Moção de censura do CDS
Assunção Cristas prepara-se para avançar com uma moção de censura ao governo. À falta de argumentação mais consistente, a líder do CDS acusou o executivo liderado por António Costa de «estar esgotado» e «falhar as pessoas».
Esta é a segunda moção de censura apresentada nesta legislatura, depois de, em outubro de 2017, o CDS ter censurado o Executivo pela alegada ineficácia no combate aos incêndios que nesse verão, anormalmente quente, assolaram o país.
Rui Rio mantêm-se por enquanto em silêncio. O PCP e o BE já anunciaram que vão votar contra. O PS desvalorizou a iniciativa e António Costa considerou esta moção como um «nado-morto».
Percebe-se bem a intenção de Cristas. Com eleições à vista e Rui Rio a desmarcar-se da direita, o CDS antecipa-se e joga a sua cartada para ganhar trunfos ao PSD e ao Aliança, tentando capitalizar uma franja do eleitorado da Direita que não gosta de nenhuma destas forças políticas e assim ocupar algum espaço daqueles dois partidos, num momento em que as sondagens não lhe são favoráveis.
Só que as intenções de Assunção Cristas são óbvias e saltam à vista de todos. Não há, porventura, ninguém, quer à esquerda quer á direita, que não tenha percebido a sua jogada política.
A moção de censura do CDS é sobretudo um ato ridículo, a despropósito, de um partido que parece que gosta de brincar às moções de censura.