Taxar levantamentos bancários como incentivo à poupança
(imagem da Lusa)
A presidente do Conselho de Finanças Públicas, Dra. Teodora Cardoso, no primeiro dia de jornadas parlamentares do PSD, que decorrem em Viseu, teve uma ideia peregrina: por taxar levantamentos bancários como incentivo à poupança, ou seja, colocar os cidadãos a receber os salários e pensões numa conta poupança, sendo posteriormente taxados pela movimentação que fazem dessas verbas. Na prática o que a Dra. Teodora Cardoso propõe é taxar o ordenado auferido quando este for utilizado para pagar as despesas da casa, da água, da luz, do gás, supermercado, etc.
Pelo amor da Santa, Dra. Teodora Cardoso, os portugueses vivem em privação material severa, o que significa que não tem condições financeiras suficientes para responder às necessidades mais básicas. Segundo um estudo do INE, hoje divulgado, 10% já não conseguem pagar renda da habitaçao, comer uma refeição de carne ou peixe, aquecer a casa ou fazer face a uma despesa inesperada. O mesmo estudo revela que o número de portugueses em risco de pobreza aumentou em 2011 e 2012, atingindo 18,7% da população nacional. Com este quadro como é que se pode pensar em taxar os ordenados mensais numa perspetiva de poupança?