Ronaldo não gosta de coca-cola
Na antevisão do jogo entre a Hungria e Portugal, Cristiano Ronaldo protagonizou um momento caricato. O internacional português afastou duas garrafas de coca-cola que se encontravam à sua frente e colocou junto de si uma garrafa de água, dando a entender que a coca-cola era uma bebida pouco recomendável e que devíamos optar por beber água. Este gesto foi replicado por Manuel Locatelli da seleção italiana e Pogba relativamente à cerveja Heineken.
Ora, ninguém duvida dos malefícios dos refrigerantes para a saúde e é sobejamente conhecida a obsessão do capitão da seleção por seguir uma dieta regrada e um tipo de alimentação saudável. Há tempos numa entrevista, Cristiano manifestava mesmo o seu desagrado por o seu filho mais velho beber refrigerantes e comer batatas fritas.
Mas acontece que a Coca-Cola é um dos patrocinadores do Euro 2000 e como referiu a UEFA, sem o apoio de marcas como a Coca-Cola não seria possível organizar uma competição com como esta, nem investir no futebol profissional ao mais alto nível.
Cristiano Ronaldo aufere milhões em publicidade e sabe perfeitamente as implicações que esta sua atitude podia desencadear. É legítimo que preferira beber água a consumir refrigerantes, mas não deve ter gestos que ponham em causa contratos comerciais assumidos pela UEFA quando representa a seleção.
Os jogadores naturalmente poderão ter as preferências no âmbito da sua vida privada e manifestar isso publicamente, nunca quando representam os seus clubes ou as suas seleções.
Contrariamente ao que se especulou, parece que o gesto do craque português não motivou a perda de quatro mil milhões de dólares da marca de refrigerantes em bolsa. Esta possibilidade já foi negada por analistas de mercados financeiros que destacam outras causas para a decida da multinacional em Wall Street.