Se o ridículo matasse....
Jeroen Dijsselbloem nunca foi benquisto pelos seus pares. O holandês com «nome esquisito» criou alguns conflitos no Eurogrupo com vários ministros, de diferentes ideologias, desde o grego Varoufakis ao alemão Schäuble e foi obrigado a corrigir o seu currículo por falsas habilitações académicas (mentindo sobre um mestrado que afinal não possuía) — mas desde segunda-feira as coisas pioraram para o seu lado. Aos maus resultados nas eleições holandesas juntam-se agora as polémicas declarações: «durante a crise do euro, os países do Norte mostraram-se solidários com os países afetados pela crise. Como social-democrata, atribuo à solidariedade uma importância excecional. Porém, quem pede [ajuda] também tem obrigações. Não se pode gastar o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir que o ajudem».
O Governo português, pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, reagiu à declaração de Dijsselbloem exigindo o seu afastamento de presidente do Eurogrupo. Disse Santos Silva: «Hoje, no Parlamento Europeu, muita gente entende que o presidente do Eurogrupo não tem condições para permanecer à frente do Eurogrupo e o governo português partilha dessa opinião». Opinião também partilhada pelo governo espanhol que conjuntamente com Portugal lideram agora a revolta contra Dijsselbloem.
Mais estranho se torna estas declarações provirem de um governante holandês, país que, como sabemos, instituiu o Gin e o Red Light District onde seguramente os seus frequentadores não são unicamente portugueses, espanhóis, italianos e gregos.
Aliás, a Holanda desde que liberalizou as drogas leves e legalizou a prostituição viu crescer brutalmente os problemas de dependência e viu crescer exponencialmente a pedofilia e o tráfico de seres humanos para a prostituição ilegal.
Por isso o país do Sr. Dijsselbloem não é propriamente um modelo de virtudes que os países do Sul devam seguir.