Mário Centeno no Eurogrupo
O ministro das Finanças, Mário Centeno, é candidato à presidência do Eurogrupo, cuja eleição terá lugar na próxima reunião do Eurogrupo, agendada para segunda-feira, dia 04 de dezembro.
Mário Centeno está no topo de favoritos à presidência do Eurogrupo. O ministro das Finanças tem o apoio das quatro maiores economias da zona euro (Alemanha, Espanha, França e Itália).
Vários órgãos de comunicação social nacionais internacionais avançam que o ministro português das Finanças é o candidato com mais hipóteses de conquistar o lugar, anteriormente ocupado pelo holandês Jeroen Dijsselbloem.
A escolha de Mário Centeno para presidente do Eurogrupo é uma boa notícia para o país. É prestigiante que um governante português reúna apoios por ter as qualidades necessárias para liderar uma instituição como Eurogrupo. E Centeno tem-nas. Não é por acaso que foi apelidado pelo senhor Schäuble como o «Ronaldo do Ecofin», depois de nos últimos dois anos ter conseguido cumprir as regras europeias, reduzir o défice português e por a economia portuguesa a crescer, ao mesmo tempo que restituiu os cortes dos salários aplicados pelo governo anterior.
Com o próprio ministro das Finanças a liderar o Eurogrupo, Portugal terá menores possibilidades de indisciplina orçamental, uma vez que terá que dar o exemplo. Depois permitirá a Portugal ter uma voz mais ativa nas políticas e na governação da zona euro, o que não é coisa pouca.
A única implicação da eleição de Centeno para presidir ao Eurogrupo é a obrigatoriedade da sua manutenção como Ministro das Finanças para além do fim da legislatura.
E aqui não há, nem pode haver, qualquer espécie de comparação com Durão Barroso, porquanto o presidente do Eurogrupo é um Ministro das Finanças em efetividade de funções e sê-lo-á, porque essa é uma condição sine qua non. Por isso, não há nenhuma fuga de Mário Centeno, ao contrário de Barroso, esse sim, que trocou o lugar de primeiro-ministro por presidente da Comissão, com as consequências que todos nós conhecemos e lamentamos.