Não escrever um romance na «horizontal», com a narrativa de peripécias que entretêm. Escrevê-lo na «vertical», com a vivência intensa do que se sente e perturba.
Vergílio Ferreira
Marcelo Rebelo de Sousa, como se previa, ganhou as eleições e foi reeleito à primeira volta, com maior número votos que havia conseguido no primeiro mandato. Não chegou aos 70,35% que Mário Soares obteve em 1991, mas bateu os 60%. Não precisou sequer de fazer campanha eleitoral. Ana Gomes conseguiu o 2º lugar, beneficiando do voto útil daqueles que temiam Ventura em segundo lugar, mas longe do resultado das candidaturas independentes de esquerda protagonizadas no passado por (...)
Os debates presidenciais têm sido mais do mesmo. O melhor e mais esclarecedor debate até agora foi, em minha opinião, entre Marisa Matias e Ana Gomes, na SIC, moderado por Clara de Sousa, com sinal mais para Ana Gomes, porque trouxe para o debate questões importantes para as funções presidenciais, designadamente temas como a defesa nacional. Porém, no final, o debate foi estragado quando a jornalista perguntou a ambas se “tinham medo de André Ventura”. Ambas negaram, (...)
André Ventura foi o primeiro candidato às eleições presidenciais de 2021 a ser entrevistado por Miguel Sousa Tavares, no seu habitual espaço de entrevista no J8. O líder do Chega nunca perde a oportunidade para ter palco e expor as suas ideias. Criou o partido quando percebeu que existiam lacunas na política portuguesa, sentimentos ocultos que muitos expressam nas redes sociais, de carácter populista, e não hesitou em explorar esse nicho no espetro político. Ventura jamais (...)
O acordo de incidência parlamentar do PSD com o Chega nos Açores caiu que nem uma bomba no Continente, qual anticiclone. Com o Chega com 8% das intenções de voto nas últimas sondagens, à frente do CDS-PP, novas oportunidades de alianças à direita estão a surgir. O acordo do PSD com o Chega para governar os Açores não é assim tao surpreendente. Claro que entre o Chega e o PSD há diferenças, mas não nos esqueçamos que André Ventura saiu justamente do PSD para fundar o Chega (...)
Em entrevista ao jornal "i" o deputado do Chega, André Ventura, defendeu um «confinamento específico para a comunidade cigana» em Portugal, sustentado no facto de que que esta comunidade «se acha acima das leis deste país», desrespeitando as regras sanitárias e de autoridade pública, o que significa, para Ventura é um problema sério. Não sei o que que André Ventura tem contra a etnia cigana, já que são várias as manifestações que lança contra os ciganos. Ricardo (...)
No âmbito de uma proposta que pretende levar a cabo um programa de descolonização da cultura e uma estratégia nacional para a descolonização do conhecimento, visando uma alteração ao Orçamento do Estado, o Livre sugeriu que o património das ex-colónias que esteja atualmente na posse de museus e arquivos portugueses possa ser identificado, reclamado e restituído às comunidades de origem. Em resposta, o deputado do Chega, André Ventura, pediu que Joacine Katar Moreira fosse (...)
Ferro Rodrigues repreendeu o deputado do Chega, em pleno plenário e acusou-o de ofender o Parlamento e a si próprio, por utilizar demasiadas vezes a palavra “vergonha” durante as suas intervenções. André Ventura comporta-se no Parlamento como estivesse a comentar jogos do Benfica na CMTV. A sua forma de fazer política, já nós sabemos, é fruto do populismo, alavancado no oportunismo, desprovida de quaisquer valores e sem um pingo de escrúpulos. Quando verifica que há (...)
André Ventura levou um valente 'baile' no Parlamento. António Costa não só chegou como sobrou para ele. Levou-o ao tapete e deixou-o literalmente no chão.
Isto deverá ser uma lição para André Ventura: nunca subestimar um adversário, especialmente quando ele é hábil e sagaz. Mas também deverá ser um apelo à humildade do deputado do Chega: por muito bem articulado que seja o seu discurso, tal não dispensa a defesa da sua própria retaguarda, pois há sempre (...)