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Narrativa Diária

Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba. Vergílio Ferreira

Narrativa Diária

Seg | 17.02.20

Marega alvo de insultos racistas

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Ontem, no jogo entre o Vitória de Guimarães e o Futebol Club do Porto, o jogador Moussa Marega foi alvo de insultos racistas. Aconteceu poucos minutos depois de Marega ter marcado o segundo golo do FC Porto na partida. Nos festejos o jogador foi apupado e várias cadeiras foram arremessadas para o relvado. 

 

Marega, visivelmente perturbado e perante a passividade do árbitro da partida, abandonou o terreno do jogo em Guimarães. Companheiros de equipa e até o treinador, Sérgio Conceição, ainda tentaram demovê-lo, mas o avançado maliano quis mesmo por sair, acabando por ser substituído.

 

O que se passou com Marega foi inadmissível. As instâncias desportivas que vieram de imediato condenar estes atos têm que ter mão pesada para os infratores. Não nos esqueçamos que racismo é crime.

 

Aliás, estes fenómenos de racismo no desporto não são inéditos. Nos últimos anos, vários clubes europeus têm sido palco de episódios de racismo. Há uns tempos, o avançado italiano Mario Balotelli agastado com os insultos racistas que recebia dos adeptos, pegou na bola e chutou-a para a bancada. Depois disso, o jogador do Brescia dirigia-se para o balneário, tendo sido travado tanto por colegas como pelos adversários. A partida foi interrompida pelo árbitro que obrigou a que fosse emitido um comunicado pelo speaker do estádio. Foi dito que caso os adeptos continuassem com insultos racistas, as equipas abandonariam o campo.

 

Pena que o árbitro, Luís Godinho, que arbitrou ontem o encontro em Guimarães não tenha tido o mesmo comportamento.