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Narrativa Diária

Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba. Vergílio Ferreira

Narrativa Diária

Seg | 23.03.20

Por favor, fiquem em casa!

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Numa altura em que as autoridades de Saúde e o Governo pedem para que as pessoas fiquem em casa, de forma a conter a propagação do novo Covid-19, a maior parte dos portugueses têm levado isso à risca, mas nem todos.

 

Este domingo começaram a circular várias imagens, como esta,  nas redes sociais que mostram centenas de portugueses que aproveitaram o bom tempo para passear nas marginais junto à praia, nomeadamente nas da Póvoa de Varzim, de Matosinhos, desrespeitando, assim, a quarentena domiciliária imposta pelo estado de emergência que vigora no País, obrigando o município povense a adotar medidas de proteção e a tentar isolar os espaços públicos. A partir deste domingo, todos os acessos à cidade, através de automóvel, irão ser controlados pela PSP.

 

Neste momento difícil, em que o rigor, o cuidado e a disciplina são as palavras de ordem para o bem de cada um e de todos, sempre com a preocupação constante de que saibamos encontrar a melhor maneira de passarmos por isto e dar a volta por cima. Por favor, fiquem em casa, para o bem de todos. Não me parece assim tão difícil!


Por mim, cumprirei as medidas impostas. Entre as virtualidades tecnológicas do teletrabalho, o contacto virtual com aqueles de quem gosto, os livros, as redes sociais, as notícias, a música e a lida da casa (saindo só quando necessário) são os componentes essenciais que necessito para levar uma vida tão normal quanto possível, nestas circunstâncias e que neste momento estão asseguradas. Saio apenas para o essencial (mercearia, farmácia, lixo). Como dizia, com graça, uma amiga, «estou a entrar numa fase em que o simples facto de ir à rua levar o lixo e depositá-lo no contentor é algo de excitante».

 

Neste tempo feito de incertezas, medos e solidão há, no fundo,  o desejo de que tudo passe rápido e que possamos retomar a vida de que tanto nos queixávamos: a rotina do quotidiano, as deslocações para o trabalho. Há igualmente a esperança de que possamos retomar o convívio social, os afetos que tanta falta nos fazem agora, a possibilidade de andar livremente por onde quisermos, mas para isso acontecer temos que passar uns tempos em isolamento, por muito que nos custe.


No final, vai tudo correr bem!

 

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