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Narrativa Diária

Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba. Vergílio Ferreira

Narrativa Diária

Dom | 23.10.16

O filme «A rapariga no comboio»

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Tinha alguma curiosidade em ver o filme A Rapariga no Comboio (The Girl on the Train) de Tate Taylor baseado no best seller de Paula Hawkins.

 

Tinha lido o livro no verão do ano passado como vos dei conta aqui. Gostei bastante do livro. Uma narrativa fluida com personagens bem construídas que agarram o leitor do primeiro ao último minuto.

 

Mas ver um filme após ter lido o livro é quase sempre uma desilusão e este não foi exceção. Enquanto o livro tem suspense e é empolgante, o filme é demasiado previsível e pareceu-me que as cenas simplesmente se iam desenvolvendo sem grande ligação entre as personagens.

 

Embora o realizador tentasse ser fiel à história, julgo que ficou muito por explorar. Tendo em conta a carga dramática que o livro tem, o guião do filme apresenta alguns momentos intensos, poucos, motivados sobretudo pela capacidade de representação de  Emily Blunt.

 

Gostei francamente de Emily Blunt no papel de Rachel: Pareceu-me uma boa escolha para interpretar uma alcoólatra deprimida e amargurada. Emily Blunt transformou-se fisicamente para assumir o papel principal (teve inclusive que ganhar alguns quilos). Quanto às restantes personagens, principalmente as masculinas, achei-as pouco consistentes e interessantes.

 

Apesar de tudo não podemos dizer que é um mau filme. Entendo, no entanto, que o livro tinha potencial mais do que suficiente para se fazer um thriller emocionante e arrebatador.

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