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Narrativa Diária

Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba. Vergílio Ferreira

Narrativa Diária

Dom | 12.01.20

Lisboa Capital Verde

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Depois de Oslo,  Lisboa tornou-se, ontem,  oficialmente, a Capital Verde Europeia 2020.

 

A distinção resulta da avaliação de um conjunto de especialistas internacionais sobre doze indicadores que determinam a sustentabilidade na cidade. Os principais objetivos de Lisboa, Capital Verde Europeia em 2020 abordam temas como a energia, emissões, resíduos, mobilidade, água, infraestruturas verdes e biodiversidade.

 

O município da capital vai promover um conjunto de encontros, exposições, seminários e conferências ao longo do ano, de modo a envolver a sociedade num esforço coletivo para fazer nascer projetos sustentáveis que permitam cumprir objetivos ambiciosos até 2030. A título de exemplo, o Município quer reduzir em 60% as emissões de dióxido de carbono até essa data e atingir a neutralidade carbónica em 2050.


De forma a marcar a entrada em grande de Lisboa nesta missão, hoje foram plantadas 20 mil árvores na capital: 4000 em Rio Seco (Alto da Ajuda/Ajuda), 6000 no parque do Vale da Ameixoeira (Santa Clara), 9000 no parque do Vale da Montanha (Areeiro/Marvila) e 1000 no corredor verde de Monsanto. Esta medida visa tornar a cidade mais preparada para enfrentar as alterações climáticas e, ao mesmo tempo, proporcionar bem-estar aos lisboetas.

 

O municípo compromete-se, ainda, a que 85% da população viva a menos de 300 metros de um espaço verde com pelo menos 2000 metros quadrados até ao final deste ano - o objetivo é que aos atuais 250 hectares de zonas verdes se juntem mais cem hectares, ou seja, 25% da cidade com espaços verdes até 2022 e a plantação de mais cem mil árvores até 2021,em relação às 800 mil existentes atualmente.

 

Na área da mobilidade, Lisboa pretende ser uma cidade europeia de referência em 2030, com mais 40% de oferta de transporte público rodoviário na Área Metropolitana, duplicação da frota de elétricos rápidos, 410 novos autocarros amigos do ambiente até 2023 e a promoção de serviços partilhados.

 

Esta é aliás uma das áreas mais ambiciosas que começou com a medida da descida do passe social e criação do passe-família. A autarquia pretende até 2030 a redução das viagens de automóvel de 57% para 33%, que sete em cada dez viagens sejam realizadas com recurso aos transportes públicos e que a rede de bicicletas se estenda a toda a cidade.

 

Last, but not least vai nascer uma praia artificial na zona da bacia norte da marina do Parque das Nações, em Lisboa, até 2022, cuja água será do Rio Tejo, devidamente tratada.