecido ator Mickael Douglas era um filantropo, tendo-se associado a várias causas: quando fez 99 anos, doou, juntamente com a sua mulher Anne Buyden, mais de 50 milhões de euros para centros de atendimento e fundos relacionados com o cinema.