Marega alvo de insultos racistas
Ontem, no jogo entre o Vitória de Guimarães e o Futebol Club do Porto, o jogador Moussa Marega foi alvo de insultos racistas. Aconteceu poucos minutos depois de Marega ter marcado o segundo golo do FC Porto na partida. Nos festejos o jogador foi apupado e várias cadeiras foram arremessadas para o relvado.
Marega, visivelmente perturbado e perante a passividade do árbitro da partida, abandonou o terreno do jogo em Guimarães. Companheiros de equipa e até o treinador, Sérgio Conceição, ainda tentaram demovê-lo, mas o avançado maliano quis mesmo por sair, acabando por ser substituído.
O que se passou com Marega foi inadmissível. As instâncias desportivas que vieram de imediato condenar estes atos têm que ter mão pesada para os infratores. Não nos esqueçamos que racismo é crime.
Aliás, estes fenómenos de racismo no desporto não são inéditos. Nos últimos anos, vários clubes europeus têm sido palco de episódios de racismo. Há uns tempos, o avançado italiano Mario Balotelli agastado com os insultos racistas que recebia dos adeptos, pegou na bola e chutou-a para a bancada. Depois disso, o jogador do Brescia dirigia-se para o balneário, tendo sido travado tanto por colegas como pelos adversários. A partida foi interrompida pelo árbitro que obrigou a que fosse emitido um comunicado pelo speaker do estádio. Foi dito que caso os adeptos continuassem com insultos racistas, as equipas abandonariam o campo.
Pena que o árbitro, Luís Godinho, que arbitrou ontem o encontro em Guimarães não tenha tido o mesmo comportamento.