O cartoon de António
O cartoonista António, premiado internacionalmente, viu um seu cartoon sobre Trump ser reeditado na última quinta-feira pelo NYT, sem sua autorização e ser alvo de críticas, por alegada carga antissemita.
Esta não é a primeira vez que o cartoonista é acusado de anti-semitismo. Em 1983, venceu um prémio e recebeu críticas por um desenho que representava a invasão israelita do Líbano, fazendo pastiche de uma fotografia da segunda guerra mundial. Célebre ficou também a reação violenta ao cartoon do Preservativo Papal, em 1993.
O primeiro ataque desta vez partiu do filho mais velho de Trump. Num tweet, Trump Jr. afirma: «Não tenho palavras para o flagrante antissemitismo aqui exposto. Imaginem se isto não estivesse num jornal de esquerda?»; e reproduz outros tweets que criticam o trabalho de António. O jornal pediu desculpa aos leitores, mas o cartoonista português alega que estava apenas a satirizar a política de Israel, numa nota publicada no jornal Expresso.
É tão somente a opinião de António quer se goste ou não. Eu respeito a liberdade de expressão e entendo que a imagem nada tem a ver com antissemitismo.
E aqui há uns tempos, a propósito das caricaturas de maomé, não éramos todos "Charlie"?