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Narrativa Diária

Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba. Vergílio Ferreira

Narrativa Diária

Qui | 03.10.19

Morreu Freitas do Amaral (1941-2019)

 

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Morreu Diogo Freitas do Amaral, 78 anos. Foi professor universitário, deputado e ministro dos Negócios Estrangeiros.

 

Foi assistente e professor de Direito Administrativo da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, obtendo o título professor catedrático em 1983. Em 1996, foi cofundador e primeiro diretor da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, onde passou a lecionar, até 2007.

 

Na política, foi uma figura incontornável da história da democracia em Portugal. Além de fundar e presidir o CDS, Diogo Freitas do Amaral fez ainda parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais da tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.

 

Em 1986, candidatou-se à Presidência da República, com o apoio da AD, atingindo 48,8 por cento dos votos na segunda volta, mas insuficientes para derrotar Mário Soares. Foi uma campanha extremamente disputada, pelo meio houve insultos e violência. Com o tempo as diferenças entre ambos foram-se mitigando, Soares e Freitas aproximaram-se e tornaram-se amigos, a tal ponto que o antigo líder do CDS chegou a dizer que Mário Soares foi «o maior político português do século XX».

 

Freitas do Amaral lançou em junho deste ano o seu terceiro livro de memórias políticas, intitulado Mais 35 anos de democracia – um percurso singular, abrangendo o período 1982 e 2017, editado pela Bertrand.

 

Encontrava-se internado desde 16 de setembro, nos cuidados intermédios do Hospital CUF de Cascais, por motivo de doença oncológica.