Palácio da Ajuda vai ser concluído
(foto do Expresso)
O Palácio Nacional da Ajuda, edifício neoclássico da primeira metade do séc. XIX, da autoria de Francisco Xavier Fabri e José da Costa Silva, é indissociável da representação de poder político de todo o século XIX até à República e palco de vários acontecimentos políticos que marcaram a história portuguesa contemporânea: do rei D. João VI, com quem se inicia a construção; a aclamação de D. Miguel na Ajuda; de D. Pedro IV já como duque de Bragança após a vitória liberal; seguindo-se décadas de utilização para cerimónias pelos monarcas seguintes e, por fim, a partir de 1862, a vinda do rei D. Luís para habitar o palácio fez deste um espaço de vários acontecimentos políticos e de representação da coroa até ao fim do regime.
Atualmente, o Palácio da Ajuda alberga o Ministério da Cultura, estando também uma parte reservada como espaço protocolar da Presidência da República. Numa outra ala do palácio foi aberto um museu onde se encontra uma das mais notáveis coleções nacionais de artes decorativas, que abrange um período entre o século XV e o século XX, merecendo especial destaque o acervo de joias e pratas da Coroa portuguesa, sendo este um sumptuoso mostruário do cerimonial e da vida privada da família real.
Finalmente, as obras para a conclusão da fachada inacabada norte vão ter lugar e tudo aponta para que possam estar concluídas até final de 2018, fruto de uma parceria entre a Câmara de Lisboa, do Ministério da Cultura e da Associação de Turismo de Lisboa.
A solução arquitetónica para a conclusão do palácio tem a assinatura do arquiteto Gonçalo Byrne. Depois da sua conclusão, em finais de 2018, será inaugurada uma exposição permanente das joias da Coroa Portuguesa, uma das maiores coleções do género no mundo.