Morreu a bebé portuguesa prematura no Dubai
A bebé prematura internada no Dubai, que estava já há uns dias em estado crítico, não resistiu e acabou por morrer durante a madrugada deste Domingo.
Margarida, filha dos portugueses Gonçalo e Genny Queiroz, nasceu a 28 de Outubro, num hospital privado do Dubai, com 25 semanas e apenas 410 gramas.
Os pais tinham feito um seguro de saúde para suportar as despesas com o parto. Como a criança nasceu prematura o seguro recusou-se a cobrir as despesas hospitalares.
Em cinco dias, as despesas com a menina, internada nos cuidados intensivos, ultrapassavam os 18 mil euros. O casal português, em desespero, pediu ajuda, através das redes sociais, para pagar as despesas hospitalares.
O caso gerou uma onda de solidariedade que levou à criação de uma página na rede social Facebook, através da qual foram já angariados cerca de 60 mil euros. O próprio Cristiano Ronaldo empenhou-se em ajudar o casal e criou uma campanha no Facebook intitulada «Let’s all support baby Margarida. No help is too small» (vamos todos apoiar a bebé Margarida. Toda a ajuda é pouca), e divulgou-a aos seus mais de 100 milhões de seguidores.
Depois de um pedido do Governo português, as autoridades do Dubai autorizaram a transferência da bebé para um hospital público, onde as despesas eram menores, mas ainda assim elevadas.
Apesar de todo o apoio que a família recebeu e dos cuidados médicos dispensados, a bebé não resistiu a todas as complicações e faleceu hoje no hospital do Dubai onde estava internada.
Esta história é paradigmática e mostra bem como é importante valorizar o Sistema Nacional de Saúde.
Um sistema nacional de saúde de qualidade para todos é um direito essencial. Se alguém quiser e puder pagar um seguro de saúde, ótimo. É bom que haja um sistema de saúde privado que complemente o SNS, mas que não que o substitua. Aqueles discursos dos modelos de gestão privada sobre a gestão pública, como sabemos, são falaciosos.
A situação da legionella foi durante a última semana foi bom exemplo de como os serviços públicos e as infraestruturas de saúde deram uma boa resposta e souberam reagir com competência e desvelo.
Uma palavra de apreço para o ministro da Saúde, Paulo Macedo, e para o Diretor-Geral da Saúde, Francisco George que souberam, com bom senso, serenidade e capacidade de comunicação, passar as mensagens às populações das freguesias em risco, mostrando estarem à altura do acontecimento e assim evitar que o surto de legionella não assumisse proporções mais dramáticas.