Portugal a arder
15 de outubro de 2017, trinta graus foi a temperatura média do ar. Mais de 500 fogos ativos fizeram deste dia o «pior dia de incêndios do ano», segundo as palavras da porta-voz da Proteção Civil.
Depois de casas ardidas e aldeias evacuadas, a notícia de que haverá pelo menos 11 mortos, segundo informação avançada pela SIC Notícias. Entretanto o Correio da Manhã noticiou que haverá pelo menos 20 mortos, uma informação que a Proteção Civil não descarta.
Entretanto, vinte e cinco estradas das regiões do Norte e Centro estavam hoje de manhã cortadas ao trânsito na sequência dos incêndios que estão a afetar várias zonas do país.
O calor excessivo que se tem feito sentir neste outono e a seca extrema, muito para além dos valores desejáveis para a época do ano, serão certamente uma das explicações possíveis, mas não será a única.
Mão criminosa, essa desconfiança permanente que paira sempre há fogos, gente a enriquecer com a destruição da floresta, delapidando o património ambiental e negligenciando a dimensão da tragédia das pessoas que nela vivem ou dela dependem para sobreviver.
E esta sensação de impotência do poder executivo para mudar o estado das coisas e a terrível impunidade vigente na sociedade portuguesa que nos revolta e entristece sempre que se verificam estas tragédias.